domingo , 22 dezembro , 2024

Cultura Pop | ‘Bob Esponja – O Musical’ Traz uma Vibrante Fenda do Bikini para o Brasil

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Parece inacreditável, mas o desenho animado sobre um personagem que era literalmente uma esponja vestindo roupas humanas no fundo do oceano já completou mais de vinte anos desde sua estreia no canal pago Nickelodeon. Isso basicamente significa que uma criança que cresceu assistindo a ‘Bob Esponja’ na tv literalmente hoje já é um adulto formado. E a galera da Fenda do Biquíni continua atraindo as novas gerações, o que demonstra que o animado é um sucesso atemporal. Razão pela qual uns anos atrás a produção ganhou uma adaptação musicada na Broadway, e, agora, a partir desta semana, o Rio de Janeiro recebe a versão brasileira de ‘Bob Esponja – O Musical’.



Dividido em dois atos (de uma hora e meia, e cerca de meia hora em cada um) e um intervalo de 30 minutos entre eles o espetáculo conta a história da turma da Fenda do Biquíni que, de repente, se vê diante de uma situação irreversível: um vulcão subaquático está prestes a explodir e, consequentemente, destruir toda a cidade deles; incapazes de fazer qualquer coisa para impedir a situação, resta a turma recolher suas coisas e esperar o momento acontecer. Porém Plâncton tem um plano diabólico de dominação, e vê nisso a oportunidade de conquistar seu objetivo, portanto, ele sugere que todos entrem numa cápsula para fugir do local. Só que Bob Esponja, Sandy e Patrick têm uma ideia diferente e farão de tudo para salvar o lugar que eles chamam de casa.

Partindo de uma história simples ‘Bob Esponja – O Musical’ traz valores importantes para serem introduzidos à meninada, como a união, a irrelevância de se ter seguidores e da vida das redes sociais, o conceito de comunidade, a xenofobia, a importância dos pais ouvirem os filhos, entre outros. Claro, nada disso é construído de maneira enfadonha; pelo contrário, os valores vão sendo inseridos ao longo da aventura dos três amigos para que, a partir dos percalços encontrados na história, eles possam refletir sobre aquilo que realmente importa: a amizade e a casa deles.

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Com direção geral de Renata Borges, que também produziu idealizou a adaptação brasileira, o musical conta com 31 canções originais, com nomes como David Bowie, Steven Tyler, Cindy Lauper e John Legend, o que é um espanto, considerando que trata-se de um espetáculo infantil. Ah, e são todas cantadas em português! Se por um lado esse line-up enche os olhos, por outro acaba estendendo demais a produção, cujo tempo de duração poderia ser uns 10% menor, uma vez que o foco do público é as crianças pequenas, que não conseguem durar 3 horas sentadas numa cadeira assistindo a uma peça.

Enche os olhos a qualidade técnica da produção de luz, os figurinos, a cenografia e o visagismo do espetáculo, pois conseguiram, juntos, construir um ambiente totalmente lúdico que transporta o espectador para dentro daquele mundo de fantasia debaixo do oceano, fazendo bom uso do espaço da Cidade das Artes para construir interações com o público que compusessem o cenário e, ao mesmo tempo, fossem práticas para a produção.

Do elenco, o vilão da história Plâncton e Karen, O Computador, roubam a cena com a química entre os artistas Tauã Delmiro e Luísa Vianna, afiadíssimos nas piadas e no entrosamento cênico, destacando também a sagacidade do roteiro em adaptar as piadas e falas para a realidade brasileira. Suzana Santana, que interpreta Pérola, a filha do Sr. Sirigueijo, é uma potência vocal com o rosto de anjo, alcançando todos os espaços da acústica da Cidade das Artes e deslumbrando o público. E para quem acha que Lula Molusco estava sendo deixado de lado na trama, o número de Ruben Gabira deixa a gente sem fôlego com o seu sincronismo em 4 pernas, entusiasmando o público em um momento em que a história se encaminha para a sua resolução. Mesmo se chamando ‘Bob Esponja – O Musical’, são os personagens secundários que se destacam na produção.

A noite de pré-estreia para convidados VIPs contou com coquetéis temáticos, hambúrgueres do Sirigueijo e ativações divertidas pra garotada se entreter, além de dois grandes bonecos do Bob Esponja que permanecerão fixos pra galera tirar foto na entrada ao longo da temporada. E é bom aproveitar eles mesmo, porque apesar de levar o nome, o musical não traz a cara do Bob Esponja estampado em nenhum local, e também não há lojinha de produtos à venda na saída, o que é uma pena.

Para os amantes da cultura pop, ‘Bob Esponja – O Musical’ é um programão imperdível, inclusive porque a temporada teve início no Rio de Janeiro, para variar. Com ingressos a partir de 25 reais a meia-entrada, o espetáculo fica em cartaz de sexta a domingo até o dia 16 de julho na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca. Imperdível!

