quarta-feira , 18 dezembro , 2024

Crítica | Um Santo Vizinho

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Quando a casa do vizinho está pegando fogo, a minha casa está em perigo. Escrita e dirigida por Theodore Melfi, em seu primeiro longa-metragem na carreira, Um Santo Vizinho é uma comédia dramática que tinha tudo para ser uma cópia de Um Grande Garoto ou outro filmes que mostram a relação de amizade entre adultos e crianças. Porém, por conta de seu protagonista, basicamente um anti-herói, interpretado pelo genial Bill Murray, o filme se transforma em uma grande jornada sobre a arte de recomeçar.

Na trama, conhecemos o peculiar ranzinza Vincent (Murray), um homem que leva uma vida sem sentido. Vincent é um homem ex-herói de guerra norte-americano que vive sozinho com seu gato persa passando o dia bebendo e apostando em corridas de cavalo. Dançando bêbado em frente à jukebox, discutindo arduamente com o gerente do banco, maltratando a muitas pessoas gratuitamente, Vincent parece não ter mais solução. Certo dia, novos vizinhos chegam para morar ao lado dele e assim conhece o jovem Oliver com quem logo faz uma grande amizade.



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O filme basicamente é de um personagem apenas, roubando a cena a cada instante. Sim, estamos falando de Vincent! Seus óculos vermelhos, beirando ao ridículo, escondem um homem triste. O lado sensível do protagonista se prolifera quando ele visita semanalmente sua esposa que mora em um asilo para pacientes de Alzheimer. Vestido de médico, muitas vezes, consegue proporcionar mais segundos inesquecíveis ao lado da única mulher que amou. Seu jeitão rabugento não muda muito ao longo da história mas alguma doçura também é captada quando começa a dividir seu tempo com o jovem Oliver, uma criança inteligente que usa GPS para chegar na escola.

O roteiro também abre poucas oportunidades para que os coadjuvantes consigam nos contar melhor essa história. Melissa McCarthy atuando de maneira mais séria e não de forma debochada, cresce como atriz. Mostrou muitas qualidades para o drama nesse bom filme. Já a personagem de Naomi Watts, que a princípio fica um pouco deslocada na trama, vai e vem nas linhas do roteiros sendo peça importante para o desfecho da história.

Bill Murray deve ser um cara maneiro, disso, nós cinéfilos não temos dúvidas, um avô que muita gente já sonhou. Talvez por isso Um Santo Vizinho é um filme que muitos devem gostar. Nada excepcional mas conta com uma história criativa, um elenco entrosado e um Bill Murray inspirado.

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Crítica | Um Santo Vizinho

Quando a casa do vizinho está pegando fogo, a minha casa está em perigo. Escrita e dirigida por Theodore Melfi, em seu primeiro longa-metragem na carreira, Um Santo Vizinho é uma comédia dramática que tinha tudo para ser uma cópia de Um Grande Garoto ou outro filmes que mostram a relação de amizade entre adultos e crianças. Porém, por conta de seu protagonista, basicamente um anti-herói, interpretado pelo genial Bill Murray, o filme se transforma em uma grande jornada sobre a arte de recomeçar.

Na trama, conhecemos o peculiar ranzinza Vincent (Murray), um homem que leva uma vida sem sentido. Vincent é um homem ex-herói de guerra norte-americano que vive sozinho com seu gato persa passando o dia bebendo e apostando em corridas de cavalo. Dançando bêbado em frente à jukebox, discutindo arduamente com o gerente do banco, maltratando a muitas pessoas gratuitamente, Vincent parece não ter mais solução. Certo dia, novos vizinhos chegam para morar ao lado dele e assim conhece o jovem Oliver com quem logo faz uma grande amizade.

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O filme basicamente é de um personagem apenas, roubando a cena a cada instante. Sim, estamos falando de Vincent! Seus óculos vermelhos, beirando ao ridículo, escondem um homem triste. O lado sensível do protagonista se prolifera quando ele visita semanalmente sua esposa que mora em um asilo para pacientes de Alzheimer. Vestido de médico, muitas vezes, consegue proporcionar mais segundos inesquecíveis ao lado da única mulher que amou. Seu jeitão rabugento não muda muito ao longo da história mas alguma doçura também é captada quando começa a dividir seu tempo com o jovem Oliver, uma criança inteligente que usa GPS para chegar na escola.

O roteiro também abre poucas oportunidades para que os coadjuvantes consigam nos contar melhor essa história. Melissa McCarthy atuando de maneira mais séria e não de forma debochada, cresce como atriz. Mostrou muitas qualidades para o drama nesse bom filme. Já a personagem de Naomi Watts, que a princípio fica um pouco deslocada na trama, vai e vem nas linhas do roteiros sendo peça importante para o desfecho da história.

Bill Murray deve ser um cara maneiro, disso, nós cinéfilos não temos dúvidas, um avô que muita gente já sonhou. Talvez por isso Um Santo Vizinho é um filme que muitos devem gostar. Nada excepcional mas conta com uma história criativa, um elenco entrosado e um Bill Murray inspirado.

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