quarta-feira , 25 dezembro , 2024

Crítica | Space Jam: Um Novo Legado – Uma aventura divertidíssima para agradar a todas as gerações

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Estreia nesta quinta-feira (15) a nova aventura de Pernalonga e seus amigos junto a um astro da NBA. Em Space Jam: Um Novo Legado, os Looney Tunes precisam se unir a LeBron James para impedir que uma inteligência artificial delete os desenhos animados e prenda o pequeno Don James no mundo virtual.

Com a difícil missão de honrar o legado de um dos filmes mais icônicos dos anos 1990, a nova empreitada da Warner consegue prestar uma bela homenagem, vender seu próprio universo e divertir muito o público de todas as idades.



Quando anunciaram que uma continuação de Space Jam: O Jogo do Século estava sendo produzida, o público se dividiu. Metade ficou empolgadíssima, enquanto a outra parte ficou com um pé atrás. É verdade, remexer no universo desse filme era muito arriscado.

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Apesar de não ser sucesso entre os críticos, o longa original é cultuado por muito por ter sido o primeiro contato de toda uma geração com os Looney Tunes. Ele tem personalidade, o humor é acertado, conta com a presença do maior jogador de basquete de todos os tempos e traz uma estética que exala os anos 1990. Então, qualquer errinho aqui poderia gerar um estrondoso fracasso para o estúdio.

Por isso, a equipe criativa foi bem cuidadosa para brincar com o que já foi feito e homenagear a produção dos anos 1990, mas sem perder sua essência e atualizando os Looney Tunes para replicar a estética das animações dessa transição entre as décadas de 2010 e 2020.

Falando em níveis narrativos, a estrutura do roteiro das duas produções é praticamente o mesmo. A maior diferença está na temática familiar, que tem uma função principal aqui, enquanto no primeiro filme era um tema pouco acionado.

A relação de LeBron e seu filho são a chave da história, que se trata de aprender a ser um bom pai. Em meio a isso, temos os Looney Tunes e o vilão Al-G. Ritmo (Don Cheadle), uma inteligência artificial que sugere projetos na Warner que vive com a frustração de não ser reconhecida. Provavelmente foi ele quem sugeriu Esquadrão Suicida. De qualquer modo, ele apresenta um projeto de criar um “LeBronVerso”, mas o jogador acha uma ideia besta e acaba ridicularizando o computador.

Revoltada, a máquina suga LeBron e seu filho para o Warner ServiVerso, onde todas as franquias do estúdios convivem em seus mundinhos, exatamente como no OASIS, de Jogador Nº 1. O filho do astro da NBA é um pequeno gênio dos videogames, então logo se entende com Al-G, que diz querer melhorar seu projeto de game. Já LeBron é mandado para o mundo dos “cancelados”, onde precisará montar um time de basquete para vencer Al-G em seu próprio jogo diante de câmeras do mundo todo.

É aí que entra um ponto muito legal. Enquanto o primeiro filme é uma mistura de personagens 2D com o Michael Jordan real, o LeBron acaba passando 80% da aventura como um desenho animado. Isso é uma saída ótima para o projeto de atuação que o astro da NBA tenta fazer. Coitado, ele pode ser fantástico dentro das quadras, mas atua mal demais. Inclusive, fica a sugestão para que o filme seja dublado, porque o dublador atua melhor que ele. Dessa forma, o LeBron cartoon brinca com todos os artifícios que um desenho animado pode ter enquanto viaja por diversas franquias da Warner resgatando os Looney Tunes que estavam espalhados por aí. E é muito divertido ver qual novo mundo cada personagem escolheu para morar.

Essa parte parece um grande anúncio do HBO Max, mas a forma como eles adaptam os personagens a outras franquias inserindo a personalidade lunáticas deles com as respectivas tramas é simplesmente genial e vai arrancar gargalhadas do público.

O outro grande destaque da trama é o jogo final em 3D, quando todos os personagens do Warner ServiVerso se juntam para ver o Jogo do Século XXI, enquanto LeBron e os Looney Tunes assumem uma forma 3D.

Quando vi no trailer, achei estranho vê-los assim, mas funciona bem no filme, principalmente por conta da proposta insana da partida. Os vilões não são os NerdLucks, mas também contam com o talento de astros da NBA e da WNBA, apesar de não se destacarem tanto assim. E o jogo é diferente do basquete que estamos acostumados, sendo mais voltado para o mundo dos games.

