quinta-feira, abril 25, 2024

Crítica | Velozes e Furiosos 7

Uma Bela Despedida para Paul Walker

Ninguém poderia imaginar lá atrás, em meados de 2001 (quando o primeiro filme foi lançado), que Velozes e Furiosos viveria para se tornar uma das maiores franquias do cinema atual – e por maior, me refiro tanto à longevidade quanto à rentabilidade. A produção sobre rachas de carro nas ruas de Los Angeles (sempre aponto a obra como um remake não oficial de Caçadores de Emoção, de 1991) sequer chamou tanta atenção em sua época de lançamento.

No entanto, foi o suficiente para gerar uma continuação, sem o astro Vin Diesel, que tinha outras aspirações para sua carreira. O terceiro filme então, nem mesmo teve o endossamento do fiel escudeiro Paul Walker. A franquia continuava “respirando por aparelhos”, a um passo dos infames lançamentos em vídeo. E foi neste momento, que Vin Diesel percebeu que na pele de Dominic Toretto era como os fãs queriam vê-lo.

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Trazendo de volta as “peças originais”, Diesel e Cia. retornavam para o filme que os colocou no mapa. Mas a estrutura de proporções astronômicas só seria atingida no filme seguinte, o quinto, com a entrada de outro astro da ação atual na série, Dwayne “The Rock” Johnson. O próprio brincou se denominando o “Viagra” das franquias (tanto Velozes quanto G.I. Joe melhoraram consideravelmente suas bilheterias após a entrada do ex-lutador). Ver Diesel e The Rock juntos, se digladiando, para os jovens de hoje é o mesmo que se as crias da década de 1980 (onde me encaixo) tivessem ganhado um filme com Schwarzenegger e Stallone na época.

A cada novo exemplar as apostas eram aumentadas. O tamanho da produção, das cenas de ação (sempre muito bem elaboradas) e da adrenalina incessante, não ficam devendo nada ao mais proeminente blockbuster. É 007 e Missão: Impossível com anabolizante. A ação também deixou para trás qualquer resquício de realismo (o que inclui a gravidade, por exemplo) para se transformar em algo digno do mais acelerado filme de quadrinhos. Porém, assim como o melhor exemplar do subgênero citado, não é apenas a ação que importa.

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O que diferencia o novo Velozes e Furiosos (a nova franquia) é o empenho dado a cada detalhe que forma o todo. A ação é espetacular, mas isso já é esperado. E se não tivermos algo com que nos identifiquemos e relacionemos, se torna apenas um festival de imagens e pirotecnia. Velozes e Furiosos possui alma e coração de sobra, e este é o segredo. A família vem em primeiro lugar, como o protagonista Dom Toretto (Diesel) trata de repetir sequencialmente como seu mantra e o mantra da série.

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Neste sétimo filme, os pecados de Londres perseguem os protagonistas, como diz Diesel a certa altura. Deckard Shaw (a muito bem-vinda adição de Jason Statham ao elenco) é o novo vilão. Assassino treinado pelo governo britânico, o antagonista dedica-se a exterminar a equipe de Dom, já que é irmão do personagem de Luke Evans, vilão do filme anterior. Statham traz a ameaça ideal de um grande vilão. Poucas figuras atualmente são mais intimidadoras do que a do inglês lutador marcial, que igualmente construiu carreira em cima de tipos durões e fatais. E obviamente ganhamos uma sequência de luta entre Statham e The Rock, e outra ente Diesel e Statham.

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A ação vai de Los Angeles (onde ganhamos uma bela ligação com o filme original, na chamada Race Wars), ao Japão (onde ganhamos uma ligação com o terceiro filme, com direito a uma participação de Lucas Black), chegando até Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, local onde ganhamos um dos melhores momentos no quesito ação (dentre muitos) no filme.

Existe espaço para o humor, para o romance, introdução de novos personagens (como a hacker da estonteante beldade Nathalie Emmanuel) e, é claro, cenas emotivas. O filme quebra inclusive a quarta parede de certa forma, aplicando metalinguagem ao introduzir na trama da obra uma homenagem de despedida para Paul Walker (morto na vida real no fim de 2013, após um acidente de carro). Velozes e Furiosos funciona porque construiu personagens carismáticos, que já fazem parte da cultura pop.

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