domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Turma da Mônica: Lições – Sequência é ainda MELHOR que o original e vai fazer você CHORAR

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A ‘Turma da Mônica’ é patrimônio nacional. Todo mundo concorda com essa afirmação, afinal, a maior parte – se não todos – dos brasileiros tem alguma memória com a turminha criada pelo Mauricio de Sousa. Desde que os direitos de adaptação audiovisual foram vendidos, a expectativa (e o medo) foram grandes, afinal, não é fácil concretizar em imagens algo que faz parte da memória afetiva infantil de tanta gente. Entretanto, quando ‘Turma da Mônica: Laços’ estreou, em 2019, o alívio e a satisfação foram imensos, afinal, aquele era um filme à altura de personagens tão queridos. Mas, então, veio o desafio: como fazer uma sequência que, de alguma forma, superasse um filme tão bom e, ao mesmo tempo, conquistasse os céticos remanescentes? A resposta é ‘Turma da Mônica: Lições’, que chega aos cinemas como um lindo presente aos brasileiros no último final de semana do ano e promete ser o filme do verão.



Mônica (Giulia Benite), Magali (Laura Rauseo), Cebolinha (Kevin Vechiatto) e Cascão (Gabriel Moreira) são melhores amigos. E, justamente por isso, brincam e brigam o tempo todo. Quando, numa travessura, Mônica quebra o braço, sua mãe (Mônica Iozzi) decide tirá-la da escola, enquanto os outros pais decidem colocar seus filhos em atividades extracurriculares para que ocupem seus tempos longe uns dos outros. Porém, o que parece ser uma boa solução para os adultos acaba afastando os amigos, e, por conta disso, talvez a amizade deles nunca mais seja a mesma.

Uma vez mais inspirado na HQ homônima escrita por Vitor Cafaggi e Lu Cafaggi, ‘Turma da Mônica: Lições’ valeu todo o tempo da espera e do atraso por conda da pandemia, pois é um filme perfeito que consegue superar o original – que, por sua vez, já era muito bom. Com uma história muito mais profunda, o roteiro de Thiago Dottori amadurece o tom e traz uma situação que, cedo ou tarde, todas as crianças terão que enfrentar: a transição para o mundo jovem, que pede tomada de responsabilidades e certo abandono do ar infantil. Apesar de demonstrar a importância de entender esse momento de transição, o argumento tranquiliza os pequenos ao apontar que amadurecer não significa deixar de ser criança, pois nosso lado mais moleque sempre estará dentro de nós se assim permitirmos.

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O então elenco mirim (talvez não possamos mais chamá-los assim, afinal, estão todos enormes!) mostra que não só seus personagens amadureceram, mas também eles. Muito competentes, dá para ver o quanto todos eles evoluíram em suas carreiras e ganharam maturidade dramatúrgica para entregar a medida certa de emoção em ‘Turma da Mônica: Lições’. Aliás, é de emoção que se trata o filme, seja pela constante apresentação de novos personagens na trama – Marina, Milena, Franjinha, Humberto, Dudu, Do Contra, Nimbus, Tina, Rolo, Zecão, Pipa, Quinzinho, Bidu, Mingau, entre outros – seja pelo belo arco dramático construído com muito carinho pensando a todo momento na formação de um público sedento por bons exemplos e boas histórias.

Daniel Rezende entrega seu melhor trabalho com este ‘Turma da Mônica: Lições’ – melhor até mesmo que ‘Bingo – O Rei das Manhãs’, que já é incrível! Seu cuidadoso trabalho de decupagem em deixar apenas o que era essencial, em dar espaço para as jornadas individuais evoluírem e, ao mesmo tempo, traçar um plano infalível para emocionar o espectador nem que seja no fim… olha, sinceramente, nem o Cebolinha faria melhor…

Turma da Mônica: Lições’ é um filme perfeito em todos os sentidos. Agrada a todos os públicos, de todas as idades. Tem aventura, romance, comédia e drama na dosagem certa, sem exagerar em nenhum momento. É uma história que se preocupa com o ponto de vista dos personagens juvenis para contar as angústias sentidas por essa garotada que pouco vê suas inquietações ecoadas no cinema com tanta sinceridade. Por fim, é um filme que solidifica e oficializa o metaverso da Mauricio de Sousa Produções, abrindo de vez o leque das possibilidades que (tomara!) a partir de agora serão muitas, com a inserção de tantos personagens e seus respectivos backgrounds. Especialmente o último, já na cena pós-crédito, que certamente fará você gritar no cinema.