Em outras palavras, mesmo que a trama seja bem similar ao original, Um Novo Legado tenta trazer a estética e elementos característicos dessa última década. Isso fica nítido nas cores, na trilha sonora, nas referências usadas, no estilo de direção e na abordagem dos personagens. Além, claro, das inúmeras citações ao mundo do basquete. Quem tiver acompanhado a NBA nos últimos 10 anos vai encontrar neste filme um prato cheio para risadas.

Continuação ou remake?

Uma das maiores dúvidas acerca deste filme é se ele seria uma sequência do original ou um remake. Então, apesar de não se dizer sequência oficialmente, os personagens citam o primeiro filme em diversas piadas, incluindo uma quebra de quarta parede fantástica, citações aos eventos de 1996, diversos uniformes espalhados pela trama e até mesmo traz alguns personagens do original de volta.

É divertido porque eles assumem que são personagens de cinema, chegam até a mostrar o pôster do primeiro filme, e brincam com isso, mais ou menos como fizeram lá atrás em Looney Tunes De Volta à Ação (2003), mas de forma menos escrachada. É como se todos soubessem do primeiro filme, mas não falassem dele diretamente porque, bem… Já faz 25 anos que aconteceu. Então, definitivamente é uma sequência que brinca com o passado sem se prender a ele.

Enfim, Space Jam: Um Novo Legado é uma linda homenagem ao original e às histórias da Warner em geral, mas sem perder sua própria essência, fazendo dele um retrato do basquete, dos videogames e dos desenhos animados da última década. É bem provável que daqui a 20 anos, por mais que as críticas sejam mornas, esse longa seja cultuado pelos futuros adultos, que hoje são crianças e terão seu primeiro contato com os Looney Tunes nesta história.

E se você for um fã de longa data da franquia, vai se divertir horrores, porque Space Jam: Um Novo Legado justifica cada um dos 25 anos de espera pela continuação. Provavelmente é uma aventura que ficará datada no ano que vem, assim como foi o original em sua época, e é justamente isso que torna essa continuação um retrato tão fiel, incrível e divertido do entretenimento desta década.

Space Jam: Um Novo Legado estreia nos cinemas em 15 de julho de 2021.

 

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Crítica | Space Jam: Um Novo Legado – Uma aventura divertidíssima para agradar a todas as gerações

Estreia nesta quinta-feira (15) a nova aventura de Pernalonga e seus amigos junto a um astro da NBA. Em Space Jam: Um Novo Legado, os Looney Tunes precisam se unir a LeBron James para impedir que uma inteligência artificial delete os desenhos animados e prenda o pequeno Don James no mundo virtual.

Com a difícil missão de honrar o legado de um dos filmes mais icônicos dos anos 1990, a nova empreitada da Warner consegue prestar uma bela homenagem, vender seu próprio universo e divertir muito o público de todas as idades.

Quando anunciaram que uma continuação de Space Jam: O Jogo do Século estava sendo produzida, o público se dividiu. Metade ficou empolgadíssima, enquanto a outra parte ficou com um pé atrás. É verdade, remexer no universo desse filme era muito arriscado.

Apesar de não ser sucesso entre os críticos, o longa original é cultuado por muito por ter sido o primeiro contato de toda uma geração com os Looney Tunes. Ele tem personalidade, o humor é acertado, conta com a presença do maior jogador de basquete de todos os tempos e traz uma estética que exala os anos 1990. Então, qualquer errinho aqui poderia gerar um estrondoso fracasso para o estúdio.

Por isso, a equipe criativa foi bem cuidadosa para brincar com o que já foi feito e homenagear a produção dos anos 1990, mas sem perder sua essência e atualizando os Looney Tunes para replicar a estética das animações dessa transição entre as décadas de 2010 e 2020.

Falando em níveis narrativos, a estrutura do roteiro das duas produções é praticamente o mesmo. A maior diferença está na temática familiar, que tem uma função principal aqui, enquanto no primeiro filme era um tema pouco acionado.

A relação de LeBron e seu filho são a chave da história, que se trata de aprender a ser um bom pai. Em meio a isso, temos os Looney Tunes e o vilão Al-G. Ritmo (Don Cheadle), uma inteligência artificial que sugere projetos na Warner que vive com a frustração de não ser reconhecida. Provavelmente foi ele quem sugeriu Esquadrão Suicida. De qualquer modo, ele apresenta um projeto de criar um “LeBronVerso”, mas o jogador acha uma ideia besta e acaba ridicularizando o computador.

