segunda-feira , 23 dezembro , 2024

Crítica | The Boys Apresenta: Diabólicos: Eric Kripke brinca com o gênero de animação em insana série derivada

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Se The Boys já havia conseguido cruzar todos os limites do absurdo em sua versão live-action, Diabólicos chega na Amazon Prime Video para nos provar que a fonte criativa de Eric Kripke, Seth Rogen e Evan Goldberg consegue ser ainda mais grotescamente impressionante. A nova série derivada do grandioso sucesso televisivo é um peculiar experimento voltado para o público adulto, que desafia nossa percepção de normalidade e explora o submundo dos supes a partir de histórias que flertam com diversos estilos artísticos com os quais crescemos amando quando crianças. 



E talvez esse seja justamente um dos aspectos mais conflitantes de The Boys Apresenta: Diabólicos. Fazendo referência aos estilos e formatos animados usados pela Warner Bros. em os Looney Tunes e até em clássicos desenhos japoneses como Sailor Moon e Super Pig, a nova produção entrega contos aleatórios trazidos das sombras do universo principal da série original, sempre de forma antológica e perturbadora. Usando os episódios como uma maneira de também estabelecer possíveis novas histórias, Diabólicos flerta com a trama principal onde acompanhamos Os Sete, à medida em que explora personagens ainda mais bizarros e excluídos, que vivem jornadas híbridas entre a comédia, o terror e até mesmo entre o gênero trash.

Trazendo convidados consagrados de Hollywood tanto no time de dubladores originais, bem como entre os roteiristas, Diabólicos se beneficia diretamente da credibilidade e do sucesso de The Boys e reúne contos curtos desconfortáveis, pesados e alguns ainda um tanto…cativantes. Rompendo novas barreiras, a série se farta das infinitas possibilidades que a animação permite trazer para as telas e cria novos personagens diversos bem controversos e que confrontam nossa percepção de realidade. E com histórias bizarras que envolvem o assassinato em massa de pais, a dizimação de crianças com má formação pelo soro de super-heróis e inclusive um super poder de produzir excrementos que falam (???), a série é literalmente o suprassumo de seu título: diabólica, perversa e demais até para os fãs de The Boys.

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Técnica e esteticamente falando, a nova série animada é um belíssimo leque criativo, que explora muito bem suas referências artísticas – trazendo o fator do exagero como marca registrada de seus causos. Mas ainda que faça críticas sociais poderosas e realmente importantes, muitos dos conflitos e reflexões propostos por The Boys Apresenta: Diabólicos se perdem pelos abusos da perversidade de seus contos.

E ainda que de início pareça ser aceitável digerir o grau de violência de seus protagonistas animados, ao final de seus oitos episódios, descobrimos que a sanguinolência ali existente é desnecessária e peca por justamente se distanciar dos debates tão excelentes que The Boys sempre nutriu em sua forma live-action. E no final, resta ainda um desconfortável e inevitável questionamento diante de nós, enquanto público: Até que ponto é saudável e aceitável assistir tanta violência gratuita e pavorosa pelo simples prazer do entretenimento? Fica aqui a indagação.

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Se The Boys já havia conseguido cruzar todos os limites do absurdo em sua versão live-action, Diabólicos chega na Amazon Prime Video para nos provar que a fonte criativa de Eric Kripke, Seth Rogen e Evan Goldberg consegue ser ainda mais grotescamente impressionante. A nova série derivada do grandioso sucesso televisivo é um peculiar experimento voltado para o público adulto, que desafia nossa percepção de normalidade e explora o submundo dos supes a partir de histórias que flertam com diversos estilos artísticos com os quais crescemos amando quando crianças. 

E talvez esse seja justamente um dos aspectos mais conflitantes de The Boys Apresenta: Diabólicos. Fazendo referência aos estilos e formatos animados usados pela Warner Bros. em os Looney Tunes e até em clássicos desenhos japoneses como Sailor Moon e Super Pig, a nova produção entrega contos aleatórios trazidos das sombras do universo principal da série original, sempre de forma antológica e perturbadora. Usando os episódios como uma maneira de também estabelecer possíveis novas histórias, Diabólicos flerta com a trama principal onde acompanhamos Os Sete, à medida em que explora personagens ainda mais bizarros e excluídos, que vivem jornadas híbridas entre a comédia, o terror e até mesmo entre o gênero trash.

Trazendo convidados consagrados de Hollywood tanto no time de dubladores originais, bem como entre os roteiristas, Diabólicos se beneficia diretamente da credibilidade e do sucesso de The Boys e reúne contos curtos desconfortáveis, pesados e alguns ainda um tanto…cativantes. Rompendo novas barreiras, a série se farta das infinitas possibilidades que a animação permite trazer para as telas e cria novos personagens diversos bem controversos e que confrontam nossa percepção de realidade. E com histórias bizarras que envolvem o assassinato em massa de pais, a dizimação de crianças com má formação pelo soro de super-heróis e inclusive um super poder de produzir excrementos que falam (???), a série é literalmente o suprassumo de seu título: diabólica, perversa e demais até para os fãs de The Boys.

Técnica e esteticamente falando, a nova série animada é um belíssimo leque criativo, que explora muito bem suas referências artísticas – trazendo o fator do exagero como marca registrada de seus causos. Mas ainda que faça críticas sociais poderosas e realmente importantes, muitos dos conflitos e reflexões propostos por The Boys Apresenta: Diabólicos se perdem pelos abusos da perversidade de seus contos.

E ainda que de início pareça ser aceitável digerir o grau de violência de seus protagonistas animados, ao final de seus oitos episódios, descobrimos que a sanguinolência ali existente é desnecessária e peca por justamente se distanciar dos debates tão excelentes que The Boys sempre nutriu em sua forma live-action. E no final, resta ainda um desconfortável e inevitável questionamento diante de nós, enquanto público: Até que ponto é saudável e aceitável assistir tanta violência gratuita e pavorosa pelo simples prazer do entretenimento? Fica aqui a indagação.

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