domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | ‘Versace: American Crime Story’: Darren Criss brilha em 3º episódio sem os Versace

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O cenário se distancia dos tons pastéis que exalam de toda a arquitetura de Miami. O glamour da estética ostensiva de Gianni Versace é deixado de lado, para uma espécie de hiato, um breve espaço no tempo nessa cronologia invertida. Novamente, Ryan Murphy faz um passeio no pretérito do passado, nos levando a compreender um pouco mais a dimensão psicótica de Andrew Cunanan.

Se você esperava se surpreender um pouco mais com o submundo da seda e das estampas alegóricas do estilista, pode se desapontar um pouco. Colocando em pausa a narrativa principal, ‘The Assassination of Gianni Versace: American Crimes Story’ vai para o outro viés da trama, analisando o princípio de tudo, as origens da série sucessiva de assassinatos que acarretaram na trágica e inesperada morte do artista italiano. Sem os Versace em cena, voltamos os nossos olhos para os claros cômodos da elegante residência de Marilyn e Lee Miglin.



O episódio ‘A Random Killing’ (Um Assassinato Aleatório, em tradução livre) traz exatamente em sua essência o fator arbitrário no comportamento doentio de Cunanan. Com um pequeno padrão de escolha – homens mais velhos e bem sucedidos -, ele ataca novamente, traçando seus passos como um psicopata complexo, que à medida que anseia pelo poder e pela ostentação, apenas sacia sua sede com a sensação “extasiante” de fazer o outro sofrer de maneira submissa em suas mãos.

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Se apresentando cada vez mais como um personagem que viveu a vida inteira à margem, seu emponderamento reside na humilhação alheia, resultante em trágicas e gráficas mortes sem qualquer vestígio precedente. Suas razões, melindrosas demais para que pudéssemos dimensionar em sua totalidade, refletem uma figura quase caricata. E aqui, Darren Criss cresce vertiginosamente, com a câmera percorrendo seus passos, seus olhares inquietos – que traduzem um sadismo sem precedentes – e seus movimentos sorrateiros. Como sendo o único intérprete já conhecido das audiências presente neste episódio, somos capazes de ver até que ponto o ator é capaz de ir. E o resultado é assustador.

Intenso, o terceiro capítulo da nova temporada de ACS nos apresenta o perfil vil de seu antagonista para além das quentes fronteiras do estado da Flórida. Mostrando-o como alguém que não media esforços para alimentar seus próprios demônios, acabamos conhecendo um pouco mais a história por trás daquela fatídica morte de Versace. A ineficiência da polícia ganha mais força nesta entrelaçada narrativa, que liga cidades bem distintas através dos disparos de armas como a Taurus Calibre 40. Neste caso aleatório, que parece ser apenas um doloroso fragmento no tempo, uma tênue conexão entre pessoas que jamais se conheceram é feita, ligando casos distintos a um nome comum entre detetives, delegados e policiais – que não souberam conter o frenético ritmo do assassino.

Centrado primordialmente em um rápido e violento assassinato – que embora seja pouco conhecido entre muitos, não é uma novidade – ‘Um Assassinato Aleatório’ talvez seja o episódio mais simples da saga de Cunanan a Gianni Versace, mas o mais forte. Com uma estética prática, que distingue abruptamente da atmosfera hipnotizante do crime principal, este capítulo exerce um papel mais explicativo, nos introduzindo ao clímax de uma história que, como todos sabem, não teve um final feliz. A falta de Edgar Ramirez e Penélope Cruz é sentida, mas justificada pelo retrato cruel de um homem que antes de Versace, deixou um rastro gráfico de assassinatos repentinos, sangrentos e inexplicáveis. Com este último, restam apenas três.

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Se você esperava se surpreender um pouco mais com o submundo da seda e das estampas alegóricas do estilista, pode se desapontar um pouco. Colocando em pausa a narrativa principal, ‘The Assassination of Gianni Versace: American Crimes Story’ vai para o outro viés da trama, analisando o princípio de tudo, as origens da série sucessiva de assassinatos que acarretaram na trágica e inesperada morte do artista italiano. Sem os Versace em cena, voltamos os nossos olhos para os claros cômodos da elegante residência de Marilyn e Lee Miglin.

O episódio ‘A Random Killing’ (Um Assassinato Aleatório, em tradução livre) traz exatamente em sua essência o fator arbitrário no comportamento doentio de Cunanan. Com um pequeno padrão de escolha – homens mais velhos e bem sucedidos -, ele ataca novamente, traçando seus passos como um psicopata complexo, que à medida que anseia pelo poder e pela ostentação, apenas sacia sua sede com a sensação “extasiante” de fazer o outro sofrer de maneira submissa em suas mãos.

Se apresentando cada vez mais como um personagem que viveu a vida inteira à margem, seu emponderamento reside na humilhação alheia, resultante em trágicas e gráficas mortes sem qualquer vestígio precedente. Suas razões, melindrosas demais para que pudéssemos dimensionar em sua totalidade, refletem uma figura quase caricata. E aqui, Darren Criss cresce vertiginosamente, com a câmera percorrendo seus passos, seus olhares inquietos – que traduzem um sadismo sem precedentes – e seus movimentos sorrateiros. Como sendo o único intérprete já conhecido das audiências presente neste episódio, somos capazes de ver até que ponto o ator é capaz de ir. E o resultado é assustador.

Intenso, o terceiro capítulo da nova temporada de ACS nos apresenta o perfil vil de seu antagonista para além das quentes fronteiras do estado da Flórida. Mostrando-o como alguém que não media esforços para alimentar seus próprios demônios, acabamos conhecendo um pouco mais a história por trás daquela fatídica morte de Versace. A ineficiência da polícia ganha mais força nesta entrelaçada narrativa, que liga cidades bem distintas através dos disparos de armas como a Taurus Calibre 40. Neste caso aleatório, que parece ser apenas um doloroso fragmento no tempo, uma tênue conexão entre pessoas que jamais se conheceram é feita, ligando casos distintos a um nome comum entre detetives, delegados e policiais – que não souberam conter o frenético ritmo do assassino.

Centrado primordialmente em um rápido e violento assassinato – que embora seja pouco conhecido entre muitos, não é uma novidade – ‘Um Assassinato Aleatório’ talvez seja o episódio mais simples da saga de Cunanan a Gianni Versace, mas o mais forte. Com uma estética prática, que distingue abruptamente da atmosfera hipnotizante do crime principal, este capítulo exerce um papel mais explicativo, nos introduzindo ao clímax de uma história que, como todos sabem, não teve um final feliz. A falta de Edgar Ramirez e Penélope Cruz é sentida, mas justificada pelo retrato cruel de um homem que antes de Versace, deixou um rastro gráfico de assassinatos repentinos, sangrentos e inexplicáveis. Com este último, restam apenas três.

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