Revoltada, a máquina suga LeBron e seu filho para o Warner ServiVerso, onde todas as franquias do estúdios convivem em seus mundinhos, exatamente como no OASIS, de Jogador Nº 1. O filho do astro da NBA é um pequeno gênio dos videogames, então logo se entende com Al-G, que diz querer melhorar seu projeto de game. Já LeBron é mandado para o mundo dos “cancelados”, onde precisará montar um time de basquete para vencer Al-G em seu próprio jogo diante de câmeras do mundo todo.

É aí que entra um ponto muito legal. Enquanto o primeiro filme é uma mistura de personagens 2D com o Michael Jordan real, o LeBron acaba passando 80% da aventura como um desenho animado. Isso é uma saída ótima para o projeto de atuação que o astro da NBA tenta fazer. Coitado, ele pode ser fantástico dentro das quadras, mas atua mal demais. Inclusive, fica a sugestão para que o filme seja dublado, porque o dublador atua melhor que ele. Dessa forma, o LeBron cartoon brinca com todos os artifícios que um desenho animado pode ter enquanto viaja por diversas franquias da Warner resgatando os Looney Tunes que estavam espalhados por aí. E é muito divertido ver qual novo mundo cada personagem escolheu para morar.

Essa parte parece um grande anúncio do HBO Max, mas a forma como eles adaptam os personagens a outras franquias inserindo a personalidade lunáticas deles com as respectivas tramas é simplesmente genial e vai arrancar gargalhadas do público.

O outro grande destaque da trama é o jogo final em 3D, quando todos os personagens do Warner ServiVerso se juntam para ver o Jogo do Século XXI, enquanto LeBron e os Looney Tunes assumem uma forma 3D.

Quando vi no trailer, achei estranho vê-los assim, mas funciona bem no filme, principalmente por conta da proposta insana da partida. Os vilões não são os NerdLucks, mas também contam com o talento de astros da NBA e da WNBA, apesar de não se destacarem tanto assim. E o jogo é diferente do basquete que estamos acostumados, sendo mais voltado para o mundo dos games.

Em outras palavras, mesmo que a trama seja bem similar ao original, Um Novo Legado tenta trazer a estética e elementos característicos dessa última década. Isso fica nítido nas cores, na trilha sonora, nas referências usadas, no estilo de direção e na abordagem dos personagens. Além, claro, das inúmeras citações ao mundo do basquete. Quem tiver acompanhado a NBA nos últimos 10 anos vai encontrar neste filme um prato cheio para risadas.

Continuação ou remake?

Uma das maiores dúvidas acerca deste filme é se ele seria uma sequência do original ou um remake. Então, apesar de não se dizer sequência oficialmente, os personagens citam o primeiro filme em diversas piadas, incluindo uma quebra de quarta parede fantástica, citações aos eventos de 1996, diversos uniformes espalhados pela trama e até mesmo traz alguns personagens do original de volta.

É divertido porque eles assumem que são personagens de cinema, chegam até a mostrar o pôster do primeiro filme, e brincam com isso, mais ou menos como fizeram lá atrás em Looney Tunes De Volta à Ação (2003), mas de forma menos escrachada. É como se todos soubessem do primeiro filme, mas não falassem dele diretamente porque, bem… Já faz 25 anos que aconteceu. Então, definitivamente é uma sequência que brinca com o passado sem se prender a ele.

Enfim, Space Jam: Um Novo Legado é uma linda homenagem ao original e às histórias da Warner em geral, mas sem perder sua própria essência, fazendo dele um retrato do basquete, dos videogames e dos desenhos animados da última década. É bem provável que daqui a 20 anos, por mais que as críticas sejam mornas, esse longa seja cultuado pelos futuros adultos, que hoje são crianças e terão seu primeiro contato com os Looney Tunes nesta história.

E se você for um fã de longa data da franquia, vai se divertir horrores, porque Space Jam: Um Novo Legado justifica cada um dos 25 anos de espera pela continuação. Provavelmente é uma aventura que ficará datada no ano que vem, assim como foi o original em sua época, e é justamente isso que torna essa continuação um retrato tão fiel, incrível e divertido do entretenimento desta década.

Space Jam: Um Novo Legado estreia nos cinemas em 15 de julho de 2021.

 

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