domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | The Wizard of Lies (O Mago das Mentiras)

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O cofre do banco contém apenas dinheiro; frusta-se quem pensar que lá encontrará riqueza. Infelizmente produzido para ir direto para a televisão (esse filme merecia uma telona de cinema), The Wizard of Lies, no português, O Mago das Mentiras, esse impactante drama é uma biografia sobre o nova ioquino Bernard Lawrence “Bernie” Madoff responsável por uma das maiores fraudes financeiras da história mundial. Dirigido pelo veteraníssimo cineasta Barry Levinson (de clássicos como: Bugsy, Bom Dia Vietnã, Rain Man) o longa metragem, com pouco mais de 130 minutos, faz um pequeno raio-x de um esquema conhecido como Pirâmide (nesse caso comparado ao famoso Esquema Ponzi), além de ir a fundo no drama familiar que Bernie deixou de herança e que mudou a vida e a rotina de seus filhos e esposa para sempre. No papel do protagonista, o mito, a lenda, Robert De Niro, que desenvolve uma de suas melhores atuações dos últimos anos, muito bom ver o bom e velho Touro Indomável de volta a uma grande atuação.

Na trama, conhecemos a vida de fortuna e status de Bernie Madoff (Robert de Niro), ex-guarda vidas que fundou aos poucos uma empresa mundialmente conhecida, principalmente em Wall Street, se tornando presidente de uma sociedade de investimento que tem o seu nome e que fundou no início da década de 60. Bernie mantinha sua empresa ao lado de seus únicos dois filhos Andrew (Nathan Darrow) e Mark (Alessandro Nivola) que trabalhavam para ele mesmo eles não tendo um controle sobre realmente tudo que acontecia por ali. No ano de 2008, resolveu se entregar a polícia norte americana assumindo a culpa de um esquema fraudulento que deixou o mercado financeiro mundial em total colapso com perdas na casa dos 60 bilhões de dólares. Após assumir a culpa e praticar se entregar (seus filhos quando souberem tomaram a frente nesse sentido) Bernie, isolado em uma prisão de segurança máxima, vai enfrentar não só a ira de todos que foram roubados, da imprensa e do governo norte americano mas também verá a decadência de sua família que nunca mais encontrou uma gota de esperança em ser feliz.



O roteiro se define por arcos muito bem estabelecidos que fazem com o que o público se interesse a cada minuto por essa história. A vida pessoal de Bernie é bem explorada mostrando a relação conturbada que tinha com os filhos; Mark com que tinha vários embates e mostrava autoridade e com Andrew que fica claro pelos pensamentos declamados que o via como futuro presidente da companhia que criara. O relacionamento com sua esposa Ruth (a queridíssima Michelle Pfeiffer) gera ótimos diálogos ao longo do filme, uma espécie de divã que acontecesse em três atos: o antes da fraude ser exposta, o durante o processo criminal e o depois que as tragédias familiares acontecessem. Ninguém sofreu mais com as surpresas reveladas por Bernie do que sua família, os acontecimentos que ocorrem são bem detalhados pelas lentes de Levinson.

Figura bem explorada, e, praticamente, o braço direito de Bernie na operação de fraude é Frank Dipascali (Hank Azaria, ótimo por sinal). Num andar misterioso, comandado por Frank, em um dos principais prédios no maior centro financeiro do mundo aconteciam as misteriosas anotações e números que chocaram todo um planeta financeiro. Ninguém tinha acesso a esse lugar, somente poucos funcionários que não entendiam as causas maiores Bernie e Frank. O filme tenta a todo instante exemplificar, em termos econômicos, a questão do golpe dado por Bernie. Citações ao Esquema Ponzi (uma tipo de pirâmide) são explicadas detalhadamente mas mesmo assim podem gerar dúvidas de como ocorre.  Basicamente, Bernie e sua trupe do mal atraíam clientes com uma promessa de gigantescos lucros e usavam o montante investido por esses para pagar os mais antigos clientes. Essa jogada estratégica e de péssimas intenções funcionou em grande parte porque os rendimentos não eram pagos aos clientes todo mês, o ‘dinheiro’ ficava lá numa espécie de vitrine e o mesmo só seria devolvido ao cliente quando este pedisse seu resgate. O mundo veio abaixo para Bernie porque, pouco antes de decidir se entregar,houve uma enorme demanda por resgates do dinheiro aplicado, por única e exclusivamente por uma crise financeira que afetou os investimentos mundiais. Assim, o fundo de Madoff ficou sem dinheiro para pagar todos os clientes.

