quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | Tico e Teco: Defensores da Lei – O MELHOR Reboot já feito pela Disney!

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Confessa: quando você ouviu falar do reboot do desenho do ‘Tico e Teco’ você torceu o nariz, achando que seria mais do mesmo do que já foi apresentado até agora pela Disney. Pudera! Em um universo em que na última década tudo que tem sido lançado é reboot ou remake de histórias de sucesso do passado, não sobra muito espaço para fazer sucesso com algo todo novo, né? E mesmo essas novas versões do passado têm chegado meio esquisitas, meio distantes do que era originalmente. Pois acredite: o novo filme do ‘Tico e Teco: Defensores da Lei’ vale cada minuto do seu tempo!



Após o sucesso da série ‘Defensores da Lei’, Tico (na voz original de John Mulaney) e Teco (Andy Samberg) se separam, pois Teco decide tentar carreira solo com seu longa ‘00Teco’. Os anos se passam, enquanto Tico trabalha meramente como corretor de seguros em uma empresa, Teco ainda vive das glórias do passado, participando nas Comic Cons da vida, dando autógrafos no Artist Alley. Porém, quando Mont (Eric Bana) pede a ajuda deles para saldar uma dívida, os dois são obrigados e voltar a conviver. Mas Mont desaparece, e tudo leva a crer que o malvado Sweet Pete (Will Arnett) está por trás, sumindo com personagens clássicos de desenhos animados obsoletos na cena cinematográfica. Para salvar o amigo, Tico e Teco terão que unir forças uma vez mais.

Nos primeiros cinco minutos de ‘Tico e Teco: Defensores da Lei’ o espectador já tem a absoluta certeza de que está assistindo a filmão, tamanha a agilidade com que o plot é apresentado. Esta é uma das melhores características do roteiro de Dan Gregor e Doug Mand: construir uma história absurda, surreal, e, ao mesmo tempo, tão sem pé nem cabeça, que simplesmente agrada ao público de todas as idades, especialmente o mais adulto, que cresceu assistindo às aventuras da dupla de esquilos detetivescos.

Para além de situações malucas que deixa a gente de boca aberta, acaba sobrando um bocado de espaço no enredo para enfiar uma porção de participações especiais de outros desenhos animados de outras produtoras – o que, financeiramente falando, é algo bem pouco provável de vermos, ainda mais num filme da Disney! Mas é assim que, entre as pôneis de ‘My Little Pony’ e garrafinhas do Shrek sendo derretidas, temos a inacreditável participação dele, o Sonic Feio, aquele que foi remasteirizado, com uma cara esquisitíssima e dentes de ser humano. E ele tem várias falas, inclusive é fundamental na história toda! É completamente inacreditável ver a reapropriação desse personagem, que foi tão massacrado nas redes sociais, simplesmente sendo reutilizado pela Paramount para criticar a gente, que criticou ele e fez os desenhistas mudarem a estética do ouriço. Hilário!

Essa é a pegada do filme de Akiva Schaffer: através da comédia, da aventura e do leve suspense, construir uma narrativa crítica com relação aos filmes piratas e o descarte em Hollywood. Para tal, o longa presta homenagem a literalmente todo tipo de animação gráfica, desde os desenhos em 2D, passando pelo stop-motion em massinha e, claro, alfinetando algumas técnicas, como a (falta de) expressão nos personagens de ‘O Expresso Polar’.

Tudo funciona em ‘Tico e Teco: Defensores da Lei’: as piadas, a história, a crítica, a aventura, os personagens, a trilha sonora, a motivação do vilão, a redenção dos protagonistas, a vibe nostálgica, a passagem de bastão. É o melhor live-action com animação desde ‘Uma Cilada para Roger Rabbit’ (inclusive, o próprio filme fala que bebe nessa fonte). De longe, é também o melhor reboot feito pela Disney, e uma das melhores animações desse estúdio dos últimos anos!

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Confessa: quando você ouviu falar do reboot do desenho do ‘Tico e Teco’ você torceu o nariz, achando que seria mais do mesmo do que já foi apresentado até agora pela Disney. Pudera! Em um universo em que na última década tudo que tem sido lançado é reboot ou remake de histórias de sucesso do passado, não sobra muito espaço para fazer sucesso com algo todo novo, né? E mesmo essas novas versões do passado têm chegado meio esquisitas, meio distantes do que era originalmente. Pois acredite: o novo filme do ‘Tico e Teco: Defensores da Lei’ vale cada minuto do seu tempo!

Após o sucesso da série ‘Defensores da Lei’, Tico (na voz original de John Mulaney) e Teco (Andy Samberg) se separam, pois Teco decide tentar carreira solo com seu longa ‘00Teco’. Os anos se passam, enquanto Tico trabalha meramente como corretor de seguros em uma empresa, Teco ainda vive das glórias do passado, participando nas Comic Cons da vida, dando autógrafos no Artist Alley. Porém, quando Mont (Eric Bana) pede a ajuda deles para saldar uma dívida, os dois são obrigados e voltar a conviver. Mas Mont desaparece, e tudo leva a crer que o malvado Sweet Pete (Will Arnett) está por trás, sumindo com personagens clássicos de desenhos animados obsoletos na cena cinematográfica. Para salvar o amigo, Tico e Teco terão que unir forças uma vez mais.

Nos primeiros cinco minutos de ‘Tico e Teco: Defensores da Lei’ o espectador já tem a absoluta certeza de que está assistindo a filmão, tamanha a agilidade com que o plot é apresentado. Esta é uma das melhores características do roteiro de Dan Gregor e Doug Mand: construir uma história absurda, surreal, e, ao mesmo tempo, tão sem pé nem cabeça, que simplesmente agrada ao público de todas as idades, especialmente o mais adulto, que cresceu assistindo às aventuras da dupla de esquilos detetivescos.

Para além de situações malucas que deixa a gente de boca aberta, acaba sobrando um bocado de espaço no enredo para enfiar uma porção de participações especiais de outros desenhos animados de outras produtoras – o que, financeiramente falando, é algo bem pouco provável de vermos, ainda mais num filme da Disney! Mas é assim que, entre as pôneis de ‘My Little Pony’ e garrafinhas do Shrek sendo derretidas, temos a inacreditável participação dele, o Sonic Feio, aquele que foi remasteirizado, com uma cara esquisitíssima e dentes de ser humano. E ele tem várias falas, inclusive é fundamental na história toda! É completamente inacreditável ver a reapropriação desse personagem, que foi tão massacrado nas redes sociais, simplesmente sendo reutilizado pela Paramount para criticar a gente, que criticou ele e fez os desenhistas mudarem a estética do ouriço. Hilário!

Essa é a pegada do filme de Akiva Schaffer: através da comédia, da aventura e do leve suspense, construir uma narrativa crítica com relação aos filmes piratas e o descarte em Hollywood. Para tal, o longa presta homenagem a literalmente todo tipo de animação gráfica, desde os desenhos em 2D, passando pelo stop-motion em massinha e, claro, alfinetando algumas técnicas, como a (falta de) expressão nos personagens de ‘O Expresso Polar’.

Tudo funciona em ‘Tico e Teco: Defensores da Lei’: as piadas, a história, a crítica, a aventura, os personagens, a trilha sonora, a motivação do vilão, a redenção dos protagonistas, a vibe nostálgica, a passagem de bastão. É o melhor live-action com animação desde ‘Uma Cilada para Roger Rabbit’ (inclusive, o próprio filme fala que bebe nessa fonte). De longe, é também o melhor reboot feito pela Disney, e uma das melhores animações desse estúdio dos últimos anos!

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