domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | The Wilds: Vidas Selvagens: Nova série da Amazon Prime Video ao estilo de Lost

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Ser uma adolescente em um universo dominado por uma masculinidade tóxica é uma das tarefas mais árduas. Entre cobranças sociais, padrões de beleza inatingíveis e pressões para suprir o que pensamos ser as expectativas dos outros em nós, essa é uma das fases que – naturalmente – contribui para definir a forma como nos enxergamos tanto no espelho, bem como no mundo. E a nova série original da Amazon Prime Video, The Wilds: Vidas Selvagens, canaliza toda essa densa complexidade que envolve a fase juvenil feminina, a fim de dissecá-la como um genuíno experimento social.



Transformando crises de identidade em oportunidades, a produção recorre a temas comuns do gênero coming of age para explanar uma mensagem que é muito mais profunda do que se espera. Com uma atmosfera à la Lost, a série traz um grupo diverso e adverso de adolescentes a caminho de um retiro para garotas, após enfrentarem circunstâncias dolorosas demais para serem absorvidas em meio ao contexto social e familiar em que estão inseridas. No entanto, a viagem perde o seu rumo e um “acidente” de avião as levará a uma luta pela sobrevivência em meio a uma ilha deserta onde a esperança de um resgate é mínima.

Se apresentando logo em seu episódio inaugural como um experimento social financiado por milionários, a narrativa com efêmeros ares de A Lagoa Azul é de fato surpreendente. Já deixando claro que ninguém aqui está submetido a um purgatório terrível onde nada faz sentido, The Wilds faz o que Lost deveria ter feito: Dar profundidade substancial para a ilha onde os protagonistas se encontram, tornando-a um personagem tão genuíno como os demais. Ainda é cedo para esmiuçar essa premissa a fundo – uma vez que fomos apresentados a apenas uma temporada, mas a produção original da Amazon, desenvolvida por Sarah Streicher, já demarca o seu espaço por garantir uma narrativa que não tem tempo a perder.

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The Wilds
CR: Matt Klitscher/Amazon Studios

Com pressa de contar sua história e envolver a audiência, a série traz uma trama absolutamente feminina, que explora as mazelas da adolescência pela ótica de meninas que foram – de um jeito ou de outro – subjugadas e, consequentemente, traumatizadas. Com circunstâncias particulares que exploram dores que não são nada juvenis, The Wilds vai a fundo no desenvolvimento de suas protagonistas e rapidamente vidra as nossas atenções, nos intrigando a querer conhecer mais e mais as lutas que cada qual enfrentou antes do instante em que chegaram à ilha.

Apostando em um elenco de atrizes bem novas e desconhecidas, a série da Amazon consegue equilibrar bem a dramaticidade do background de suas protagonistas a um contexto de selvageria que rende boas cenas de tensão. Com atuações genuinamente boas que ajudam a manter o nível da produção sempre bem alto, a produção é uma deliciosa surpresa para o final de 2020. Inevitavelmente tratando questões como o isolamento social e suas consequências no comportamento humano, The Wilds é eletrizante e capaz de prender a nossa atenção, à medida em que nos cativa pelas identificáveis e sensíveis histórias de meninas que – muito antes – já lutavam para tentar sobreviver em uma selva de pedra.

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Crítica | The Wilds: Vidas Selvagens: Nova série da Amazon Prime Video ao estilo de Lost

Ser uma adolescente em um universo dominado por uma masculinidade tóxica é uma das tarefas mais árduas. Entre cobranças sociais, padrões de beleza inatingíveis e pressões para suprir o que pensamos ser as expectativas dos outros em nós, essa é uma das fases que – naturalmente – contribui para definir a forma como nos enxergamos tanto no espelho, bem como no mundo. E a nova série original da Amazon Prime Video, The Wilds: Vidas Selvagens, canaliza toda essa densa complexidade que envolve a fase juvenil feminina, a fim de dissecá-la como um genuíno experimento social.

Transformando crises de identidade em oportunidades, a produção recorre a temas comuns do gênero coming of age para explanar uma mensagem que é muito mais profunda do que se espera. Com uma atmosfera à la Lost, a série traz um grupo diverso e adverso de adolescentes a caminho de um retiro para garotas, após enfrentarem circunstâncias dolorosas demais para serem absorvidas em meio ao contexto social e familiar em que estão inseridas. No entanto, a viagem perde o seu rumo e um “acidente” de avião as levará a uma luta pela sobrevivência em meio a uma ilha deserta onde a esperança de um resgate é mínima.

Se apresentando logo em seu episódio inaugural como um experimento social financiado por milionários, a narrativa com efêmeros ares de A Lagoa Azul é de fato surpreendente. Já deixando claro que ninguém aqui está submetido a um purgatório terrível onde nada faz sentido, The Wilds faz o que Lost deveria ter feito: Dar profundidade substancial para a ilha onde os protagonistas se encontram, tornando-a um personagem tão genuíno como os demais. Ainda é cedo para esmiuçar essa premissa a fundo – uma vez que fomos apresentados a apenas uma temporada, mas a produção original da Amazon, desenvolvida por Sarah Streicher, já demarca o seu espaço por garantir uma narrativa que não tem tempo a perder.

The Wilds
CR: Matt Klitscher/Amazon Studios

Com pressa de contar sua história e envolver a audiência, a série traz uma trama absolutamente feminina, que explora as mazelas da adolescência pela ótica de meninas que foram – de um jeito ou de outro – subjugadas e, consequentemente, traumatizadas. Com circunstâncias particulares que exploram dores que não são nada juvenis, The Wilds vai a fundo no desenvolvimento de suas protagonistas e rapidamente vidra as nossas atenções, nos intrigando a querer conhecer mais e mais as lutas que cada qual enfrentou antes do instante em que chegaram à ilha.

Apostando em um elenco de atrizes bem novas e desconhecidas, a série da Amazon consegue equilibrar bem a dramaticidade do background de suas protagonistas a um contexto de selvageria que rende boas cenas de tensão. Com atuações genuinamente boas que ajudam a manter o nível da produção sempre bem alto, a produção é uma deliciosa surpresa para o final de 2020. Inevitavelmente tratando questões como o isolamento social e suas consequências no comportamento humano, The Wilds é eletrizante e capaz de prender a nossa atenção, à medida em que nos cativa pelas identificáveis e sensíveis histórias de meninas que – muito antes – já lutavam para tentar sobreviver em uma selva de pedra.

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