terça-feira , 5 novembro , 2024

Cuphead | A franquia de jogos que ASSOMBRA os jogadores vai virar série

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Franquia é conhecida pela dificuldade elevada

Historicamente jogos de dificuldade mais elevada sempre tendem a despertar a curiosidade de legiões de jogadores, estes então investiram muito de seu tempo, bem como fichas no auge dos arcades, para tentar bater o desafio proposto pelo game. Às vezes se tornava até mesmo uma questão de honra ver o pequeno personagem de 8 bits realizar algum tipo de comemoração breve após a conclusão.

Esse fascínio não ficou no passado e no contexto atual da indústria nada o representa melhor do que os jogos da FromSoftware. A desenvolvedora alcançou fama mundial com sua consagrada saga Souls, no qual os players eram expostos a lutas com chefes colossais e aterrorizantes dada a dificuldade, porém sempre carregando formas com que podiam ser derrotados.

Provavelmente essa foi a grande percepção da desenvolvedora, de não ficar apenas no castigo aos jogadores mas também de conceder formas claras de como ultrapassar essas dificuldades, exigindo do usuário apenas a sagacidade de entender como o inimigo funciona para então explorar esse contra-ataque.

Os jogos da franquia consolidaram um novo nicho

Como ocorre com qualquer produto cultural de impacto profundo, a franquia Dark Souls criou todo um nicho de obras que tentavam emular seu sucesso, focando acima de tudo na mecânica de oferecer um nível de desafio elevado ao público e, normalmente, deixando de lado outros elementos essenciais como fatores de RPG.

Esse nicho ficou conhecido como gênero Soulslike… e Cuphead não faz parte dele. Antes de tudo é importante elucidar esse ponto porque, por mais que o jogo da dupla de xícaras e os jogos da FromSoftware compartilhem da atração pelo desafio elevado, as semelhanças acabam por aí.

Esclarecido esse ponto: o que é Cuphead? A trama segue dois amigos que são xícaras antropomórficas, Cuphead e Mugman, no qual acabam se envolvendo diretamente com o próprio Diabo após se aventurarem em seu cassino e ficarem sem fichas. O ser diabólico então surge e lhes sugere aumentar as apostas, se a dupla vencesse mais uma rodada poderiam ficar com todo o dinheiro, se perdessem o Diabo ficaria com suas almas.

A dupla se torna emissária do próprio tinhoso após perder em um jogo de azar

O inevitável ocorre e Mugman perde, o que acarreta em ambos implorando pela própria vida; só então o tinhoso oferece um novo acordo no qual a dívida deles talvez seja perdoada se ambos trouxerem as almas de outros devedores espalhados pela Ilha Inkwell.

Algo que salta aos olhos logo de saída é a escolha estética do departamento de arte por optar por uma animação ao estilo inkblot (ou mancha de tinta, em uma tradução geral), muito utilizada pelos cartoons da primeira parte do século XX quando ainda utilizavam de células na criação de cada quadro. Alguns dos mais famosos exemplares do período mantém sua fama até os dias atuais como Betty Boop, Popeye e o todo poderoso Mickey Mouse.

Um dos chefes da canadense Studio MDHR, Chad Moldenhauer, atribuiu aos antigos estúdios Fleischer, que em seu auge teve animações como Superman e Popeye chegando a simular uma rivalidade com a Disney, o crédito de grande força inspiradora para o visual de Cuphead. A animação corrida durante o gameplay foi colorida via Photoshop com uma taxa de 24 frames por segundo, enquanto que a trilha sonora tinha sua composição apoiada principalmente no jazz.

A estética da Fleischer é uma inspiração visível na obra

Além disso, Cuphead assumiu um rápido status diferenciado pela dificuldade no combate. O jogo incentiva que a utilização do coop, dois jogadores se auxiliando, porém com a “pegadinha” de que é necessária uma leitura muita rápida do modus operandi do inimigo e, no mínimo, uma sincronia nas ações dos jogadores. 

Qualquer demora nas respostas ou falta comunicação praticamente leva a uma derrota certa. Essa estratégia funcionou perfeitamente por resgatar um estilo de gameplay que fez muito sucesso nas gerações de console pré multiplayer online e, tão importante quanto, a atmosfera cartoonesca misturada a uma trama verdadeiramente macabra (afinal os protagonistas estão recolhendo almas para o tinhoso) que encontrou curioso refúgio em antigas correntes da internet que dissecavam o quão assustador eram alguns desenhos mais antigos.

Da mesma forma que o mencionado Dark Souls, as desventuras da dupla de xícaras deixou seu próprio legado, inspirando obras estéticamente cartunescas com tons de terror; o exemplo mais proeminente sendo Bendy and the Ink Machine. É visando esse potencial criativo que a Netflix, por volta de julho de 2019, anunciou com um teaser animado o vindouro lançamento de The Cuphead Show!

