quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | Transformers: O Despertar das Feras entretém, mas demonstra o cansaço da franquia…

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Transformers’ é dessas franquias que já foi longe demais. Assim como ‘Velozes e Furiosos’, a história dos robôs que se transformam em carros e vice-versa já ganhou continuações, derivações, já foram pro outro mundo, já trocaram o elenco principal e agora começam ir para todos os lados ao mesmo tempo, sem perspectiva de fim. E isso é bom, uma vez que o público está curtindo e, portanto, a produtora continua investindo. Assim chegamos ao mais novo filme da franquia, ‘Transformers: O Despertar das Feras’, que estreia no feriadão prolongado nas salas de cinema brasileiras.



Noah (Anthony Ramos, de ‘Em Um Bairro em Nova York’) é um rapaz desempregado que está tentando cuidado irmão mais novo doente (Dean Scott Vazquez) e pagar as contas no Brooklyn de 1994, mas está difícil conseguir uma vaga. Sem saída, ele acaba topando roubar um carro no estacionamento para ganhar uma grana fácil. Porém, para sua surpresa, o Porsche acaba ligando e dirigindo sozinho quando uma misteriosa luz começa a brilhar no horizonte. É assim que Noah acaba se envolvendo com os autobots, que se reuniram uma vez mais para recuperar a chave que finalmente possibilitará que eles voltem para seu planeta. O problema é que Optimus Prime (Peter Cullen, na voz original) e sua turma não são os únicos atrás dessa chave: o vilão Scourge (Peter Dinklage, de ‘Game of Thrones’) e seus seguidores também a querem, mas por motivos muito mais sombrios.

Transformers: O Despertar das Feras’ entrega duas horas de muita adrenalina, cenas de ação computadorizadas e uma história um bocado sem pé nem cabeça – algo que, dentro do universo dos bots, não faz diferença. Originalmente os personagens recebem vozes da Oscarizada Michelle Yeoh e de Ron Pearlman, e na versão brasileira (exibida inclusive para a imprensa) ganharam vozes de Fernanda Paes Leme e Douglas Silva, além do dublador Guilherme Briggs. Entretanto, a versão brasileira destoa do resto da franquia, acima de tudo porque os robôs perdem boa parte da robótica em suas vozes.

Uma das novidades desse filme é que não temos Michael Bay na direção (e sim Steven Caple Jr.) e isso se reflete na produção – mais enxuta na sua extensão e menos dura. Além disso, o campo de batalha dos robôs é deslocado para a cidade sagrada de Machu Picchu, no Peru; por conta disso a história tem início durante o Inti Raymi, a festa inca ao deus sol, enquanto os robôs vão rolando e destruindo as ruínas históricas locais, com  roteiro mirabolante de Joby Harold, Darnell Metayer e Josh Peters.

Com personagens novos – os robôs animais – somados ao grupo já conhecido do público e protagonistas humanos com origens porto-riquenhas e negra, a franquia se expande universalmente e demonstra que está bem longe de acabar, podendo, inclusive, seguir paralelamente em duas direções opostas.

Transformers: O Despertar das Feras’ se destoa dos seus predecessores, mas entrega uma aventura divertida de acompanhar e tecnicamente impecável, bebendo em fontes como ‘O Planeta dos Macacos’, ‘Indiana Jones’ e ‘Homem de Ferro’. Suco de entretenimento.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Noah (Anthony Ramos, de ‘Em Um Bairro em Nova York’) é um rapaz desempregado que está tentando cuidado irmão mais novo doente (Dean Scott Vazquez) e pagar as contas no Brooklyn de 1994, mas está difícil conseguir uma vaga. Sem saída, ele acaba topando roubar um carro no estacionamento para ganhar uma grana fácil. Porém, para sua surpresa, o Porsche acaba ligando e dirigindo sozinho quando uma misteriosa luz começa a brilhar no horizonte. É assim que Noah acaba se envolvendo com os autobots, que se reuniram uma vez mais para recuperar a chave que finalmente possibilitará que eles voltem para seu planeta. O problema é que Optimus Prime (Peter Cullen, na voz original) e sua turma não são os únicos atrás dessa chave: o vilão Scourge (Peter Dinklage, de ‘Game of Thrones’) e seus seguidores também a querem, mas por motivos muito mais sombrios.

Transformers: O Despertar das Feras’ entrega duas horas de muita adrenalina, cenas de ação computadorizadas e uma história um bocado sem pé nem cabeça – algo que, dentro do universo dos bots, não faz diferença. Originalmente os personagens recebem vozes da Oscarizada Michelle Yeoh e de Ron Pearlman, e na versão brasileira (exibida inclusive para a imprensa) ganharam vozes de Fernanda Paes Leme e Douglas Silva, além do dublador Guilherme Briggs. Entretanto, a versão brasileira destoa do resto da franquia, acima de tudo porque os robôs perdem boa parte da robótica em suas vozes.

Uma das novidades desse filme é que não temos Michael Bay na direção (e sim Steven Caple Jr.) e isso se reflete na produção – mais enxuta na sua extensão e menos dura. Além disso, o campo de batalha dos robôs é deslocado para a cidade sagrada de Machu Picchu, no Peru; por conta disso a história tem início durante o Inti Raymi, a festa inca ao deus sol, enquanto os robôs vão rolando e destruindo as ruínas históricas locais, com  roteiro mirabolante de Joby Harold, Darnell Metayer e Josh Peters.

Com personagens novos – os robôs animais – somados ao grupo já conhecido do público e protagonistas humanos com origens porto-riquenhas e negra, a franquia se expande universalmente e demonstra que está bem longe de acabar, podendo, inclusive, seguir paralelamente em duas direções opostas.

Transformers: O Despertar das Feras’ se destoa dos seus predecessores, mas entrega uma aventura divertida de acompanhar e tecnicamente impecável, bebendo em fontes como ‘O Planeta dos Macacos’, ‘Indiana Jones’ e ‘Homem de Ferro’. Suco de entretenimento.

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