domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Tudo Bem No Natal Que Vem – Leandro Hassum Diverte e Emociona na Comédia Natalina da Netflix

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O Natal é uma época mágica, cheia de nostalgia… tempo de estar com a família e ser grato pelo ano que passou, né? Bom, não para Jorge (Leandro Hassum), que desde pequeno detesta a data pelo simples fato de o Natal coincidir com o seu aniversário – e, portanto, ele ter que dividir as atenções (e os presentes) com o sujeito simpático da manjedoura. Tudo piora depois de adulto, quando Jorge já está casado com Laura (Elisa Pinheiro), que adooooora o Natal e faz questão de todos os anos receber em sua casa toda a sua família. Até que um dia, na véspera do Natal de 2010, Jorge sofre um acidente e, a partir daí, sua vida vira um enorme pesadelo, pois todo dia quando acorda é Natal.



O principal elemento do roteiro de Paulo Cursino é o bom e velho deboche genuíno. Ele parte de uma ideia muito simples e a inverte: se temos tantas pessoas que amam o Natal, imagina como é essa data para uma pessoa que simplesmente detesta o 25 de dezembro? Agora, imagina como seria se essa pessoa acordasse todo dia e fosse Natal? E então, desse pesadelo simples, porém real (posto que todo ano a data se repete) a comédia ‘Tudo Bem no Natal Que Vem’ reforça seu argumento com a espontaneidade e o bom humor de Leandro Hassum, que entrega uma ótima e convincente performance de um sujeito que precisa superar seu maior conflito para conseguir melhorar como ser humano e aprender sua lição – uma jornada bem Charles Dickens.

 

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Entretanto, o roteiro – que funciona muito bem no primeiro ato e até metade do segundo – perde um pouco de ritmo da metade pro fim, porque, afinal, a coisa fica um pouco repetitiva, especialmente com a entrada da personagem Márcia (Danielle Winits, novamente em um papel estereotipado), que se prolonga um pouco demais no enredo. Também o núcleo dos filhos de JorgeLeo (Miguel Rômulo) e Aninha (Arianne Botelho) – têm seu desenvolvimento bipartido, jogando luz primeiro no filho e depois na filha, o que passa a sensação de ausência do outro enquanto a história se desenvolve.

Enquanto comédia, o filme de Roberto Santucci consegue fazer o espectador se relacionar com o drama do protagonista e com o universo conflituoso que ele vive – um Natal em família recheado de amor, brigas, confusões, altas revelações e uma boa dose de emoção. As situações apresentadas durante a festividade são comuns aos espectadores, que certamente irão rir de nervoso dos comentários absurdos – porém sinceros e reais – de Jorge.

Tudo Bem no Natal Que Vem’ não é apenas uma comédia. Sua mensagem – de valorizarmos aquilo que realmente importa, que é a família e as pessoas que amamos – irá tocar fundo no coração de quem assistir a este filme, e se reforça muito mais por estrear mundialmente na Netflix nesse ano de 2020, em que estamos todos em casa e tanto precisamos acreditar que ficará ‘Tudo Bem no Natal Que Vem’. E vai ficar!

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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O Natal é uma época mágica, cheia de nostalgia… tempo de estar com a família e ser grato pelo ano que passou, né? Bom, não para Jorge (Leandro Hassum), que desde pequeno detesta a data pelo simples fato de o Natal coincidir com o seu aniversário – e, portanto, ele ter que dividir as atenções (e os presentes) com o sujeito simpático da manjedoura. Tudo piora depois de adulto, quando Jorge já está casado com Laura (Elisa Pinheiro), que adooooora o Natal e faz questão de todos os anos receber em sua casa toda a sua família. Até que um dia, na véspera do Natal de 2010, Jorge sofre um acidente e, a partir daí, sua vida vira um enorme pesadelo, pois todo dia quando acorda é Natal.

O principal elemento do roteiro de Paulo Cursino é o bom e velho deboche genuíno. Ele parte de uma ideia muito simples e a inverte: se temos tantas pessoas que amam o Natal, imagina como é essa data para uma pessoa que simplesmente detesta o 25 de dezembro? Agora, imagina como seria se essa pessoa acordasse todo dia e fosse Natal? E então, desse pesadelo simples, porém real (posto que todo ano a data se repete) a comédia ‘Tudo Bem no Natal Que Vem’ reforça seu argumento com a espontaneidade e o bom humor de Leandro Hassum, que entrega uma ótima e convincente performance de um sujeito que precisa superar seu maior conflito para conseguir melhorar como ser humano e aprender sua lição – uma jornada bem Charles Dickens.

 

 

 

 

 

 

Entretanto, o roteiro – que funciona muito bem no primeiro ato e até metade do segundo – perde um pouco de ritmo da metade pro fim, porque, afinal, a coisa fica um pouco repetitiva, especialmente com a entrada da personagem Márcia (Danielle Winits, novamente em um papel estereotipado), que se prolonga um pouco demais no enredo. Também o núcleo dos filhos de JorgeLeo (Miguel Rômulo) e Aninha (Arianne Botelho) – têm seu desenvolvimento bipartido, jogando luz primeiro no filho e depois na filha, o que passa a sensação de ausência do outro enquanto a história se desenvolve.

Enquanto comédia, o filme de Roberto Santucci consegue fazer o espectador se relacionar com o drama do protagonista e com o universo conflituoso que ele vive – um Natal em família recheado de amor, brigas, confusões, altas revelações e uma boa dose de emoção. As situações apresentadas durante a festividade são comuns aos espectadores, que certamente irão rir de nervoso dos comentários absurdos – porém sinceros e reais – de Jorge.

Tudo Bem no Natal Que Vem’ não é apenas uma comédia. Sua mensagem – de valorizarmos aquilo que realmente importa, que é a família e as pessoas que amamos – irá tocar fundo no coração de quem assistir a este filme, e se reforça muito mais por estrear mundialmente na Netflix nesse ano de 2020, em que estamos todos em casa e tanto precisamos acreditar que ficará ‘Tudo Bem no Natal Que Vem’. E vai ficar!

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