quinta-feira , 21 novembro , 2024

Crítica | The Girl With All the Gifts – Filme de zumbis Inusitado faz sucesso na Netflix

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Boa ideia, desenvolvimento nem tanto

Aqui no CinePOP, nós adoramos terror. E desta paixão é que o site foi criado. Não é de se espantar que o gênero tenha forte apelo com vocês também, nossos queridos leitores. Sempre que divulgamos alguma notícia ou trailer de uma nova produção de horror, eles automaticamente fazem grande sucesso. Até mesmo quando se trata de obras pequenas e desconhecidas. Foi exatamente o ocorrido com este The Girl With All the Gifts – título original de Melanie: A Última Esperança, já parte do acervo atual da Netflix, mesmo se tratando de uma produção de 2016 (sem previamente ser exibido em nossos cinemas).

The Girl With All the Gifts (como é conhecido agora na Netflix) tem uma ideia muito criativa, que subverte o esperado do subgênero dos filmes de zumbis. Muito em voga atualmente, os mortos-vivos são os monstros sensação do momento. Então, é esperada certa repetição na fórmula de produções que estampam as criaturas.



O filme foca nas crias de mães contaminadas pela epidemia, que nascem portando o vírus em seu organismo, mesmo que na maior parte do tempo se comportem como humanos normais. Na verdade, os primeiros minutos do filme nos confundem sobre o que de fato está ocorrendo. Tudo o que vemos são crianças tratadas de uma forma extremamente abusiva e chocante por militares. Logo depois compreendemos exatamente onde estamos e nos situamos nesta nova realidade.

Melanie – A Última Esperança é baseado no livro Mike Carey, e o filme tem adaptação do próprio autor. A direção é do britânico Colm McCarthy (do episódio Black Museum, da série Black Mirror). Na produção inglesa, conhecemos uma realidade na qual crianças são tratadas como animais perigosos, trancafiadas em seus quartos e amarradas até a cabeça quando precisam interagir com outras pessoas, como professores, dentro das instalações do exército.

Aos poucos vamos recebendo novas informações e percebendo que este mundo foi devastado pela mortal epidemia zumbi. Do lado de fora da instalação, um país devastado, repleto de mortos-vivos prontos a nos devorar.

No elenco, os destaques são as presenças da veterana Glenn Close, na pele de uma cientista em busca da cura, Paddy Considine (o Rei Viserys Targaryen do sucesso House of the Dragon) como o severo líder dos soldados e a graciosa Gemma Arterton como uma caridosa tutora, a única que trata as crianças como seres humanos e não máquinas mortíferas. A protagonista, no entanto, é a pequena Sennia Nanua, que vive a personagem título Melanie. Talentosa e dona de grande carisma, a menina tinha uma verdadeira chance de explosão na carreira com o filme – o problema é que a obra não vingou e sua participação ficará escondida para os que se aventurarem a descobrir e desbravar o longa. Uma pena.

O artifício usado pela obra é mostrar as tais crianças que carregam o gene zumbi perdendo o controle a partir do momento que sentem cheiro de carne humana ou qualquer outro ser vivo. Quando tal aroma os atinge, se tornam criaturas sem qualquer consciência e donas de um apetite canibal incontrolável, assim como suas contrapartes comedoras de cérebro.

Como dito, a ideia de Melanie – A Última Esperança é louvável e pretendia injetar frescor a um subgênero muito visitado. O problema é que uma vez que a premissa é implementada, o desenvolvimento do longa o leva exatamente ao lugar comum de qualquer outro filme do tipo, no qual sobreviventes precisam se esgueirar pelo que sobrou de prédios e estruturas a fim de fugir de uma verdadeira horda que planeja devorá-los. Este lugar comum é o sinal máximo de que uma boa ideia descarrilou por completo. Fato muito comum quando o assunto é produção cinematográfica sem firmeza.

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The Girl With All the Gifts (como é conhecido agora na Netflix) tem uma ideia muito criativa, que subverte o esperado do subgênero dos filmes de zumbis. Muito em voga atualmente, os mortos-vivos são os monstros sensação do momento. Então, é esperada certa repetição na fórmula de produções que estampam as criaturas.

O filme foca nas crias de mães contaminadas pela epidemia, que nascem portando o vírus em seu organismo, mesmo que na maior parte do tempo se comportem como humanos normais. Na verdade, os primeiros minutos do filme nos confundem sobre o que de fato está ocorrendo. Tudo o que vemos são crianças tratadas de uma forma extremamente abusiva e chocante por militares. Logo depois compreendemos exatamente onde estamos e nos situamos nesta nova realidade.

Melanie – A Última Esperança é baseado no livro Mike Carey, e o filme tem adaptação do próprio autor. A direção é do britânico Colm McCarthy (do episódio Black Museum, da série Black Mirror). Na produção inglesa, conhecemos uma realidade na qual crianças são tratadas como animais perigosos, trancafiadas em seus quartos e amarradas até a cabeça quando precisam interagir com outras pessoas, como professores, dentro das instalações do exército.

Aos poucos vamos recebendo novas informações e percebendo que este mundo foi devastado pela mortal epidemia zumbi. Do lado de fora da instalação, um país devastado, repleto de mortos-vivos prontos a nos devorar.

No elenco, os destaques são as presenças da veterana Glenn Close, na pele de uma cientista em busca da cura, Paddy Considine (o Rei Viserys Targaryen do sucesso House of the Dragon) como o severo líder dos soldados e a graciosa Gemma Arterton como uma caridosa tutora, a única que trata as crianças como seres humanos e não máquinas mortíferas. A protagonista, no entanto, é a pequena Sennia Nanua, que vive a personagem título Melanie. Talentosa e dona de grande carisma, a menina tinha uma verdadeira chance de explosão na carreira com o filme – o problema é que a obra não vingou e sua participação ficará escondida para os que se aventurarem a descobrir e desbravar o longa. Uma pena.

O artifício usado pela obra é mostrar as tais crianças que carregam o gene zumbi perdendo o controle a partir do momento que sentem cheiro de carne humana ou qualquer outro ser vivo. Quando tal aroma os atinge, se tornam criaturas sem qualquer consciência e donas de um apetite canibal incontrolável, assim como suas contrapartes comedoras de cérebro.

Como dito, a ideia de Melanie – A Última Esperança é louvável e pretendia injetar frescor a um subgênero muito visitado. O problema é que uma vez que a premissa é implementada, o desenvolvimento do longa o leva exatamente ao lugar comum de qualquer outro filme do tipo, no qual sobreviventes precisam se esgueirar pelo que sobrou de prédios e estruturas a fim de fugir de uma verdadeira horda que planeja devorá-los. Este lugar comum é o sinal máximo de que uma boa ideia descarrilou por completo. Fato muito comum quando o assunto é produção cinematográfica sem firmeza.

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