terça-feira, março 19, 2024

Crítica | Titãs – Sombria e sangrenta, série da DC já está disponível na Netflix

Mais sombria, séria e sangrenta, Titãs faz questão de explorar seu lado violento logo nos primeiros minutos para assim mostrar a todos do que se trata esta adaptação televisiva. Esse tom geralmente é exemplificado nas cenas envolvendo o ótimo Dick Grayson de Brenton Thwaites com todo o seu conflito interno causado pelo tempo acompanhando Batman.

Por sinal, Titãs não faz questão nenhuma de esconder o Universo DC. Em diversos momentos, personagens como o Batman, Coringa, Mulher Maravilha, Superman, entre outros, são citados na maior naturalidade possível, o que anima aos fãs.

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A trama tem um maior foco em Ravena Rachel e a sua relação com Dick. Todos os momentos envolvendo os dois são muito proveitosos. A relação entre os personagens é bem feita e faz com que a dupla seja mais eficiente até mesmo que o quarteto principal, que não é tão explorado quanto poderia ser.

A série procura se desenvolver sem pressa, primeiro apresentado os personagens principais aos poucos para só mais à frente juntá-los de fato. Estelar Kory e Mutano Garfield ganham gradativamente espaço em tela. Aliás, Garfield protagoniza um dos momentos mais divertidos na série, no qual se encontra em casa com a Patrulha do Destino e a companhia de Rachel. Tudo funciona. Aqui o tom sério dá lugar a cenas divertidas que fazem todo o sentido dentro daquele contexto.

Em relação à Estelar, toda a polêmica envolvendo a caracterização da personagem parece ter sido deixada de lado. Ainda que cause estranhamento a alguns, não interfere em nada na série. Kory funciona como uma espécie de mãe dentro do grupo e seu poder de fogo é explorado nas situações necessárias. Sua relação com Robin é construída aos poucos.

Um ponto interessante é que, com exceção de Robin, os protagonistas não têm praticamente nenhum domínio sobre suas habilidades. Há uma necessidade de treinamento que chegou a ser ensaiada durante determinada reunião do quarteto, porém não foi mais à frente. Esta relativa fragilidade é até citada por eles mesmos, como por em relação a Garfield/Mutano, que tem um problema logístico grande em relação às suas transformações.

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Algo que pode ser visto como bom ou ruim é a grande exploração do Universo do Batman. Como fã, é maravilhoso visitar Gotham e ver um rascunho de alguns personagens importantes. Porém fazer isto antes de estabilizar o próprio universo dos Titãs talvez soe como algo apressado. É claro que faz sentido ter elementos de tudo que cerca o Batman, visto que o Robin é elemento chave na série, mas poderia haver um melhor equilíbrio.

Não deixe de assistir:

Esta ânsia pelo Batverso foi um grande balde de água fria na season finale. Em outro contexto, poderia ser muito bem vindo, mas naquele momento foi praticamente um filler. Poderia ter sido reduzido a 1/3 do tempo exibido em tela.

Enquanto isso, Rapina e Columba também têm grande tempo de tela, fazem sentido dentro da trama, mas há uma certa dificuldade em encaixá-los no plot principal, gerando assim um anti-clímax nos episódios focados na dupla.

Outro ponto contra – mas sem um grande peso – é o efeito especial, pouco efetivo e mal feito em alguns momentos, principalmente no que tange à Gar e Kory. Nada que prejudique muito a experiência do espectador.

Voltando às qualidades, a atriz Teagan Croft faz um grande trabalho interpretando Rachel. Aqui na série, ela tem uma personalidade mais próximo a uma adolescente comum, com seus momentos de sorrir e levemente menos gótica ao que o público está acostumado. Ainda assim, funciona dentro da proposta e ela transmite toda a carga emocional causada pela exploração de seus poderes.

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A coreografia das lutas é muito boa e a série faz questão de demonstrar as consequências dos confrontos. Muitos ferimentos, seja para os mocinhos ou para os vilões. O tom realístico nesse quesito impressiona e é muito bem vindo.

Titãs chegou com o pé na porta e mostrou que a DC pode fazer ótimas séries sem necessariamente seguir a fórmula da CW. Apesar de ter um roteiro sem saber exatamente para qual direção seguir, a produção tem uma boa primeira temporada, acerta no tom e com os personagens à disposição pode fazer ainda muito mais. O começo é animador.

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