terça-feira , 5 novembro , 2024

Crítica 2 | Sonic 2: O Filme – Uma aventura mais ambiciosa que vai agradar aos pequenos e encantar os fãs

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Chega aos cinemas no dia 7 de abril a sequência em live action de Sonic, um dos últimos filmes lançados antes da pandemia fechar os cinemas do mundo todo lá em 2020. Na época, o longa causou uma boa repercussão por conta do trabalho da Paramount em refazer o visual do ouriço, deixando ele mais simpático e fiel ao velocista dos jogos. O projeto também conquistou boas críticas por seu humor calibrado e história divertida, além do retorno de Jim Carrey aos papéis caricatos, que o transformaram nesse ícone mundial da comédia. Ao fim desta aventura, uma cena especial trazia a participação do simpático Tails, prometendo uma continuação ainda mais próxima da essência da franquia dos videogames.

Agora, dois anos depois, com os cinemas já a pleno funcionamento, a expectativa é de que a sequência arrecade ainda mais que o original. Para isso, a produção teve mais tempo para trabalhar seus personagens, o que fica nítido na melhora gritante do visual do Sonic e dos novos bichos animados. Enquanto o primeiro foi alterado às pressas, esse Sonic tem mais textura, cores mais vivas e explora melhor os poderes do ouriço. Como a cabine foi dublada, não pude avaliar o trabalho de Ben Schwartz no protagonista, mas como de padrão, a dublagem de Manolo Rey no ouriço mais famoso do mundo segue impecável. Ele dá um tom mais infantil para o Sonic, o que casa perfeitamente com a mensagem de heroísmo e amadurecimento que o longa tenta passar.

A ameaça da vez é a equidna Knuckles. No original, ele é vivido pelo Idris Elba, o que deve ser uma experiência fantástica, já que o personagem é todo sério e sombrio, além de não entender muito bem ironia e os perigos do mundo ao seu redor. Ele viaja pelas dimensões atrás do Sonic, o único que pode derrotá-lo na busca pela lendária esmeralda que o ajudaria a restabelecer seu povo. Para isso, ele se une ao Dr. Robotnik (Jim Carrey), que estava no mundo dos cogumelos e se oferece como um guia da Terra. Inocente, Knuckles aceita sem perceber que está sendo manipulado pelo vilão humano. Já o Tails é um aliado que surge naquela cena do primeiro filme e chega à Terra para avisar ao Sonic sobre a vindoura ameaça. A relação entre os dois é um amor e traz todo o carisma dos jogos e animações para as telonas.

Fora a interação entre eles, os elementos saídos diretamente dos jogos vão deixar os fãs babando. Seja nos labirintos ou nas cenas de perseguição, a dinâmica da dupla é de encher os olhos, não só pela boa execução, mas principalmente porque atingem em cheio a nostalgia. Qual o fã que não sonhou em ver o Tails carregando o Sonic enquanto voa nas telonas? Ou ver o Tails pilotando seu icônico aviãozinho vermelho? A escolha desses momentos foi certeira e vai agradar muito. É uma das formas encontradas para expandir a mitologia do personagem nos cinemas sem perder a essência dos jogos.

Da mesma forma, Jim Carrey segue deliciosamente exagerado como Robotnik, sendo propositalmente caricato com seu bigodão e roupas excêntricas. Toda cena dele é divertidíssima e remete aos clássicos do ator nos anos 90. Infelizmente, porém, o ator é exceção no núcleo humano. Pois é, se os personagens animados ficaram perfeitos, as pessoas de carne e osso ficaram devendo – e muito. Não dá nem para culpar os atores, já que todo o arco acerca do casamento foi feito exclusivamente para tirar os “pais” do Sonic de cena para que o ouriço pudesse se envolver na confusão com o Knuckles. Mas é aquilo, né? Não precisava deixar todos eles bobos a ponto das crianças ficarem de saco cheio nas sequências do casamento.

Isso é fruto de um roteiro menos coeso do que o do filme anterior, que tenta infantilizar um pouco mais a história, trazendo alguns momentos e diálogos bem bobinhos, vez ou outra equilibrados com alguma referência a Cultura Pop ou alguma piada divertida do protagonista. Fica a sensação de que a equipe criativa subestimou a inteligência do próprio público.

Por conta desses momentos mais bobos, a trama fica com uma barriga no meio do longa, que deve cansar parte do público. Já a direção não traz nada de novo, mas também não compromete. Em outras palavras, ‘Sonic 2: O Filme‘ é uma aventura muito divertida que vai deixar os fãs babando, deve ser tornar o filme favorito da criançada, mas pode ser que não conquiste parte do público adulto.