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The Wizard of Lies (O Mago das Mentiras) é muito mais que um filme sobre o Mercado financeiro, é um drama impactante, com ótimas atuações e uma direção firme que nos leva a pensar a todo instante em que mundo vivemos.

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O cofre do banco contém apenas dinheiro; frusta-se quem pensar que lá encontrará riqueza. Infelizmente produzido para ir direto para a televisão (esse filme merecia uma telona de cinema), The Wizard of Lies, no português, O Mago das Mentiras, esse impactante drama é uma biografia sobre o nova ioquino Bernard Lawrence “Bernie” Madoff responsável por uma das maiores fraudes financeiras da história mundial. Dirigido pelo veteraníssimo cineasta Barry Levinson (de clássicos como: Bugsy, Bom Dia Vietnã, Rain Man) o longa metragem, com pouco mais de 130 minutos, faz um pequeno raio-x de um esquema conhecido como Pirâmide (nesse caso comparado ao famoso Esquema Ponzi), além de ir a fundo no drama familiar que Bernie deixou de herança e que mudou a vida e a rotina de seus filhos e esposa para sempre. No papel do protagonista, o mito, a lenda, Robert De Niro, que desenvolve uma de suas melhores atuações dos últimos anos, muito bom ver o bom e velho Touro Indomável de volta a uma grande atuação.

Na trama, conhecemos a vida de fortuna e status de Bernie Madoff (Robert de Niro), ex-guarda vidas que fundou aos poucos uma empresa mundialmente conhecida, principalmente em Wall Street, se tornando presidente de uma sociedade de investimento que tem o seu nome e que fundou no início da década de 60. Bernie mantinha sua empresa ao lado de seus únicos dois filhos Andrew (Nathan Darrow) e Mark (Alessandro Nivola) que trabalhavam para ele mesmo eles não tendo um controle sobre realmente tudo que acontecia por ali. No ano de 2008, resolveu se entregar a polícia norte americana assumindo a culpa de um esquema fraudulento que deixou o mercado financeiro mundial em total colapso com perdas na casa dos 60 bilhões de dólares. Após assumir a culpa e praticar se entregar (seus filhos quando souberem tomaram a frente nesse sentido) Bernie, isolado em uma prisão de segurança máxima, vai enfrentar não só a ira de todos que foram roubados, da imprensa e do governo norte americano mas também verá a decadência de sua família que nunca mais encontrou uma gota de esperança em ser feliz.

O roteiro se define por arcos muito bem estabelecidos que fazem com o que o público se interesse a cada minuto por essa história. A vida pessoal de Bernie é bem explorada mostrando a relação conturbada que tinha com os filhos; Mark com que tinha vários embates e mostrava autoridade e com Andrew que fica claro pelos pensamentos declamados que o via como futuro presidente da companhia que criara. O relacionamento com sua esposa Ruth (a queridíssima Michelle Pfeiffer) gera ótimos diálogos ao longo do filme, uma espécie de divã que acontecesse em três atos: o antes da fraude ser exposta, o durante o processo criminal e o depois que as tragédias familiares acontecessem. Ninguém sofreu mais com as surpresas reveladas por Bernie do que sua família, os acontecimentos que ocorrem são bem detalhados pelas lentes de Levinson.

Figura bem explorada, e, praticamente, o braço direito de Bernie na operação de fraude é Frank Dipascali (Hank Azaria, ótimo por sinal). Num andar misterioso, comandado por Frank, em um dos principais prédios no maior centro financeiro do mundo aconteciam as misteriosas anotações e números que chocaram todo um planeta financeiro. Ninguém tinha acesso a esse lugar, somente poucos funcionários que não entendiam as causas maiores Bernie e Frank. O filme tenta a todo instante exemplificar, em termos econômicos, a questão do golpe dado por Bernie. Citações ao Esquema Ponzi (uma tipo de pirâmide) são explicadas detalhadamente mas mesmo assim podem gerar dúvidas de como ocorre.  Basicamente, Bernie e sua trupe do mal atraíam clientes com uma promessa de gigantescos lucros e usavam o montante investido por esses para pagar os mais antigos clientes. Essa jogada estratégica e de péssimas intenções funcionou em grande parte porque os rendimentos não eram pagos aos clientes todo mês, o ‘dinheiro’ ficava lá numa espécie de vitrine e o mesmo só seria devolvido ao cliente quando este pedisse seu resgate. O mundo veio abaixo para Bernie porque, pouco antes de decidir se entregar,houve uma enorme demanda por resgates do dinheiro aplicado, por única e exclusivamente por uma crise financeira que afetou os investimentos mundiais. Assim, o fundo de Madoff ficou sem dinheiro para pagar todos os clientes.

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