sexta-feira , 15 novembro , 2024

Crítica | White God

Quase sempre é preciso um golpe de loucura para se construir um novo destino. E vem da Hungria um dos roteiros mais significativos e inovadores dos últimos tempos no Universo do Cinema. White God, vencedor do prêmio de Melhor Filme da Mostra Um Certo Olhar no Festival de Cannes em 2014, é uma fita corajosa que mostra todas as habilidades técnicas do cineasta húngaro Kornél Mundruczó. Misturando inusitadas situações, envolvendo praticamente uma guerra entre cachorros e pessoas, o longa-metragem é uma grande lição sobre os limites que todos nós devemos navegar. Para tudo que é vida no planeta ter um certo tipo de evolução, precisamos nos entender como seres humanos urgentemente.

Na trama, conhecemos a corajosa menina Lili (Zsófia Psotta) que vai precisar passar algumas semanas com seu deprimido pai. A menina, que toca trompete em uma orquestra de sua cidade, leva consigo um belo cachorro chamado Hagen, fato que não é bem visto por seu pai. Certo dia, após um dos inúmeros estresses diários de seu pai, o cãozinho é abandonado no meio da rua e ao longo das próximas semanas provocará uma grande revolução, e até certo ponto vingança, canina, onde vários cachorros conseguirão fugir de um abrigo e buscarão ‘justiça’ contra as pessoas que os maltrataram.

Quando pensamos em ‘Revolução Canina’ tudo parece muito estranho, certo? No contexto do filme, esse clímax estoura em um momento chave, fazendo total sentido a série de conseqüências para as ações. Tudo é orquestrado pelo auau protagonista Hagen, em total sintonia com os outros caninos, dominam as cenas deixando o espectador com cara de surpresa para tantas ações surpreendentes. O peculiar é que nada parece ser forçado e, principalmente com os argumentos de maus tratos apresentados, a revolução canina pode ser bem vista por parte do público.



Pensando em termos técnicos e elaboração de planejamento das filmagens, é muito legal saber que todas as cenas foram realizadas com animais de verdade, cerca de 250. Mundruczó e companhia devem ter tido um enorme trabalho mas que valeu muito a pena. O Ato final é bastante poético, com direito a uma forte sequência e até certo ponto uma linda mensagem de respeito é passada ao público. White God é um daqueles filmes que você precisa ir correndo assistir, uma experiência única repleta de qualidades.

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Quase sempre é preciso um golpe de loucura para se construir um novo destino. E vem da Hungria um dos roteiros mais significativos e inovadores dos últimos tempos no Universo do Cinema. White God, vencedor do prêmio de Melhor Filme da Mostra Um Certo Olhar no Festival de Cannes em 2014, é uma fita corajosa que mostra todas as habilidades técnicas do cineasta húngaro Kornél Mundruczó. Misturando inusitadas situações, envolvendo praticamente uma guerra entre cachorros e pessoas, o longa-metragem é uma grande lição sobre os limites que todos nós devemos navegar. Para tudo que é vida no planeta ter um certo tipo de evolução, precisamos nos entender como seres humanos urgentemente.

Na trama, conhecemos a corajosa menina Lili (Zsófia Psotta) que vai precisar passar algumas semanas com seu deprimido pai. A menina, que toca trompete em uma orquestra de sua cidade, leva consigo um belo cachorro chamado Hagen, fato que não é bem visto por seu pai. Certo dia, após um dos inúmeros estresses diários de seu pai, o cãozinho é abandonado no meio da rua e ao longo das próximas semanas provocará uma grande revolução, e até certo ponto vingança, canina, onde vários cachorros conseguirão fugir de um abrigo e buscarão ‘justiça’ contra as pessoas que os maltrataram.

Quando pensamos em ‘Revolução Canina’ tudo parece muito estranho, certo? No contexto do filme, esse clímax estoura em um momento chave, fazendo total sentido a série de conseqüências para as ações. Tudo é orquestrado pelo auau protagonista Hagen, em total sintonia com os outros caninos, dominam as cenas deixando o espectador com cara de surpresa para tantas ações surpreendentes. O peculiar é que nada parece ser forçado e, principalmente com os argumentos de maus tratos apresentados, a revolução canina pode ser bem vista por parte do público.

Pensando em termos técnicos e elaboração de planejamento das filmagens, é muito legal saber que todas as cenas foram realizadas com animais de verdade, cerca de 250. Mundruczó e companhia devem ter tido um enorme trabalho mas que valeu muito a pena. O Ato final é bastante poético, com direito a uma forte sequência e até certo ponto uma linda mensagem de respeito é passada ao público. White God é um daqueles filmes que você precisa ir correndo assistir, uma experiência única repleta de qualidades.

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