quarta-feira , 25 dezembro , 2024

Crítica | Três Vidas – Maite Perroni em Dose Tripla em Série de Suspense da Netflix

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Os fãs de RBD não têm do que reclamar: no mesmo ano em que o famoso grupo mexicano decide anunciar uma turnê pelos lados sul das Américas, a queridinha do grupo, Maite Perroni, lança sua mais nova série nos streamings. Mais ainda: na produção a atriz e cantora vive papel triplo, o que certamente agradará aos fãs que assistirem a série, afinal, ela está o tempo todo na telinha! Estamos falando de ‘Três Vidas’, lançamento da Netflix para esse mês de março e que coincidiu, inclusive, com a data de aniversário de quarenta anos da grande estrela mexicana.



Em ‘Três Vidas’, Maite Perroni basicamente vive… três vidas. A série conta a história da jovem Becca, ou melhor, da profissional de criminalística Rebecca (Maite Perroni), que trabalha com a perícia técnica do departamento de polícia. Em uma noite comum ela e sua equipe são chamados para fazer a análise de uma cena de crime em que uma paciente entrara atirando no consultório de sua psicanalista e infelizmente acabara falecendo. Porém, quando Becca se aproxima do cadáver, tem duas surpresas: a primeira delas é que a mulher ainda está viva, e ela imediatamente chama os paramédicos; a segunda é que a moça que está à sua frente, Aleida, é simplesmente igualzinha a ela, e ainda por cima a chama pelo nome antes de desmaiar. A partir desse momento a vida de Becca vira de pernas pro ar, pois descobre ter uma irmã gêmea cuja existência ela desconhecia. E quanto mais vai investigando sobre essa história doida, descobre também a existência de uma terceira irmã, Tamara. Agora Becca fará de tudo para entender o que aconteceu com o passado das três, que fez com que elas se separassem contra suas vontades.

Dividido em oito episódios que giram entre quarenta e cinquenta minutos, ‘Três Vidas’ poderia muito bem ser apenas uma minissérie, pois seus últimos episódios respondem bem boa parte das perguntas levantadas ao longo da sua trama. Ou seja, para o espectador que não gosta de arriscar ver séries com medo dos eventuais cancelamentos, esta é uma produção de baixo risco, porque no final muitas respostas são entregues, ainda que algumas fiquem soltas com o intuito de renovar para uma segunda temporada – mas nada extremamente comprometedor.

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Inspirado em uma história real, essa informação contribui para tornar a história da série ainda mais instigante, afinal, como uma doideira dessas pode ter acontecido de verdade? O roteiro de Letícia López Margalli, Nayura Aragon e Patricio López Margalli foca completamente no talento de Maite Perroni para carregar a série e manter a atenção do espectador, dosando a participação da atriz com cenas sensuais de pole dance, algumas cenas de pegação mais caliente com dois personagens distintos e, como fio condutor, as dúvidas da protagonista Becca, que, por ser investigadora policial, consegue fazer e acontecer com muito mais facilidade do que qualquer das outras irmãs. Por outro lado, a primeira metade da série dá uma arrastada boa, demorando demais para fazer com que as três personagens se conectem e a investida contra os vilões de sua vida tarde em acontecer. Ou seja, nos quatro episódios iniciais temos um pouco de excesso de Becca confusa, em dúvida se se joga para uma recaída na bebedeira, e um tanto de drama pessoal do policial Humberto (David Chocarro), o que acaba gerando uma barriga no ritmo da série – sinal de que ‘Três Vidas’ poderia ter sido contemplada com seis episódios.

