segunda-feira , 28 outubro , 2024

Crítica | ‘Territory’ – Nova Minissérie da Netflix é um novelão Sonolento

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O poder e os egos inflados em meio a uma paisagem deslumbrante. Pegando carona na fórmula de bolo certeira definida pela aclamada Yellowstone, a minissérie australiana Territory é um novelão, com alguns núcleos, que busca sua força nas intrigas, traições e desencontros que são vistos ao longo dos seis episódios.

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Criado pela dupla Ben Davies e Timothy Lee, se constrói a partir de uma premissa simples: Uma dinastia indo pro precipício a largos passos e os problemas de comando para uma reviravolta. Mas a solidez no seu discurso vai de encontro a uma narrativa muitas vezes desinteressante e sonolenta, com um calcanhar de aquiles alarmante: a falta de força e carisma nos personagens. É difícil uma forte conexão.

Na trama, acompanhamos os Lawsons, uma família que domina Marianne, a maior propriedade rural (estância) de gado do mundo, situada no norte da Austrália. Assim, conhecemos o chefe da família Colin (Robert Taylor), o filho mais velho Graham (Michael Dorman) e sua esposa Emily (Anna Torv), além da filha deles Susie (Philippa Northeast) e o filho distante de Graham, Marshall (Sam Corlett). Quando o filho que tomava conta dos negócios morre de forma surpreendente, a família passará por enormes atritos para manter o controle e legado de toda região.

Os núcleos compõe as peças em ebulição. É quase um tabuleiro de War com jogadas movidas também pela oportunidade e sorte. Aqui, o contexto é amplamente revisitado, deixando a narrativa numa redundância perceptível, alguns personagens parecem que não saem do lugar. Há os ladrões de gado, os poderosos de olho em Marianne, os nativos e suas reivindicações ligados fortemente ao lado cultural da região, as questões políticas e os jogos de influência.

Decisões tomadas na emoção moldam características em subtramas afastadas e que são forçadamente colocadas em confronto. Por meio de reviravoltas e algumas surpresas que são apresentadas em momentos chave, rumamos até o sexto – e último episódio – com uma série de incertezas e pontas soltas.

É muito difícil não vir logo uma comparação com Yellowstone. Família poderosa em eterno conflito interno, um chefe de clã impiedoso, empresários cheios da grana querendo uma parte das terras, questões com os nativos da região. Mas indo a fundo, algumas questões se afastam na maneira como chegamos até essas histórias.

Com um elenco encabeçado pela atriz Anna Torv – protagonista de uma das séries mais lembradas dos anos 2000, Fringe Territory peca na construção de seus personagens. Isso é uma flecha danosa em qualquer alicerce que se baseia nas relações conflituosas que se seguem.

Com suas paisagens deslumbrantes, rodado no Território do Norte e na Austrália do Sul, incluindo o Parque Nacional Kakadu, considerado Patrimônio Mundial da UNESCO, Territory usa da dinastia do gado para mostrar a ganância e o ego inflado. Se você conseguir se distanciar de Yellowstone, pode ser que ache mais méritos. Mas em resumo, é uma minissérie visualmente chamativa mas com carência no desenvolvimento de seus inúmeros personagens.

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Criado pela dupla Ben Davies e Timothy Lee, se constrói a partir de uma premissa simples: Uma dinastia indo pro precipício a largos passos e os problemas de comando para uma reviravolta. Mas a solidez no seu discurso vai de encontro a uma narrativa muitas vezes desinteressante e sonolenta, com um calcanhar de aquiles alarmante: a falta de força e carisma nos personagens. É difícil uma forte conexão.

Na trama, acompanhamos os Lawsons, uma família que domina Marianne, a maior propriedade rural (estância) de gado do mundo, situada no norte da Austrália. Assim, conhecemos o chefe da família Colin (Robert Taylor), o filho mais velho Graham (Michael Dorman) e sua esposa Emily (Anna Torv), além da filha deles Susie (Philippa Northeast) e o filho distante de Graham, Marshall (Sam Corlett). Quando o filho que tomava conta dos negócios morre de forma surpreendente, a família passará por enormes atritos para manter o controle e legado de toda região.

Os núcleos compõe as peças em ebulição. É quase um tabuleiro de War com jogadas movidas também pela oportunidade e sorte. Aqui, o contexto é amplamente revisitado, deixando a narrativa numa redundância perceptível, alguns personagens parecem que não saem do lugar. Há os ladrões de gado, os poderosos de olho em Marianne, os nativos e suas reivindicações ligados fortemente ao lado cultural da região, as questões políticas e os jogos de influência.

Decisões tomadas na emoção moldam características em subtramas afastadas e que são forçadamente colocadas em confronto. Por meio de reviravoltas e algumas surpresas que são apresentadas em momentos chave, rumamos até o sexto – e último episódio – com uma série de incertezas e pontas soltas.

É muito difícil não vir logo uma comparação com Yellowstone. Família poderosa em eterno conflito interno, um chefe de clã impiedoso, empresários cheios da grana querendo uma parte das terras, questões com os nativos da região. Mas indo a fundo, algumas questões se afastam na maneira como chegamos até essas histórias.

Com um elenco encabeçado pela atriz Anna Torv – protagonista de uma das séries mais lembradas dos anos 2000, Fringe Territory peca na construção de seus personagens. Isso é uma flecha danosa em qualquer alicerce que se baseia nas relações conflituosas que se seguem.

Com suas paisagens deslumbrantes, rodado no Território do Norte e na Austrália do Sul, incluindo o Parque Nacional Kakadu, considerado Patrimônio Mundial da UNESCO, Territory usa da dinastia do gado para mostrar a ganância e o ego inflado. Se você conseguir se distanciar de Yellowstone, pode ser que ache mais méritos. Mas em resumo, é uma minissérie visualmente chamativa mas com carência no desenvolvimento de seus inúmeros personagens.

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