quinta-feira , 19 dezembro , 2024

Crítica | Wildhood: Busca Pelas Raízes – Um delicado filme repleto de poesia [Festival do Rio 2022]

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As raízes que contam várias histórias. Selecionado para o Festival do Rio 2022, o longa-metragem canadense Wildhood: Busca Pelas Raízes nos apresenta em sua trama um emocionante road movie que navega na troca de perspectiva sobre a vida através de um recorte sobre sexualidade e família na visão de um adolescente. O projeto também mostra um profundo destaque para os Miꞌkmaq (indígenas do leste do Canadá), principalmente o lado cultural. Esse é o primeiro trabalho de longa-metragem, de Bretten Hannam, roteirista e cineasta canadense, não-binário, de raízes Mi’kmaq.

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Na trama, conhecemos Link (Phillip Lewitski), um jovem adolescente com raízes indígenas, que mora no Canadá e tem um cotidiano de conflitos com muitas discussões e violência no relacionamento com o pai. Certo dia, ele descobre que sua mãe (que ele pensara estar morta) está viva e morando em um lugar longe dali. Ele resolve ir atrás dela, e leva seu irmão caçula junto. Ao longo dessa viagem cheia de surpresas acaba encontrando outro jovem, Pasmay (Joshua Odjick), que embarca com eles nessa jornada.

wildhood2

Ao longo de quase 110 minutos de projeção, caminhamos pelas estradas sempre tumultuadas das descobertas e redescobertas. O protagonista é um jovem solitário, com uma rebeldia presente, se vê em conflito pelas suas relações familiares (evidente na relação com o abusivo pai) e também por não conseguir liberdade para expressar sua sexualidade em um universo machista que está inserido. A troca de perspectiva, onde o personagem se descontrói para se construir novamente é oriunda da necessidade de conhecer sua mãe e entender mais sobre sua história com raízes em um povo indígena que foram um dos primeiros povos a habitarem a região Atlântica do Canadá. Esse olhar mais próximo sobre as tradições indígenas caminha junto com a história de Bretten Hannam com inspiração na própria caminhada.

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O olhar para a sexualidade do protagonista também é algo destacado no longa-metragem (sem previsão de estreia no Brasil). A descoberta do amor, do desejo, a partir da amizade com Pasmay é algo que surge aos poucos produzindo belíssimas cenas. Exibido no Festival Internacional de Cinema de Toronto, Wildhood: Busca Pelas Raízes é um delicado trabalho, repleto de poesia, que fala sobre auto descobertas, desejos, sonhos, tudo isso numa fórmula poética que combina diálogos com significados.

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Crítica | Wildhood: Busca Pelas Raízes – Um delicado filme repleto de poesia [Festival do Rio 2022]

As raízes que contam várias histórias. Selecionado para o Festival do Rio 2022, o longa-metragem canadense Wildhood: Busca Pelas Raízes nos apresenta em sua trama um emocionante road movie que navega na troca de perspectiva sobre a vida através de um recorte sobre sexualidade e família na visão de um adolescente. O projeto também mostra um profundo destaque para os Miꞌkmaq (indígenas do leste do Canadá), principalmente o lado cultural. Esse é o primeiro trabalho de longa-metragem, de Bretten Hannam, roteirista e cineasta canadense, não-binário, de raízes Mi’kmaq.

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Na trama, conhecemos Link (Phillip Lewitski), um jovem adolescente com raízes indígenas, que mora no Canadá e tem um cotidiano de conflitos com muitas discussões e violência no relacionamento com o pai. Certo dia, ele descobre que sua mãe (que ele pensara estar morta) está viva e morando em um lugar longe dali. Ele resolve ir atrás dela, e leva seu irmão caçula junto. Ao longo dessa viagem cheia de surpresas acaba encontrando outro jovem, Pasmay (Joshua Odjick), que embarca com eles nessa jornada.

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Ao longo de quase 110 minutos de projeção, caminhamos pelas estradas sempre tumultuadas das descobertas e redescobertas. O protagonista é um jovem solitário, com uma rebeldia presente, se vê em conflito pelas suas relações familiares (evidente na relação com o abusivo pai) e também por não conseguir liberdade para expressar sua sexualidade em um universo machista que está inserido. A troca de perspectiva, onde o personagem se descontrói para se construir novamente é oriunda da necessidade de conhecer sua mãe e entender mais sobre sua história com raízes em um povo indígena que foram um dos primeiros povos a habitarem a região Atlântica do Canadá. Esse olhar mais próximo sobre as tradições indígenas caminha junto com a história de Bretten Hannam com inspiração na própria caminhada.

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O olhar para a sexualidade do protagonista também é algo destacado no longa-metragem (sem previsão de estreia no Brasil). A descoberta do amor, do desejo, a partir da amizade com Pasmay é algo que surge aos poucos produzindo belíssimas cenas. Exibido no Festival Internacional de Cinema de Toronto, Wildhood: Busca Pelas Raízes é um delicado trabalho, repleto de poesia, que fala sobre auto descobertas, desejos, sonhos, tudo isso numa fórmula poética que combina diálogos com significados.

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