OBS: A cena pós-créditos garante um terceiro filme e vai causar um verdadeiro ALVOROÇO nos fãs do Sonic.

Nota: 7.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Chega aos cinemas no dia 7 de abril a sequência em live action de Sonic, um dos últimos filmes lançados antes da pandemia fechar os cinemas do mundo todo lá em 2020. Na época, o longa causou uma boa repercussão por conta do trabalho da Paramount em refazer o visual do ouriço, deixando ele mais simpático e fiel ao velocista dos jogos. O projeto também conquistou boas críticas por seu humor calibrado e história divertida, além do retorno de Jim Carrey aos papéis caricatos, que o transformaram nesse ícone mundial da comédia. Ao fim desta aventura, uma cena especial trazia a participação do simpático Tails, prometendo uma continuação ainda mais próxima da essência da franquia dos videogames.

Agora, dois anos depois, com os cinemas já a pleno funcionamento, a expectativa é de que a sequência arrecade ainda mais que o original. Para isso, a produção teve mais tempo para trabalhar seus personagens, o que fica nítido na melhora gritante do visual do Sonic e dos novos bichos animados. Enquanto o primeiro foi alterado às pressas, esse Sonic tem mais textura, cores mais vivas e explora melhor os poderes do ouriço. Como a cabine foi dublada, não pude avaliar o trabalho de Ben Schwartz no protagonista, mas como de padrão, a dublagem de Manolo Rey no ouriço mais famoso do mundo segue impecável. Ele dá um tom mais infantil para o Sonic, o que casa perfeitamente com a mensagem de heroísmo e amadurecimento que o longa tenta passar.

A ameaça da vez é a equidna Knuckles. No original, ele é vivido pelo Idris Elba, o que deve ser uma experiência fantástica, já que o personagem é todo sério e sombrio, além de não entender muito bem ironia e os perigos do mundo ao seu redor. Ele viaja pelas dimensões atrás do Sonic, o único que pode derrotá-lo na busca pela lendária esmeralda que o ajudaria a restabelecer seu povo. Para isso, ele se une ao Dr. Robotnik (Jim Carrey), que estava no mundo dos cogumelos e se oferece como um guia da Terra. Inocente, Knuckles aceita sem perceber que está sendo manipulado pelo vilão humano. Já o Tails é um aliado que surge naquela cena do primeiro filme e chega à Terra para avisar ao Sonic sobre a vindoura ameaça. A relação entre os dois é um amor e traz todo o carisma dos jogos e animações para as telonas.

Fora a interação entre eles, os elementos saídos diretamente dos jogos vão deixar os fãs babando. Seja nos labirintos ou nas cenas de perseguição, a dinâmica da dupla é de encher os olhos, não só pela boa execução, mas principalmente porque atingem em cheio a nostalgia. Qual o fã que não sonhou em ver o Tails carregando o Sonic enquanto voa nas telonas? Ou ver o Tails pilotando seu icônico aviãozinho vermelho? A escolha desses momentos foi certeira e vai agradar muito. É uma das formas encontradas para expandir a mitologia do personagem nos cinemas sem perder a essência dos jogos.

Da mesma forma, Jim Carrey segue deliciosamente exagerado como Robotnik, sendo propositalmente caricato com seu bigodão e roupas excêntricas. Toda cena dele é divertidíssima e remete aos clássicos do ator nos anos 90. Infelizmente, porém, o ator é exceção no núcleo humano. Pois é, se os personagens animados ficaram perfeitos, as pessoas de carne e osso ficaram devendo – e muito. Não dá nem para culpar os atores, já que todo o arco acerca do casamento foi feito exclusivamente para tirar os “pais” do Sonic de cena para que o ouriço pudesse se envolver na confusão com o Knuckles. Mas é aquilo, né? Não precisava deixar todos eles bobos a ponto das crianças ficarem de saco cheio nas sequências do casamento.

Isso é fruto de um roteiro menos coeso do que o do filme anterior, que tenta infantilizar um pouco mais a história, trazendo alguns momentos e diálogos bem bobinhos, vez ou outra equilibrados com alguma referência a Cultura Pop ou alguma piada divertida do protagonista. Fica a sensação de que a equipe criativa subestimou a inteligência do próprio público.

Por conta desses momentos mais bobos, a trama fica com uma barriga no meio do longa, que deve cansar parte do público. Já a direção não traz nada de novo, mas também não compromete. Em outras palavras, ‘Sonic 2: O Filme‘ é uma aventura muito divertida que vai deixar os fãs babando, deve ser tornar o filme favorito da criançada, mas pode ser que não conquiste parte do público adulto.

OBS: A cena pós-créditos garante um terceiro filme e vai causar um verdadeiro ALVOROÇO nos fãs do Sonic.

Nota: 7.

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