domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Um Amor, Mil Casamentos – Netflix Lança Divertida Comédia Romântica

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Você já se viu numa situação em que tudo dá tão certo que você até desconfia? Ou que tudo dá tão errado, que você se pergunta o que, em um universo de inúmeras possibilidades, você poderia ter feito diferente para que as coisas passassem a dar certo? Esse é o argumento de ‘Um Amor, Mil Casamentos’, nova comédia romântica que chegou na Dona Netflix.



Já na primeira cena somos surpreendidos pelo nervosismo de Jack (Sam Caflin, nosso eterno queridinho de ‘Como Eu Era Antes de Você’), que está prestes a pedir um beijo da bela Dina (Olivia Munn). Então, o espectador descobre que Jack e Dina estão prestes a se despedir para sempre, mas uma pequena hesitação faz a coisa toda seguir para um outro caminho. Três anos se passam e estamos no casamento de Hayley (Eleanor Tomlinson), irmã de Jack, e rola a expectativa do reencontro com Dina. Porém, novamente, uma série de situações ocorrem e o expectador é convidado a pensar qual seria a melhor escolha, dentro de todo esse cenário, pensando sempre nas consequências que poderiam vir a partir de cada uma delas.

Há uma narradora onisciente em ‘Um Amor, Mil Casamentos’, que já na primeira cena dá o mote do filme: o universo é regido pelo caos e pelo acaso. E é justamente esse o fio que conduz a história desse casamento, quando a narradora desafia: “quais são todas as possibilidades que podem ocorrer quando oito pessoas se sentam a mesa?”. Essas oito pessoas são os personagens que vão conduzir as muitas possibilidades de tudo dar muito certo ou muito errado nesse casamento.

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Alguns desses personagens são bem desenvolvidos, engraçados e ganham a simpatia do público, como o melhor amigo Bryan (Joel Fry), que está tentando tomar coragem para se apresentar ao famoso cineasta Vitelli (Paolo Mazzarelli), ou a noiva Hayley, super nervosa em tentar fazer com que tudo dê certo na sua festa. Por outro lado, há personagens na função de antagonista que são extremamente exagerados, caricatos e desnecessários, moldados com o intuito de causar repulsa, como Greg (Alexander Forsyth), que só sabe falar de si mesmo; a perdida Rebecca (Aisling Bea); e o atual namorado da ex de Jack, Chaz (Allan Mustafa), que está obcecado em saber se é melhor na cama do que Jack.

Baseado no filme ‘Plan the Table’, uma das coisas mais legais do roteiro de Dean Craig, que também dirigiu o longa, é essa atmosfera de livro-jogo: se os personagens escolherem fazer X, então acontece Y. Por conta disso, o espectador é frequentemente surpreendido por situações absurdas, que arrancam tanto o espanto quanto o riso. Conseguir construir uma história que não seja linear, que se reinventa e percorre outros caminhos com frequência é um desafio bem grande, e o resultado é que Dean Craig consegue uma comédia romântica espantosa, repleta de reviravoltas, com um toquezinho de suspense (afinal, a gente fica o tempo todo se perguntando se as coisas vão mesmo seguir nessa direção) e que faz a gente torcer para que, no final, tudo apenas dê certo.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Você já se viu numa situação em que tudo dá tão certo que você até desconfia? Ou que tudo dá tão errado, que você se pergunta o que, em um universo de inúmeras possibilidades, você poderia ter feito diferente para que as coisas passassem a dar certo? Esse é o argumento de ‘Um Amor, Mil Casamentos’, nova comédia romântica que chegou na Dona Netflix.

Já na primeira cena somos surpreendidos pelo nervosismo de Jack (Sam Caflin, nosso eterno queridinho de ‘Como Eu Era Antes de Você’), que está prestes a pedir um beijo da bela Dina (Olivia Munn). Então, o espectador descobre que Jack e Dina estão prestes a se despedir para sempre, mas uma pequena hesitação faz a coisa toda seguir para um outro caminho. Três anos se passam e estamos no casamento de Hayley (Eleanor Tomlinson), irmã de Jack, e rola a expectativa do reencontro com Dina. Porém, novamente, uma série de situações ocorrem e o expectador é convidado a pensar qual seria a melhor escolha, dentro de todo esse cenário, pensando sempre nas consequências que poderiam vir a partir de cada uma delas.

Há uma narradora onisciente em ‘Um Amor, Mil Casamentos’, que já na primeira cena dá o mote do filme: o universo é regido pelo caos e pelo acaso. E é justamente esse o fio que conduz a história desse casamento, quando a narradora desafia: “quais são todas as possibilidades que podem ocorrer quando oito pessoas se sentam a mesa?”. Essas oito pessoas são os personagens que vão conduzir as muitas possibilidades de tudo dar muito certo ou muito errado nesse casamento.

Alguns desses personagens são bem desenvolvidos, engraçados e ganham a simpatia do público, como o melhor amigo Bryan (Joel Fry), que está tentando tomar coragem para se apresentar ao famoso cineasta Vitelli (Paolo Mazzarelli), ou a noiva Hayley, super nervosa em tentar fazer com que tudo dê certo na sua festa. Por outro lado, há personagens na função de antagonista que são extremamente exagerados, caricatos e desnecessários, moldados com o intuito de causar repulsa, como Greg (Alexander Forsyth), que só sabe falar de si mesmo; a perdida Rebecca (Aisling Bea); e o atual namorado da ex de Jack, Chaz (Allan Mustafa), que está obcecado em saber se é melhor na cama do que Jack.

Baseado no filme ‘Plan the Table’, uma das coisas mais legais do roteiro de Dean Craig, que também dirigiu o longa, é essa atmosfera de livro-jogo: se os personagens escolherem fazer X, então acontece Y. Por conta disso, o espectador é frequentemente surpreendido por situações absurdas, que arrancam tanto o espanto quanto o riso. Conseguir construir uma história que não seja linear, que se reinventa e percorre outros caminhos com frequência é um desafio bem grande, e o resultado é que Dean Craig consegue uma comédia romântica espantosa, repleta de reviravoltas, com um toquezinho de suspense (afinal, a gente fica o tempo todo se perguntando se as coisas vão mesmo seguir nessa direção) e que faz a gente torcer para que, no final, tudo apenas dê certo.

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