terça-feira , 5 novembro , 2024

Crítica | The Girl Before: Quem Ela Era – Nova série da HBO Max vai do nada para lugar nenhum

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É até previsível que ‘Quem Ela Era’, nova minissérie da HBO Max, mal tenha sido divulgada ou mesmo comentada pelo público voraz de produções do tipo. Mesmo adaptando o best-seller literário homônimo de JP Delaney, o show não consegue fazer outra coisa, senão causar tédio nos poucos que tiveram a paciência de chegar ao último episódio – ao todo são 4 capítulos com cerca de 1 hora cada, e que parece bem mais.

The Girl Before’ (no original) até que começa de maneira promissora, muito pela trama curiosa do livro, onde vemos a história de duas garotas, Emma (Jessica Plummer) e Jane (Gugu Mbatha-Raw); com a de Emma sendo retratada três anos antes da trama de Jane. Apesar das mulheres viverem em tempos diferentes, essas mulheres possuem muita coisa em comum, já que, além da aparência similar, ambas moram na mesma casa que foi construída pelo antigo dono e arquiteto, Edward Monkford, vivido por David Oyelowo (‘Selma: Uma Luta Pela Igualdade’).

No entanto o fato curioso disso tudo é que, para morar no local, os inquilinos precisam passar por processo bizarro de aprovação, respondendo um formulário deveras peculiar, seguindo assim regras impostas no contrato do imóvel. Não podem, por exemplo, enfeitar a casa com fotos pessoais, tal como também não podem pendurar quadros, ter animais de estimação ou mesmo crianças no lar. Uma plot curiosa e intrigante, que atiça a curiosidade do público sobre o que exatamente veremos a seguir – seria essa uma nova versão do filme ‘Cubo’ (1997)?

O caso é que, com caminhar da trama, quase nada parece acontecer e todo mistério e interesse do espectador vão caindo por terra… Todos os mistérios e segredos, em determinado momento, vão ficando cada vez mais entediantes do que empolgantes. Sim, aqui e acolá temos lampejos de criatividade, onde a coisa aparenta, novamente, ser interessante, porém, logo em seguida, o desfecho chuta para longe a atenção de quem ainda está acompanhando o show.

E se engana quem pensa que teremos, pelo menos, um final surpreendente, pois, mesmo forçando um pouco isso, a produção acaba sendo previsível. Algo que pode desapontar algumas pessoas, justamente pela conclusão morna que, até pode ser bacana no livro, mas que na série não possui peso dramático algum. Indo assim do nada (começo) para lugar nenhum (fim) e não dizendo ao certo a que veio.

É até louvável que os produtores tenham tentado adaptar, com fidelidade, a obra de JP Delaney, entregando um título que, apesar de não ter um elenco estelar, é honesto ao ponto de não fazer feio. Assim como também confere temas abordados no livro, como, por exemplo, discutir as instabilidades emocionais do ser humano em um ambiente desconhecido. Fazendo às vezes de um reality show e estudando um pouco do comportamento humano e relações internas dentro de quatro paredes; ou mesmo nossos medos e frustrações. Uma pena que isso não é passado de modo que faça o público ficar empolgado pelo debate.

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Wilker Medeiroshttps://www.youtube.com/imersaocultural
Wilker Medeiros, com passagem pela área de jornalismo, atuou em portais e podcasts como editor e crítico de cinema. Formou-se em cursos de Fotografia e Iluminação, Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica, Forma e Estilo do Cinema. Sempre foi apaixonado pela sétima arte e é um consumidor voraz de cultura pop.

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The Girl Before’ (no original) até que começa de maneira promissora, muito pela trama curiosa do livro, onde vemos a história de duas garotas, Emma (Jessica Plummer) e Jane (Gugu Mbatha-Raw); com a de Emma sendo retratada três anos antes da trama de Jane. Apesar das mulheres viverem em tempos diferentes, essas mulheres possuem muita coisa em comum, já que, além da aparência similar, ambas moram na mesma casa que foi construída pelo antigo dono e arquiteto, Edward Monkford, vivido por David Oyelowo (‘Selma: Uma Luta Pela Igualdade’).

No entanto o fato curioso disso tudo é que, para morar no local, os inquilinos precisam passar por processo bizarro de aprovação, respondendo um formulário deveras peculiar, seguindo assim regras impostas no contrato do imóvel. Não podem, por exemplo, enfeitar a casa com fotos pessoais, tal como também não podem pendurar quadros, ter animais de estimação ou mesmo crianças no lar. Uma plot curiosa e intrigante, que atiça a curiosidade do público sobre o que exatamente veremos a seguir – seria essa uma nova versão do filme ‘Cubo’ (1997)?

O caso é que, com caminhar da trama, quase nada parece acontecer e todo mistério e interesse do espectador vão caindo por terra… Todos os mistérios e segredos, em determinado momento, vão ficando cada vez mais entediantes do que empolgantes. Sim, aqui e acolá temos lampejos de criatividade, onde a coisa aparenta, novamente, ser interessante, porém, logo em seguida, o desfecho chuta para longe a atenção de quem ainda está acompanhando o show.

E se engana quem pensa que teremos, pelo menos, um final surpreendente, pois, mesmo forçando um pouco isso, a produção acaba sendo previsível. Algo que pode desapontar algumas pessoas, justamente pela conclusão morna que, até pode ser bacana no livro, mas que na série não possui peso dramático algum. Indo assim do nada (começo) para lugar nenhum (fim) e não dizendo ao certo a que veio.

É até louvável que os produtores tenham tentado adaptar, com fidelidade, a obra de JP Delaney, entregando um título que, apesar de não ter um elenco estelar, é honesto ao ponto de não fazer feio. Assim como também confere temas abordados no livro, como, por exemplo, discutir as instabilidades emocionais do ser humano em um ambiente desconhecido. Fazendo às vezes de um reality show e estudando um pouco do comportamento humano e relações internas dentro de quatro paredes; ou mesmo nossos medos e frustrações. Uma pena que isso não é passado de modo que faça o público ficar empolgado pelo debate.

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Wilker Medeiros, com passagem pela área de jornalismo, atuou em portais e podcasts como editor e crítico de cinema. Formou-se em cursos de Fotografia e Iluminação, Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica, Forma e Estilo do Cinema. Sempre foi apaixonado pela sétima arte e é um consumidor voraz de cultura pop.

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