Mas como tudo que Maite Perroni está se propondo a fazer tem qualidade e a atriz está disposta a se mostrar como uma mulher madura, dona de si e do próprio corpo, em ‘Três Vidas’ é exatamente isso que ela entrega. Com desenvoltura e competência, a atriz mexicana encara e cumpre o desafio de ser três personalidades diferentes, muitas vezes atuando na mesma cena juntas, conduzidas por um enredo misterioso que faz o espectador querer descobrir a verdade ao fim. ‘Três Vidas’ é um bom entretenimento seriado para ver num final de semana.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Crítica | Três Vidas – Maite Perroni em Dose Tripla em Série de Suspense da Netflix

Os fãs de RBD não têm do que reclamar: no mesmo ano em que o famoso grupo mexicano decide anunciar uma turnê pelos lados sul das Américas, a queridinha do grupo, Maite Perroni, lança sua mais nova série nos streamings. Mais ainda: na produção a atriz e cantora vive papel triplo, o que certamente agradará aos fãs que assistirem a série, afinal, ela está o tempo todo na telinha! Estamos falando de ‘Três Vidas’, lançamento da Netflix para esse mês de março e que coincidiu, inclusive, com a data de aniversário de quarenta anos da grande estrela mexicana.

Em ‘Três Vidas’, Maite Perroni basicamente vive… três vidas. A série conta a história da jovem Becca, ou melhor, da profissional de criminalística Rebecca (Maite Perroni), que trabalha com a perícia técnica do departamento de polícia. Em uma noite comum ela e sua equipe são chamados para fazer a análise de uma cena de crime em que uma paciente entrara atirando no consultório de sua psicanalista e infelizmente acabara falecendo. Porém, quando Becca se aproxima do cadáver, tem duas surpresas: a primeira delas é que a mulher ainda está viva, e ela imediatamente chama os paramédicos; a segunda é que a moça que está à sua frente, Aleida, é simplesmente igualzinha a ela, e ainda por cima a chama pelo nome antes de desmaiar. A partir desse momento a vida de Becca vira de pernas pro ar, pois descobre ter uma irmã gêmea cuja existência ela desconhecia. E quanto mais vai investigando sobre essa história doida, descobre também a existência de uma terceira irmã, Tamara. Agora Becca fará de tudo para entender o que aconteceu com o passado das três, que fez com que elas se separassem contra suas vontades.

Dividido em oito episódios que giram entre quarenta e cinquenta minutos, ‘Três Vidas’ poderia muito bem ser apenas uma minissérie, pois seus últimos episódios respondem bem boa parte das perguntas levantadas ao longo da sua trama. Ou seja, para o espectador que não gosta de arriscar ver séries com medo dos eventuais cancelamentos, esta é uma produção de baixo risco, porque no final muitas respostas são entregues, ainda que algumas fiquem soltas com o intuito de renovar para uma segunda temporada – mas nada extremamente comprometedor.

Inspirado em uma história real, essa informação contribui para tornar a história da série ainda mais instigante, afinal, como uma doideira dessas pode ter acontecido de verdade? O roteiro de Letícia López Margalli, Nayura Aragon e Patricio López Margalli foca completamente no talento de Maite Perroni para carregar a série e manter a atenção do espectador, dosando a participação da atriz com cenas sensuais de pole dance, algumas cenas de pegação mais caliente com dois personagens distintos e, como fio condutor, as dúvidas da protagonista Becca, que, por ser investigadora policial, consegue fazer e acontecer com muito mais facilidade do que qualquer das outras irmãs. Por outro lado, a primeira metade da série dá uma arrastada boa, demorando demais para fazer com que as três personagens se conectem e a investida contra os vilões de sua vida tarde em acontecer. Ou seja, nos quatro episódios iniciais temos um pouco de excesso de Becca confusa, em dúvida se se joga para uma recaída na bebedeira, e um tanto de drama pessoal do policial Humberto (David Chocarro), o que acaba gerando uma barriga no ritmo da série – sinal de que ‘Três Vidas’ poderia ter sido contemplada com seis episódios.

Mas como tudo que Maite Perroni está se propondo a fazer tem qualidade e a atriz está disposta a se mostrar como uma mulher madura, dona de si e do próprio corpo, em ‘Três Vidas’ é exatamente isso que ela entrega. Com desenvoltura e competência, a atriz mexicana encara e cumpre o desafio de ser três personalidades diferentes, muitas vezes atuando na mesma cena juntas, conduzidas por um enredo misterioso que faz o espectador querer descobrir a verdade ao fim. ‘Três Vidas’ é um bom entretenimento seriado para ver num final de semana.

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