quinta-feira , 21 novembro , 2024

Crítica | Um Instante de Amor

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As coisas mais belas são ditadas pela loucura e escritas pela razão. Baseado na obra de Milena Agus e dirigido pela atriz e cineasta francesa Nicole Garcia (Um Belo Domingo), Um Instante de Amor é um filme confuso que explora a loucura e o amor de maneira até certo ponto metafórica que deixa interrogações até para o cinéfilo mais observador.

Tendo a maravilhosa Marion Cotillard como protagonista, que esbanja sensualidade na pele de sua complexa personagem; e também o ótimo ator espanhol Alex Brendemühl (O Médico Alemão), o filme não consegue ter forças para sustentar uma história que mais amarrada e explicada poderia ser melhor compreendida.



Na trama, ambientado na década de 50, conhecemos a bela Gabrielle (Cotillard) uma jovem que passa por problemas com sua família e alguns transtornos não explicados que vão da mente ao corpo. Preocupados com a situação e uma leva de loucura de sua filha, seus pais resolvem forçar seu casamento com o gentil pedreiro José (Alex Brendemühl). Assim, Gabrielle acaba se casando com um homem que não ama. Durante sua estadia em uma clínica para se curar de algumas de suas dores, acaba conhecendo um militar chamado André Sauvage (Louis Garrel) por quem tem uma paixão avassaladora mesmo em pouco.

29

Ao longo de duas (sonolentas) horas, somos testemunhas de um casamento infeliz com Gabrielle não fazendo nenhuma questão de convívio com seu recém marido, esse, por outro lado, tenta compreender de sua forma os impulsos de sua complicada nova esposa.

No miolo dessa história, chega um novo personagem – um militar em estado terminal que está internado na mesma clínica da protagonista – e logo surge uma paixão obsessiva (muito mais por parte dela) com algumas verdades e em partes desilusões, essas últimas explicadas no desfecho. A falha mais grave do roteiro é não dar uma ênfase maior na primeira fase de Gabrielle o que provoca uma série de lacunas não compreendidas nos distanciando do que acontece em cena a cada sequência.

Talvez seja um dos piores filmes de Marion nos últimos anos. Por mais dedicação e doação que há para sua personagem, que esbanja sensualidade em cena, não consegue sustentar um tempo tão longo de um recorte de loucura e amor com personagens apáticos em cena.

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Na trama, ambientado na década de 50, conhecemos a bela Gabrielle (Cotillard) uma jovem que passa por problemas com sua família e alguns transtornos não explicados que vão da mente ao corpo. Preocupados com a situação e uma leva de loucura de sua filha, seus pais resolvem forçar seu casamento com o gentil pedreiro José (Alex Brendemühl). Assim, Gabrielle acaba se casando com um homem que não ama. Durante sua estadia em uma clínica para se curar de algumas de suas dores, acaba conhecendo um militar chamado André Sauvage (Louis Garrel) por quem tem uma paixão avassaladora mesmo em pouco.

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Ao longo de duas (sonolentas) horas, somos testemunhas de um casamento infeliz com Gabrielle não fazendo nenhuma questão de convívio com seu recém marido, esse, por outro lado, tenta compreender de sua forma os impulsos de sua complicada nova esposa.

No miolo dessa história, chega um novo personagem – um militar em estado terminal que está internado na mesma clínica da protagonista – e logo surge uma paixão obsessiva (muito mais por parte dela) com algumas verdades e em partes desilusões, essas últimas explicadas no desfecho. A falha mais grave do roteiro é não dar uma ênfase maior na primeira fase de Gabrielle o que provoca uma série de lacunas não compreendidas nos distanciando do que acontece em cena a cada sequência.

Talvez seja um dos piores filmes de Marion nos últimos anos. Por mais dedicação e doação que há para sua personagem, que esbanja sensualidade em cena, não consegue sustentar um tempo tão longo de um recorte de loucura e amor com personagens apáticos em cena.

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