domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | This is Us – Última Temporada é Nostálgica e Melancólica, assim como a Vida…

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Uma das melhores séries criadas na última década está prestes a terminar, e é muito difícil dar adeus. Mais difícil ainda é encontrar o tom certo para encerrar a trajetória de personagens que simplesmente cativaram o público de diferentes países ao longo de seis anos. Mas é chegada a hora de nos despedirmos. Assim é a vida, assim são eles… ou melhor, assim é ‘This is Us’, cuja última temporada começou a ser exibida na Star+ a partir desse início de 2022.



Depois que teve sua casa invadida por um ladrão, o senador Randall Pearson (Sterling K. Brown) não consegue mais ter uma noite de paz. Porém, no dia de seu aniversário, recebe a notícia de que o ladrão foi capturado e, mesmo contrariando sua esposa, ele decide ir passar a tarde na audiência de custódia do ladrão, numa tentativa de perlaborar o episódio. Ao mesmo tempo, Kate (Chrissy Metz) passa o dia de seu aniversário sozinha, embora o marido (Chris Sullivan) se esforce para estar presente, mesmo à distância. E Kevin (Justin Hartley) se desdobra para estar perto dos gêmeos e não se deixar afetar pelo fato de sua ex ter seguido em frente com a vida dela, mas as coisas andam bem difíceis. Porém tudo isso perde seu peso quando a mãe deles, Rebecca (Mandy Moore), conta sobre os exames médicos que ela fez, e o resultado não é nada bom.

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Como dá pra ver, a sexta e última temporada começa com o pé no acelerador da emoção. Nos dois primeiros episódios o roteiro de Dan Fogelman constrói uma narrativa de despedida dos personagens, porém, não no sentido de fim, mas com o aspecto de encerramento de uma etapa da vida. Portanto, o tom agridoce que vemos no olhar e nas falas dos personagens tem a ver com isso, com aqueles sentimentos que, de repente, percebemos em nós mesmos, sem nunca ninguém ter avisado que o momento estava chegando: aquele momento em que nos damos conta de que um ciclo da nossa vida está prestes a se encerrar, e uma nova fase irá começar, e essa nova fase, talvez (ou possivelmente) não tenha com as mesmas pessoas ao nosso redor, ou não seja no mesmo lugar.

Ken Olin continua impecável na direção, especialmente no que diz respeito a conseguir extrair todo o potencial de seu elenco. As transições do roteiro entre passado, presente e futuro se encaixam com perfeição; ainda que por vezes elas deixem um quê de dúvida, rapidamente a trama se encaminha para encaixar aquela peça, trazendo, assim, a compreensão ao espectador. Com humor, o diretor encontrou espaço até para situar o covid em seu enredo, o que atesta a atualidade da série.

This is Us’ é uma série que vai deixar muitas saudades por ter nos trazido personagens tão humanamente reais, que pareciam nossos parentes. Sua última temporada faz jus a todo o sucesso construído ao longo dos anos, e, mais uma vez, pede que deixemos a postos a caixinha de lenços e a caixa de chocolates. Mais do que entreter, esta última temporada veio para nos dizer que todo adeus é também um novo começo – tudo é uma questão de como vemos as coisas.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Uma das melhores séries criadas na última década está prestes a terminar, e é muito difícil dar adeus. Mais difícil ainda é encontrar o tom certo para encerrar a trajetória de personagens que simplesmente cativaram o público de diferentes países ao longo de seis anos. Mas é chegada a hora de nos despedirmos. Assim é a vida, assim são eles… ou melhor, assim é ‘This is Us’, cuja última temporada começou a ser exibida na Star+ a partir desse início de 2022.

Depois que teve sua casa invadida por um ladrão, o senador Randall Pearson (Sterling K. Brown) não consegue mais ter uma noite de paz. Porém, no dia de seu aniversário, recebe a notícia de que o ladrão foi capturado e, mesmo contrariando sua esposa, ele decide ir passar a tarde na audiência de custódia do ladrão, numa tentativa de perlaborar o episódio. Ao mesmo tempo, Kate (Chrissy Metz) passa o dia de seu aniversário sozinha, embora o marido (Chris Sullivan) se esforce para estar presente, mesmo à distância. E Kevin (Justin Hartley) se desdobra para estar perto dos gêmeos e não se deixar afetar pelo fato de sua ex ter seguido em frente com a vida dela, mas as coisas andam bem difíceis. Porém tudo isso perde seu peso quando a mãe deles, Rebecca (Mandy Moore), conta sobre os exames médicos que ela fez, e o resultado não é nada bom.

Como dá pra ver, a sexta e última temporada começa com o pé no acelerador da emoção. Nos dois primeiros episódios o roteiro de Dan Fogelman constrói uma narrativa de despedida dos personagens, porém, não no sentido de fim, mas com o aspecto de encerramento de uma etapa da vida. Portanto, o tom agridoce que vemos no olhar e nas falas dos personagens tem a ver com isso, com aqueles sentimentos que, de repente, percebemos em nós mesmos, sem nunca ninguém ter avisado que o momento estava chegando: aquele momento em que nos damos conta de que um ciclo da nossa vida está prestes a se encerrar, e uma nova fase irá começar, e essa nova fase, talvez (ou possivelmente) não tenha com as mesmas pessoas ao nosso redor, ou não seja no mesmo lugar.

Ken Olin continua impecável na direção, especialmente no que diz respeito a conseguir extrair todo o potencial de seu elenco. As transições do roteiro entre passado, presente e futuro se encaixam com perfeição; ainda que por vezes elas deixem um quê de dúvida, rapidamente a trama se encaminha para encaixar aquela peça, trazendo, assim, a compreensão ao espectador. Com humor, o diretor encontrou espaço até para situar o covid em seu enredo, o que atesta a atualidade da série.

This is Us’ é uma série que vai deixar muitas saudades por ter nos trazido personagens tão humanamente reais, que pareciam nossos parentes. Sua última temporada faz jus a todo o sucesso construído ao longo dos anos, e, mais uma vez, pede que deixemos a postos a caixinha de lenços e a caixa de chocolates. Mais do que entreter, esta última temporada veio para nos dizer que todo adeus é também um novo começo – tudo é uma questão de como vemos as coisas.

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