sexta-feira , 22 novembro , 2024

Crítica | Tromba Trem: O Filme – Nova Animação dos Estúdios de ‘Irmão do Jorel’ é Aventura Fofa Para os Pequenos

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As produções em animação estão ganhando terreno no país. Muitas delas começam em formato episódico na televisão fechada e, em seguida, após conquistar o público da tv por assinatura, ganham aventuras maiores no formato longa-metragem, como o recente lançamento da semana no circuito nacional, ‘Tromba Trem: O Filme’, que chega em sessões antecipadas nesse feriado para a alegria da garotada.



Gajah é um elefantinho amarelo que, junto com sua amiga Duda, uma tamanduá fofinha, conduz o trem da Rainha Cupim (Elisa Lucinda) em direção ao dirigível, que ela e os outros cupins da colônia acreditam ser o veículo que os levará de volta para casa. Enquanto atravessam o país, a Rainha Cupim sonha em participar do maior prêmio do mundo pop, mas, certo dia, o trem quebra e o grupo é obrigado a desembarcar. Nisto uma cidade de capivaras se encontra em emergência por causa de um terrível incêndio, no qual Gajah ajuda a salvar os filhotes capivarinhas. Em agradecimento, o prefeito faz uma canção para ele, que, ao dançá-la, acaba viralizando nas redes sociais, e, da noite para o dia, Gajah é alçado ao estrelato. A partir daí, o desmemoriado elefantinho terá que decidir qual tipo de vida quer levar, e quais as pessoas verdadeiras que quer ao seu lado na vida.

Em pouco mais de uma hora e meia de duração, ‘Tromba Trem: O Filme’ entrega o tipo de aventura colorida que encanta a pimpolhada menorzinha. Toda a produção é recheada de cores, de movimentos, de animais fofoletes e carismáticos e muitas musiquinhas, acompanhadas de dancinhas, que convidam o pequeno espectador a sair da cadeira e se balançar também. Essa é uma estratégia positiva do filme, e lhe confere não só autenticidade no gingado, mas também contribui para que a criançada queira repetir o filme várias vezes no futuro.

O que talvez não seja muito atraente é justamente a extensão do longa – são 94 minutos; para a criança pequena, pode ser muita coisa. Esse prolongamento acaba se refletindo também na história, com a divisão do núcleo principal em dois, correndo em paralelo, o que faz com que o núcleo secundário encabeçado pelas personagens femininas se torne mais legal do que o do protagonista até o momento em que os dois se encontram; até lá, são bem uns vinte minutos de quebra de ritmo.

Produzido pela mesma galerinha que criou o sucesso ‘Irmão do Jorel’ (aliás, dá para reconhecer algumas vozes dessa animação), ‘Tromba Trem: O Filme’ repete o sucesso já apresentado na Cartoon Network e na Netflix e conta com vozes de Caito Mainier (‘Choque de Cultura‘) e Marisa Orth. É um filminho inocente e agradável para a garotadinha, com uma assinatura bem brasileira seja nos personagens, seja na personalidade destes. E ainda dialoga com a ansiedade da juventude em buscar sucesso e fama nos virais de internet, mostrando o quanto todo esse deslumbre pode acabar confundindo sobre o que realmente importa na vida. Uma vez que as crianças estão cada vez mais cedo acessando a virtualidade, é fundamental começar o debate desde cedo.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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As produções em animação estão ganhando terreno no país. Muitas delas começam em formato episódico na televisão fechada e, em seguida, após conquistar o público da tv por assinatura, ganham aventuras maiores no formato longa-metragem, como o recente lançamento da semana no circuito nacional, ‘Tromba Trem: O Filme’, que chega em sessões antecipadas nesse feriado para a alegria da garotada.

Gajah é um elefantinho amarelo que, junto com sua amiga Duda, uma tamanduá fofinha, conduz o trem da Rainha Cupim (Elisa Lucinda) em direção ao dirigível, que ela e os outros cupins da colônia acreditam ser o veículo que os levará de volta para casa. Enquanto atravessam o país, a Rainha Cupim sonha em participar do maior prêmio do mundo pop, mas, certo dia, o trem quebra e o grupo é obrigado a desembarcar. Nisto uma cidade de capivaras se encontra em emergência por causa de um terrível incêndio, no qual Gajah ajuda a salvar os filhotes capivarinhas. Em agradecimento, o prefeito faz uma canção para ele, que, ao dançá-la, acaba viralizando nas redes sociais, e, da noite para o dia, Gajah é alçado ao estrelato. A partir daí, o desmemoriado elefantinho terá que decidir qual tipo de vida quer levar, e quais as pessoas verdadeiras que quer ao seu lado na vida.

Em pouco mais de uma hora e meia de duração, ‘Tromba Trem: O Filme’ entrega o tipo de aventura colorida que encanta a pimpolhada menorzinha. Toda a produção é recheada de cores, de movimentos, de animais fofoletes e carismáticos e muitas musiquinhas, acompanhadas de dancinhas, que convidam o pequeno espectador a sair da cadeira e se balançar também. Essa é uma estratégia positiva do filme, e lhe confere não só autenticidade no gingado, mas também contribui para que a criançada queira repetir o filme várias vezes no futuro.

O que talvez não seja muito atraente é justamente a extensão do longa – são 94 minutos; para a criança pequena, pode ser muita coisa. Esse prolongamento acaba se refletindo também na história, com a divisão do núcleo principal em dois, correndo em paralelo, o que faz com que o núcleo secundário encabeçado pelas personagens femininas se torne mais legal do que o do protagonista até o momento em que os dois se encontram; até lá, são bem uns vinte minutos de quebra de ritmo.

Produzido pela mesma galerinha que criou o sucesso ‘Irmão do Jorel’ (aliás, dá para reconhecer algumas vozes dessa animação), ‘Tromba Trem: O Filme’ repete o sucesso já apresentado na Cartoon Network e na Netflix e conta com vozes de Caito Mainier (‘Choque de Cultura‘) e Marisa Orth. É um filminho inocente e agradável para a garotadinha, com uma assinatura bem brasileira seja nos personagens, seja na personalidade destes. E ainda dialoga com a ansiedade da juventude em buscar sucesso e fama nos virais de internet, mostrando o quanto todo esse deslumbre pode acabar confundindo sobre o que realmente importa na vida. Uma vez que as crianças estão cada vez mais cedo acessando a virtualidade, é fundamental começar o debate desde cedo.

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