Com lançamento previsto para 2022, a série terá no público infantil um alvo inicial, porém pincelando eventualmente referências à espectadores adultos. É esperado também que a obra expanda esse universo para além da Ilha Inkwell, não se limitando apenas a repetir a história do game.

 

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Esse fascínio não ficou no passado e no contexto atual da indústria nada o representa melhor do que os jogos da FromSoftware. A desenvolvedora alcançou fama mundial com sua consagrada saga Souls, no qual os players eram expostos a lutas com chefes colossais e aterrorizantes dada a dificuldade, porém sempre carregando formas com que podiam ser derrotados.

Provavelmente essa foi a grande percepção da desenvolvedora, de não ficar apenas no castigo aos jogadores mas também de conceder formas claras de como ultrapassar essas dificuldades, exigindo do usuário apenas a sagacidade de entender como o inimigo funciona para então explorar esse contra-ataque.

Os jogos da franquia consolidaram um novo nicho

Como ocorre com qualquer produto cultural de impacto profundo, a franquia Dark Souls criou todo um nicho de obras que tentavam emular seu sucesso, focando acima de tudo na mecânica de oferecer um nível de desafio elevado ao público e, normalmente, deixando de lado outros elementos essenciais como fatores de RPG.

Esse nicho ficou conhecido como gênero Soulslike… e Cuphead não faz parte dele. Antes de tudo é importante elucidar esse ponto porque, por mais que o jogo da dupla de xícaras e os jogos da FromSoftware compartilhem da atração pelo desafio elevado, as semelhanças acabam por aí.

Esclarecido esse ponto: o que é Cuphead? A trama segue dois amigos que são xícaras antropomórficas, Cuphead e Mugman, no qual acabam se envolvendo diretamente com o próprio Diabo após se aventurarem em seu cassino e ficarem sem fichas. O ser diabólico então surge e lhes sugere aumentar as apostas, se a dupla vencesse mais uma rodada poderiam ficar com todo o dinheiro, se perdessem o Diabo ficaria com suas almas.

A dupla se torna emissária do próprio tinhoso após perder em um jogo de azar

O inevitável ocorre e Mugman perde, o que acarreta em ambos implorando pela própria vida; só então o tinhoso oferece um novo acordo no qual a dívida deles talvez seja perdoada se ambos trouxerem as almas de outros devedores espalhados pela Ilha Inkwell.

Algo que salta aos olhos logo de saída é a escolha estética do departamento de arte por optar por uma animação ao estilo inkblot (ou mancha de tinta, em uma tradução geral), muito utilizada pelos cartoons da primeira parte do século XX quando ainda utilizavam de células na criação de cada quadro. Alguns dos mais famosos exemplares do período mantém sua fama até os dias atuais como Betty Boop, Popeye e o todo poderoso Mickey Mouse.

Um dos chefes da canadense Studio MDHR, Chad Moldenhauer, atribuiu aos antigos estúdios Fleischer, que em seu auge teve animações como Superman e Popeye chegando a simular uma rivalidade com a Disney, o crédito de grande força inspiradora para o visual de Cuphead. A animação corrida durante o gameplay foi colorida via Photoshop com uma taxa de 24 frames por segundo, enquanto que a trilha sonora tinha sua composição apoiada principalmente no jazz.

A estética da Fleischer é uma inspiração visível na obra

Além disso, Cuphead assumiu um rápido status diferenciado pela dificuldade no combate. O jogo incentiva que a utilização do coop, dois jogadores se auxiliando, porém com a “pegadinha” de que é necessária uma leitura muita rápida do modus operandi do inimigo e, no mínimo, uma sincronia nas ações dos jogadores. 

Qualquer demora nas respostas ou falta comunicação praticamente leva a uma derrota certa. Essa estratégia funcionou perfeitamente por resgatar um estilo de gameplay que fez muito sucesso nas gerações de console pré multiplayer online e, tão importante quanto, a atmosfera cartoonesca misturada a uma trama verdadeiramente macabra (afinal os protagonistas estão recolhendo almas para o tinhoso) que encontrou curioso refúgio em antigas correntes da internet que dissecavam o quão assustador eram alguns desenhos mais antigos.

Da mesma forma que o mencionado Dark Souls, as desventuras da dupla de xícaras deixou seu próprio legado, inspirando obras estéticamente cartunescas com tons de terror; o exemplo mais proeminente sendo Bendy and the Ink Machine. É visando esse potencial criativo que a Netflix, por volta de julho de 2019, anunciou com um teaser animado o vindouro lançamento de The Cuphead Show!

Com lançamento previsto para 2022, a série terá no público infantil um alvo inicial, porém pincelando eventualmente referências à espectadores adultos. É esperado também que a obra expanda esse universo para além da Ilha Inkwell, não se limitando apenas a repetir a história do game.

 

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