A segunda quinzena de dezembro está começando finalmente essa semana, o que significa também que faltam apenas duas semanas para acabar o ano e que a maior parte das crianças já está de férias em casa. Entre brincadeiras, passeios e visitas aos familiares, a boa alternativa é dar um pulinho no cinema, para assistir ao longa ‘Uma Carta Para Papai Noel’, novo filme natalino brasileiro que chega a partir de hoje no circuito nacional.
Jonas (Caetano Rostro Gomes), um menino órfão de 8 anos, vive com seus amigos em uma casa de acolhimento no sul do Brasil. Eles não ganham presentes no Natal há muitos anos, por isso Jonas decide, esse ano, escrever uma carta para Papai Noel (José Rubens Chachá), preocupado com o seu sumiço. Ao ler a cartinha cheia de perguntas sobre sua vida pessoal, Noel se emociona e resolve investigar o mistério com a parceria de Tata (Polly Marinho), sua divertida ajudante, e de Maria Noel (Totia Meirelles), a grande inventora de todos os aparatos mágicos e tecnológicos necessários para o embarque nesta grande aventura. Para não dar pinta, Noel se disfarça de Leon, o Conserta-Tudo, e parte para Vila Alegre. Enquanto explora a casa de acolhimento, Noel começa a ser vigiado por Léia (Elisa Volpatto), a administradora do lugar. Lá, Leon cria um forte laço de amizade com o menino Jonas e as crianças Beca, Cabeleira, Alana e Pri, além da cadelinha Amiga. Mas a jornada será repleta de surpresas, e todos irão redescobrir o verdadeiro significado do Natal e a importância de uma grande amizade.
Com uma história bastante lúdica e inocente uma carta para o Papai Noel é aquela filme típico de sessão da tarde cuja história visa agradar tanto a criançada quanto a família toda, tornando-se assim um programão para entreter a todos no cinema nesse início de férias.
O roteiro de Gibran Dipp e Gustavo Spolidoro (sob a direção deste) parte de uma ideia interessante sobre o bom velhinho: se todas as crianças só se preocupam em mandar cartas pedindo presentes, quem se importa com os sentimentos do Papai Noel? Com o Noel em crise existencial por não ter amigos, o roteiro trabalha outros temas, como a adoção infantil e a responsabilidade parental, através da amizade entre o jovem Jonas e o bom velhinho. Ao se debruçar sobre o universo de Jonas, o longa trabalha o impacto que a ausência familiar causa nas crianças e jovens em casas de adoção e de acolhimento, mas o faz lançando mão de recursos que funcionam demais com o público: o humor, a fantasia e a aventura. Para embrulhar esse longa com papel colorido, a trilha sonora é toda pela voz deliciosa de Fernanda Takai.
Mesmo se tratando de um filme infantil, não foram poupados esforços para entregar qualidade técnica ao filme. Os efeitos especiais e visuais criam um impressionante ambiente de sonho, totalmente crível para o espectador, demonstrando a qualidade das produções brasileiras. Encabeçadas pela Okna Produções, os efeitos são responsáveis por criar a residência do Papai Noel como algo entre ‘A Fantástica Fábrica de Chocolate’ e o cenário do ‘Xou da Xuxa’, e com uma das cenas pós-crédito mais divertidas. Programão pra pimpolhada!