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Parece inacreditável, mas o desenho animado sobre um personagem que era literalmente uma esponja vestindo roupas humanas no fundo do oceano já completou mais de vinte anos desde sua estreia no canal pago Nickelodeon. Isso basicamente significa que uma criança que cresceu assistindo a ‘Bob Esponja’ na tv literalmente hoje já é um adulto formado. E a galera da Fenda do Biquíni continua atraindo as novas gerações, o que demonstra que o animado é um sucesso atemporal. Razão pela qual uns anos atrás a produção ganhou uma adaptação musicada na Broadway, e, agora, a partir desta semana, o Rio de Janeiro recebe a versão brasileira de ‘Bob Esponja – O Musical’.

Dividido em dois atos (de uma hora e meia, e cerca de meia hora em cada um) e um intervalo de 30 minutos entre eles o espetáculo conta a história da turma da Fenda do Biquíni que, de repente, se vê diante de uma situação irreversível: um vulcão subaquático está prestes a explodir e, consequentemente, destruir toda a cidade deles; incapazes de fazer qualquer coisa para impedir a situação, resta a turma recolher suas coisas e esperar o momento acontecer. Porém Plâncton tem um plano diabólico de dominação, e vê nisso a oportunidade de conquistar seu objetivo, portanto, ele sugere que todos entrem numa cápsula para fugir do local. Só que Bob Esponja, Sandy e Patrick têm uma ideia diferente e farão de tudo para salvar o lugar que eles chamam de casa.

Partindo de uma história simples ‘Bob Esponja – O Musical’ traz valores importantes para serem introduzidos à meninada, como a união, a irrelevância de se ter seguidores e da vida das redes sociais, o conceito de comunidade, a xenofobia, a importância dos pais ouvirem os filhos, entre outros. Claro, nada disso é construído de maneira enfadonha; pelo contrário, os valores vão sendo inseridos ao longo da aventura dos três amigos para que, a partir dos percalços encontrados na história, eles possam refletir sobre aquilo que realmente importa: a amizade e a casa deles.

Com direção geral de Renata Borges, que também produziu idealizou a adaptação brasileira, o musical conta com 31 canções originais, com nomes como David Bowie, Steven Tyler, Cindy Lauper e John Legend, o que é um espanto, considerando que trata-se de um espetáculo infantil. Ah, e são todas cantadas em português! Se por um lado esse line-up enche os olhos, por outro acaba estendendo demais a produção, cujo tempo de duração poderia ser uns 10% menor, uma vez que o foco do público é as crianças pequenas, que não conseguem durar 3 horas sentadas numa cadeira assistindo a uma peça.

Enche os olhos a qualidade técnica da produção de luz, os figurinos, a cenografia e o visagismo do espetáculo, pois conseguiram, juntos, construir um ambiente totalmente lúdico que transporta o espectador para dentro daquele mundo de fantasia debaixo do oceano, fazendo bom uso do espaço da Cidade das Artes para construir interações com o público que compusessem o cenário e, ao mesmo tempo, fossem práticas para a produção.

Do elenco, o vilão da história Plâncton e Karen, O Computador, roubam a cena com a química entre os artistas Tauã Delmiro e Luísa Vianna, afiadíssimos nas piadas e no entrosamento cênico, destacando também a sagacidade do roteiro em adaptar as piadas e falas para a realidade brasileira. Suzana Santana, que interpreta Pérola, a filha do Sr. Sirigueijo, é uma potência vocal com o rosto de anjo, alcançando todos os espaços da acústica da Cidade das Artes e deslumbrando o público. E para quem acha que Lula Molusco estava sendo deixado de lado na trama, o número de Ruben Gabira deixa a gente sem fôlego com o seu sincronismo em 4 pernas, entusiasmando o público em um momento em que a história se encaminha para a sua resolução. Mesmo se chamando ‘Bob Esponja – O Musical’, são os personagens secundários que se destacam na produção.

A noite de pré-estreia para convidados VIPs contou com coquetéis temáticos, hambúrgueres do Sirigueijo e ativações divertidas pra garotada se entreter, além de dois grandes bonecos do Bob Esponja que permanecerão fixos pra galera tirar foto na entrada ao longo da temporada. E é bom aproveitar eles mesmo, porque apesar de levar o nome, o musical não traz a cara do Bob Esponja estampado em nenhum local, e também não há lojinha de produtos à venda na saída, o que é uma pena.

Para os amantes da cultura pop, ‘Bob Esponja – O Musical’ é um programão imperdível, inclusive porque a temporada teve início no Rio de Janeiro, para variar. Com ingressos a partir de 25 reais a meia-entrada, o espetáculo fica em cartaz de sexta a domingo até o dia 16 de julho na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca. Imperdível!

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