Por tudo isso e muito mais (que a emoção impede de colocar em palavras), ‘Turma da Mônica: Lições’ é um dos melhores filmes do ano e sem dúvidas irá fazer você se emocionar muito no cinema. Prepare o lencinho e garanta já seu ingresso para ver em tela grande, pois é desses filmes que não dá para esperar.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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A ‘Turma da Mônica’ é patrimônio nacional. Todo mundo concorda com essa afirmação, afinal, a maior parte – se não todos – dos brasileiros tem alguma memória com a turminha criada pelo Mauricio de Sousa. Desde que os direitos de adaptação audiovisual foram vendidos, a expectativa (e o medo) foram grandes, afinal, não é fácil concretizar em imagens algo que faz parte da memória afetiva infantil de tanta gente. Entretanto, quando ‘Turma da Mônica: Laços’ estreou, em 2019, o alívio e a satisfação foram imensos, afinal, aquele era um filme à altura de personagens tão queridos. Mas, então, veio o desafio: como fazer uma sequência que, de alguma forma, superasse um filme tão bom e, ao mesmo tempo, conquistasse os céticos remanescentes? A resposta é ‘Turma da Mônica: Lições’, que chega aos cinemas como um lindo presente aos brasileiros no último final de semana do ano e promete ser o filme do verão.

Mônica (Giulia Benite), Magali (Laura Rauseo), Cebolinha (Kevin Vechiatto) e Cascão (Gabriel Moreira) são melhores amigos. E, justamente por isso, brincam e brigam o tempo todo. Quando, numa travessura, Mônica quebra o braço, sua mãe (Mônica Iozzi) decide tirá-la da escola, enquanto os outros pais decidem colocar seus filhos em atividades extracurriculares para que ocupem seus tempos longe uns dos outros. Porém, o que parece ser uma boa solução para os adultos acaba afastando os amigos, e, por conta disso, talvez a amizade deles nunca mais seja a mesma.

Uma vez mais inspirado na HQ homônima escrita por Vitor Cafaggi e Lu Cafaggi, ‘Turma da Mônica: Lições’ valeu todo o tempo da espera e do atraso por conda da pandemia, pois é um filme perfeito que consegue superar o original – que, por sua vez, já era muito bom. Com uma história muito mais profunda, o roteiro de Thiago Dottori amadurece o tom e traz uma situação que, cedo ou tarde, todas as crianças terão que enfrentar: a transição para o mundo jovem, que pede tomada de responsabilidades e certo abandono do ar infantil. Apesar de demonstrar a importância de entender esse momento de transição, o argumento tranquiliza os pequenos ao apontar que amadurecer não significa deixar de ser criança, pois nosso lado mais moleque sempre estará dentro de nós se assim permitirmos.

O então elenco mirim (talvez não possamos mais chamá-los assim, afinal, estão todos enormes!) mostra que não só seus personagens amadureceram, mas também eles. Muito competentes, dá para ver o quanto todos eles evoluíram em suas carreiras e ganharam maturidade dramatúrgica para entregar a medida certa de emoção em ‘Turma da Mônica: Lições’. Aliás, é de emoção que se trata o filme, seja pela constante apresentação de novos personagens na trama – Marina, Milena, Franjinha, Humberto, Dudu, Do Contra, Nimbus, Tina, Rolo, Zecão, Pipa, Quinzinho, Bidu, Mingau, entre outros – seja pelo belo arco dramático construído com muito carinho pensando a todo momento na formação de um público sedento por bons exemplos e boas histórias.

Daniel Rezende entrega seu melhor trabalho com este ‘Turma da Mônica: Lições’ – melhor até mesmo que ‘Bingo – O Rei das Manhãs’, que já é incrível! Seu cuidadoso trabalho de decupagem em deixar apenas o que era essencial, em dar espaço para as jornadas individuais evoluírem e, ao mesmo tempo, traçar um plano infalível para emocionar o espectador nem que seja no fim… olha, sinceramente, nem o Cebolinha faria melhor…

Turma da Mônica: Lições’ é um filme perfeito em todos os sentidos. Agrada a todos os públicos, de todas as idades. Tem aventura, romance, comédia e drama na dosagem certa, sem exagerar em nenhum momento. É uma história que se preocupa com o ponto de vista dos personagens juvenis para contar as angústias sentidas por essa garotada que pouco vê suas inquietações ecoadas no cinema com tanta sinceridade. Por fim, é um filme que solidifica e oficializa o metaverso da Mauricio de Sousa Produções, abrindo de vez o leque das possibilidades que (tomara!) a partir de agora serão muitas, com a inserção de tantos personagens e seus respectivos backgrounds. Especialmente o último, já na cena pós-crédito, que certamente fará você gritar no cinema.

Por tudo isso e muito mais (que a emoção impede de colocar em palavras), ‘Turma da Mônica: Lições’ é um dos melhores filmes do ano e sem dúvidas irá fazer você se emocionar muito no cinema. Prepare o lencinho e garanta já seu ingresso para ver em tela grande, pois é desses filmes que não dá para esperar.

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