domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Voice From The Stone – Drama de terror é ofuscado pelo ritmo lento

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O ano é 1950, na região da Toscana, Itália. A jovem enfermeira Varena (vivida pela Emilia Clarke, a Daenerys Targaryen de Game of Thrones) é chamada para cuidar do menino Jakob (Edward Dring), após ficar traumatizado com a morte precoce de sua mãe, o que o deixou sem fala. Aos poucos, Verena descobre os segredos sombrios da família e teme que as forças malignas que habitam os muros de pedra da mansão estejam possuindo a criança e possam vir atrás dela também.

Essa é a trama de Voice From The Stone, drama com ares de terror baseado no livro “La Voce Della Pietra”, do italiano Silvio Raffo. As belas paisagens góticas de Toscana enchem os nossos olhos, sendo tudo bem fotografado pelo diretor Eric D. Howell, que tem em seu currículo poucos filmes e nenhum do gênero terror. O que se torna aparente ao longo da trama.



Os sustos não convencem, logo esquecemos que a trama tem um tom sobrenatural, tudo culpa do roteiro arrastado, que tenta crescer aos poucos, mas que cansa pela exaustão de esperar. Nos vemos preso à melancolia daquele lugar, mas tudo que podemos sentir é tédio.

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Emilia Clarke tem tentado buscar papeis que possam mostrar o quão boa atriz ela pode ser, mas esse não é o caso, sua atuação não convence e talvez tenha entregado a pior de sua carreira até agora, apesar de se esforçar pela trama, mais uma vez culpa de um roteiro lento, que não a deixa crescer além do necessário.

O filme já nasce dentro do polêmico “pós-horror”, mesmo que o drama prevaleça e o diretor talvez não o encaixe, o que já faz com que muitos espectadores se frustrem esperando por grandes sustos e/ou reviravoltas dignas dos mais clássicos filmes do gênero. Nesse caso, o plot twits do final empolga, mas não satisfaz a espera, diferente de outros filmes parecidos como Ao Cair da Noite, de Trey Edward Shults, por exemplo, que frustra, porém entrega.

A direção de fotografia de Peter Simonite e a trilha sonora, talvez sejam grandes acertos do filme, que valorizam a beleza visual e acrescentando sempre um piano sombrio, porém necessário, trabalho feito pelo compositor Michael Wandmacher junto com a talentosa Amy Lee (vocalista da banda norte-americana Evanescence). Juntos, criam um clima saudosista e sombrio, que preenche o vazio da história e, até mesmo, a falta de fala do menino.

Há uma discussão profunda escondida na trama, isso é fato, mesmo que mal desenvolvida. A relação de amor entre mãe e filho pode emocionar os mais passionais. O potencial está preso debaixo de uma trama sem foco, há certa beleza na dor que o roteiro tenta valorizar e isso pode ser o ponto alto do filme.

Voice From The Stone é um filme para outra época, talvez fosse aplaudido se tivesse sido lançado alguns anos no passado, mas agora dificilmente será lembrando.

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Thiago Munizhttp://cinepop.com.br/
Carioca, 26 anos, apaixonado por Cinema. Venho estudando e vivendo todas as partes da sétima arte à procura de conhecimento da área. Graduando no curso de Cinema e influenciador cinematográfico no Instagram.

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O ano é 1950, na região da Toscana, Itália. A jovem enfermeira Varena (vivida pela Emilia Clarke, a Daenerys Targaryen de Game of Thrones) é chamada para cuidar do menino Jakob (Edward Dring), após ficar traumatizado com a morte precoce de sua mãe, o que o deixou sem fala. Aos poucos, Verena descobre os segredos sombrios da família e teme que as forças malignas que habitam os muros de pedra da mansão estejam possuindo a criança e possam vir atrás dela também.

Essa é a trama de Voice From The Stone, drama com ares de terror baseado no livro “La Voce Della Pietra”, do italiano Silvio Raffo. As belas paisagens góticas de Toscana enchem os nossos olhos, sendo tudo bem fotografado pelo diretor Eric D. Howell, que tem em seu currículo poucos filmes e nenhum do gênero terror. O que se torna aparente ao longo da trama.

Os sustos não convencem, logo esquecemos que a trama tem um tom sobrenatural, tudo culpa do roteiro arrastado, que tenta crescer aos poucos, mas que cansa pela exaustão de esperar. Nos vemos preso à melancolia daquele lugar, mas tudo que podemos sentir é tédio.

Emilia Clarke tem tentado buscar papeis que possam mostrar o quão boa atriz ela pode ser, mas esse não é o caso, sua atuação não convence e talvez tenha entregado a pior de sua carreira até agora, apesar de se esforçar pela trama, mais uma vez culpa de um roteiro lento, que não a deixa crescer além do necessário.

O filme já nasce dentro do polêmico “pós-horror”, mesmo que o drama prevaleça e o diretor talvez não o encaixe, o que já faz com que muitos espectadores se frustrem esperando por grandes sustos e/ou reviravoltas dignas dos mais clássicos filmes do gênero. Nesse caso, o plot twits do final empolga, mas não satisfaz a espera, diferente de outros filmes parecidos como Ao Cair da Noite, de Trey Edward Shults, por exemplo, que frustra, porém entrega.

A direção de fotografia de Peter Simonite e a trilha sonora, talvez sejam grandes acertos do filme, que valorizam a beleza visual e acrescentando sempre um piano sombrio, porém necessário, trabalho feito pelo compositor Michael Wandmacher junto com a talentosa Amy Lee (vocalista da banda norte-americana Evanescence). Juntos, criam um clima saudosista e sombrio, que preenche o vazio da história e, até mesmo, a falta de fala do menino.

Há uma discussão profunda escondida na trama, isso é fato, mesmo que mal desenvolvida. A relação de amor entre mãe e filho pode emocionar os mais passionais. O potencial está preso debaixo de uma trama sem foco, há certa beleza na dor que o roteiro tenta valorizar e isso pode ser o ponto alto do filme.

Voice From The Stone é um filme para outra época, talvez fosse aplaudido se tivesse sido lançado alguns anos no passado, mas agora dificilmente será lembrando.

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