quinta-feira , 26 dezembro , 2024

Crítica Sundance | Dream Horse: Cinebiografia com Toni Collette combina drama e comédia em história cativante

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Filme assistido no Festival de Sundance 2020

Bem distante dos olhos do mundo, um pequeno vilarejo galês viu sua história se transformar graças a um singelo cavalo. Treinado para corridas, o competidor menos provável – Dream Alliance – traçou uma meteórica jornada de sucesso, que o levou a conquistar o aclamado Welsh Grand National. A história de Dream veio a público pelas lentes de Louise Osmond em Dark Horse, documentário lançado no Festival de Sundance 2015 e que arrebatou os cinéfilos, levando a estatueta de Escolha da Audiência, na Competição de Documentários Cinematográficos Mundiais. Cinco anos se passaram e a narrativa outra vez mais ganha os holofotes em Dream Horse, cinebiografia estrelada por Toni Collette e Damian Lewis. Encontrando uma nova geração de fãs nas telonas de Sundance, o drama de Euros Lyn é uma ode a essa pequena comunidade, transformada por um valente cavalo.



Não é necessário se atentar às corridas de cavalos para se apaixonar por Dream Horse. Simples em sua direção, a produção – baseada no documentário de 2015 – direciona os nossos olhos para Collette e seu sotaque arrastado impresso em uma voz mansa e doce. Diferente do seu mais recente papel nas telinhas – na minissérie Inacreditável, a vencedora do Critic’s Choice Award brilha por sua irreverência quase camaleônica em saber se transformar diante da audiência, de acordo com o papel que recebe. E aqui, ela dá vida à Jan Vokes, uma bartender que decide ingressar nesse particular universo, atraindo outros membros de sua comunidade para essa mesma jornada.

Estampando uma afeição inesperada por cavalos e suas corridas, a cinebiografia apresenta um contexto social absolutamente diferente ao qual pertencemos. Sabendo dessa dificuldade de identificação a partir de seu background, o longa roteirizado por Neil McKay opta por ir no âmago emocional das circunstâncias abordadas na trama, acertando o coração de sua audiência. Independente de seu grau de envolvimento (ou não) com a atmosfera na qual a trama se desenvolve, tudo que você precisa saber é que a união de uma comunidade por um mesmo objetivo é capaz de resgatar seu vigor e valor. E Dream Horse busca justamente honrar a história dessas tantas pessoas impactadas pelas habilidades de um cavalo que – aos olhos dos experts do ramo – seria a vitória mais improvável.

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Fazendo uma combinação cativante entre humor e drama, a produção ainda resgata os maneirismos do povo galês mais tradicional, sabendo ainda equilibrar a tensão nas cenas de maior impacto, contrastando-as com uma comédia leve e ideal para o público familiar. E embora a narrativa não seja arrebatadora como Mustang e seu impacto cinematográfico pareça ser efêmero, a produção consegue sustentar o seu brilho. Divertido e emocionante, Dream Horse acerta em cheio em seu tom, homenageia os responsáveis por essa promissora jornada de sucesso e inspira o público ao convidá-lo a se desafiar a sonhar algo novo, independente da idade e contexto social.

 

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Bem distante dos olhos do mundo, um pequeno vilarejo galês viu sua história se transformar graças a um singelo cavalo. Treinado para corridas, o competidor menos provável – Dream Alliance – traçou uma meteórica jornada de sucesso, que o levou a conquistar o aclamado Welsh Grand National. A história de Dream veio a público pelas lentes de Louise Osmond em Dark Horse, documentário lançado no Festival de Sundance 2015 e que arrebatou os cinéfilos, levando a estatueta de Escolha da Audiência, na Competição de Documentários Cinematográficos Mundiais. Cinco anos se passaram e a narrativa outra vez mais ganha os holofotes em Dream Horse, cinebiografia estrelada por Toni Collette e Damian Lewis. Encontrando uma nova geração de fãs nas telonas de Sundance, o drama de Euros Lyn é uma ode a essa pequena comunidade, transformada por um valente cavalo.

Não é necessário se atentar às corridas de cavalos para se apaixonar por Dream Horse. Simples em sua direção, a produção – baseada no documentário de 2015 – direciona os nossos olhos para Collette e seu sotaque arrastado impresso em uma voz mansa e doce. Diferente do seu mais recente papel nas telinhas – na minissérie Inacreditável, a vencedora do Critic’s Choice Award brilha por sua irreverência quase camaleônica em saber se transformar diante da audiência, de acordo com o papel que recebe. E aqui, ela dá vida à Jan Vokes, uma bartender que decide ingressar nesse particular universo, atraindo outros membros de sua comunidade para essa mesma jornada.

Estampando uma afeição inesperada por cavalos e suas corridas, a cinebiografia apresenta um contexto social absolutamente diferente ao qual pertencemos. Sabendo dessa dificuldade de identificação a partir de seu background, o longa roteirizado por Neil McKay opta por ir no âmago emocional das circunstâncias abordadas na trama, acertando o coração de sua audiência. Independente de seu grau de envolvimento (ou não) com a atmosfera na qual a trama se desenvolve, tudo que você precisa saber é que a união de uma comunidade por um mesmo objetivo é capaz de resgatar seu vigor e valor. E Dream Horse busca justamente honrar a história dessas tantas pessoas impactadas pelas habilidades de um cavalo que – aos olhos dos experts do ramo – seria a vitória mais improvável.

Fazendo uma combinação cativante entre humor e drama, a produção ainda resgata os maneirismos do povo galês mais tradicional, sabendo ainda equilibrar a tensão nas cenas de maior impacto, contrastando-as com uma comédia leve e ideal para o público familiar. E embora a narrativa não seja arrebatadora como Mustang e seu impacto cinematográfico pareça ser efêmero, a produção consegue sustentar o seu brilho. Divertido e emocionante, Dream Horse acerta em cheio em seu tom, homenageia os responsáveis por essa promissora jornada de sucesso e inspira o público ao convidá-lo a se desafiar a sonhar algo novo, independente da idade e contexto social.

 

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