domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Últimos Dias no Deserto

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O lado bom da vida é descobrirmos, cada dia que passa, mais sobre ela. Dirigido pelo cineasta colombiano Rodrigo García, diretor do fabuloso ‘Albert Nobbs‘, ‘Últimos Dias no Deserto‘ conta uma passagem na vida de Jesus Cristo, quando o mesmo passa por um grande desafio em relação a sua fé.

Para o papel do protagonista, o experiente e sempre ótimo Ewan McGregor mais uma vez consegue desempenhar com louvor um excelente e difícil personagem. Com uma fotografia belíssima, uma trilha sonora delicada que compõe todos os momentos do filme, da aflição ao conflito das emoções, o longa metragem exibido no Festival de Sundance do ano passado é um achado delicado, um drama com pitadas religiosas que fará cada espectador pensar melhor sobre sua própria vida e suas esperanças que crescem e morrem durante nossa trajetória na Terra.



Na trama, baseado no Velho Testamento, acompanhamos Jesus (Ewan McGregor) viajando totalmente sozinho pelo deserto alguns dias. Em jejum, caminhando muitas vezes sem saber a direção correta para Jerusalém, Jesus encontra uma família, um menino com sonhos a realizar e um pai com uma visão descrente sobre o mundo que vive. Ao mesmo tempo, a personificação do Diabo põe totalmente em cheque seu amor pelo pai e sua incrível fé.

A câmera de García é acolhedora, se apega aos mínimos detalhes para mostrar as origens das pequenas aflições do filho de Deus durante essa jornada.  Cheio de cortes e com cenas bem secas, um quebra cabeça sobre a figura santa de Jesus é montada de maneira sublime. Seu confronto com a personificação do diabo (interpretado pelo próprio McGregor), que ocorre durante boa parte da projeção, são memoráveis. Conseguimos sentir toda a aflição que esses diálogos provocam no protagonista.

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O paralelo do filme com as nossas vidas vem em forma das escolhas que tomamos, principalmente nos diálogos e nas cenas com a família que encontra no deserto. Além de também de focar quase que superficialmente, mas de maneira poética, sobre enormes sentimentos que vivenciamos a todo instante. Em muitos momentos, ótimo Tye Sheridan divide essas cenas sobre escolhas com McGregor. Mesmo sendo meio paradão, o filme consegue ter dinâmica, fala sobre salvação, escolhas, morte, vida, medo, traição, fé e amor de maneira que toca os corações mais amargurados.

Ação ao invés de palavras, senão isso, silêncio. Essa fita corajosa que se protege de qualquer crítica usando a simplicidade e falando carinhosamente sobre a fé, é um trabalho impactante, marcante. Últimos Dias no Deserto é um livro aberto sobre a reflexão que precisamos ter sobre nossas vidas principalmente quando estamos em dúvidas de nossa capacidade de acreditar em dias melhores.

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O lado bom da vida é descobrirmos, cada dia que passa, mais sobre ela. Dirigido pelo cineasta colombiano Rodrigo García, diretor do fabuloso ‘Albert Nobbs‘, ‘Últimos Dias no Deserto‘ conta uma passagem na vida de Jesus Cristo, quando o mesmo passa por um grande desafio em relação a sua fé.

Para o papel do protagonista, o experiente e sempre ótimo Ewan McGregor mais uma vez consegue desempenhar com louvor um excelente e difícil personagem. Com uma fotografia belíssima, uma trilha sonora delicada que compõe todos os momentos do filme, da aflição ao conflito das emoções, o longa metragem exibido no Festival de Sundance do ano passado é um achado delicado, um drama com pitadas religiosas que fará cada espectador pensar melhor sobre sua própria vida e suas esperanças que crescem e morrem durante nossa trajetória na Terra.

Na trama, baseado no Velho Testamento, acompanhamos Jesus (Ewan McGregor) viajando totalmente sozinho pelo deserto alguns dias. Em jejum, caminhando muitas vezes sem saber a direção correta para Jerusalém, Jesus encontra uma família, um menino com sonhos a realizar e um pai com uma visão descrente sobre o mundo que vive. Ao mesmo tempo, a personificação do Diabo põe totalmente em cheque seu amor pelo pai e sua incrível fé.

A câmera de García é acolhedora, se apega aos mínimos detalhes para mostrar as origens das pequenas aflições do filho de Deus durante essa jornada.  Cheio de cortes e com cenas bem secas, um quebra cabeça sobre a figura santa de Jesus é montada de maneira sublime. Seu confronto com a personificação do diabo (interpretado pelo próprio McGregor), que ocorre durante boa parte da projeção, são memoráveis. Conseguimos sentir toda a aflição que esses diálogos provocam no protagonista.

O paralelo do filme com as nossas vidas vem em forma das escolhas que tomamos, principalmente nos diálogos e nas cenas com a família que encontra no deserto. Além de também de focar quase que superficialmente, mas de maneira poética, sobre enormes sentimentos que vivenciamos a todo instante. Em muitos momentos, ótimo Tye Sheridan divide essas cenas sobre escolhas com McGregor. Mesmo sendo meio paradão, o filme consegue ter dinâmica, fala sobre salvação, escolhas, morte, vida, medo, traição, fé e amor de maneira que toca os corações mais amargurados.

Ação ao invés de palavras, senão isso, silêncio. Essa fita corajosa que se protege de qualquer crítica usando a simplicidade e falando carinhosamente sobre a fé, é um trabalho impactante, marcante. Últimos Dias no Deserto é um livro aberto sobre a reflexão que precisamos ter sobre nossas vidas principalmente quando estamos em dúvidas de nossa capacidade de acreditar em dias melhores.

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