quinta-feira , 21 novembro , 2024

Crítica | The Stand – Minissérie de Stephen King com pitada terror vai agradar aos fãs de ‘The Walking Dead’

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O ano de 2021 já começa agitado entre os lançamentos das plataformas de streaming, afinal, já na primeira semana o espectador brasileiro poderá conhecer a nova minissérie baseada em livro do Stephen King: ‘The Stand’, disponibilizada pela plataforma de aluguel sob demanda Starzplay. Porém, fica o alerta de gatilho: ‘The Stand’ é sobre uma epidemia viral similar à da gripe, que atinge as vias respiratórias das pessoas e dizima simplesmente 7 bilhões de indivíduos da população mundial. Então, se você ainda não se recuperou de tudo que aconteceu em 2020, talvez este não seja o entretenimento mais adequado para você.



Harold Lauder (Owen Teague) é um jovem esquisitão, que costuma stalkear Frannie (Odessa Young), sua antiga babá, por quem tem uma paixão obsessiva. Tudo vai bem no seu mundo fantasioso até o dia em que, do nada, várias pessoas ao seu redor começam a ter fortes sintomas gripais, e, com o passar dos dias, a maioria delas morre. Então Harold – que é um escritor de ficção científica frustrado que coleciona diversas rejeições de editoras –, percebe o que está acontecendo e bola um plano de se isolar em um determinado local, onde funda uma comunidade de sobreviventes. Ele convence Frannie de segui-lo e, pelo caminho, deixa recados para que outros sobreviventes que tenham recebido o chamado de Mãe Abagail (Whoopi Goldberg) se desloquem para lá. Aos poucos, Nadine (Amber Heard), Stu (James Marsden), Larry (Jovan Adepo) e outras pessoas começam a viver nessa comunidade, em um mundo pós-apocalíptico, e, com o tempo, velhos problemas vêm à tona na convivência entre seres humanos.

Dividido em nove episódios de cerca de uma hora de duração cada, o roteiro a doze mãos – Josh Boone, Benjamin Cavell, Jill Killington, Knate Lee, Stephen King e seu filho, Owen King – entrelaça a história em dois tempos, passado e presente, sob o ponto de vista de diversos personagens, que se tornam protagonista de seus núcleos até eventualmente tudo se juntar. Essa é uma técnica muito utilizada pelo próprio Stephen King, e seus leitores fiéis poderão reconhecer facilmente a estrutura elaborada pela série, que foi baseada no livro ‘A Dança da Morte’. Ao mesmo tempo, para quem não está acostumado com a elaboração narrativa do mestre do terror, essa linha de apresentação pode parecer um pouco confusa – até que por fim as coisas sejam esclarecidas.

Dirigido por Josh Boone – que também é responsável pela criação de ‘The Stand’ em formato de minissérie – de uma maneira geral a produção consegue equilibrar bem os múltiplos núcleos e o mistério que os costura até chegar ao ponto que o espectador encontra logo no primeiro episódio (mas que somente então é explicado de vez). Por outro lado, elabora uma aura um pouco caricata demais para os personagens centrais – Harold, Mãe Abagail e Randall (Alexander Skarsgård), deixando-os um bocado enigmáticos demais num embate entre o bem e o mal.

The Stand’ é uma série de ficção científica com pitada terror para os fãs dos bons tempos de ‘The Walking Dead’, com muita relação com o que vivemos hoje em dia. Se você conseguir desassociar da realidade nas ruas, então é um bom entretenimento para o início de ano, até porque a série traz um final diferente do livro, escrito exclusivamente por Stephen King.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Harold Lauder (Owen Teague) é um jovem esquisitão, que costuma stalkear Frannie (Odessa Young), sua antiga babá, por quem tem uma paixão obsessiva. Tudo vai bem no seu mundo fantasioso até o dia em que, do nada, várias pessoas ao seu redor começam a ter fortes sintomas gripais, e, com o passar dos dias, a maioria delas morre. Então Harold – que é um escritor de ficção científica frustrado que coleciona diversas rejeições de editoras –, percebe o que está acontecendo e bola um plano de se isolar em um determinado local, onde funda uma comunidade de sobreviventes. Ele convence Frannie de segui-lo e, pelo caminho, deixa recados para que outros sobreviventes que tenham recebido o chamado de Mãe Abagail (Whoopi Goldberg) se desloquem para lá. Aos poucos, Nadine (Amber Heard), Stu (James Marsden), Larry (Jovan Adepo) e outras pessoas começam a viver nessa comunidade, em um mundo pós-apocalíptico, e, com o tempo, velhos problemas vêm à tona na convivência entre seres humanos.

Dividido em nove episódios de cerca de uma hora de duração cada, o roteiro a doze mãos – Josh Boone, Benjamin Cavell, Jill Killington, Knate Lee, Stephen King e seu filho, Owen King – entrelaça a história em dois tempos, passado e presente, sob o ponto de vista de diversos personagens, que se tornam protagonista de seus núcleos até eventualmente tudo se juntar. Essa é uma técnica muito utilizada pelo próprio Stephen King, e seus leitores fiéis poderão reconhecer facilmente a estrutura elaborada pela série, que foi baseada no livro ‘A Dança da Morte’. Ao mesmo tempo, para quem não está acostumado com a elaboração narrativa do mestre do terror, essa linha de apresentação pode parecer um pouco confusa – até que por fim as coisas sejam esclarecidas.

Dirigido por Josh Boone – que também é responsável pela criação de ‘The Stand’ em formato de minissérie – de uma maneira geral a produção consegue equilibrar bem os múltiplos núcleos e o mistério que os costura até chegar ao ponto que o espectador encontra logo no primeiro episódio (mas que somente então é explicado de vez). Por outro lado, elabora uma aura um pouco caricata demais para os personagens centrais – Harold, Mãe Abagail e Randall (Alexander Skarsgård), deixando-os um bocado enigmáticos demais num embate entre o bem e o mal.

The Stand’ é uma série de ficção científica com pitada terror para os fãs dos bons tempos de ‘The Walking Dead’, com muita relação com o que vivemos hoje em dia. Se você conseguir desassociar da realidade nas ruas, então é um bom entretenimento para o início de ano, até porque a série traz um final diferente do livro, escrito exclusivamente por Stephen King.

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