Os musicais sempre fizeram parte da nossa vida – quer seja no teatro, quer seja com as inúmeras adaptaçoes de contos de fada da Walt Disney Studios. Mas um deles entrou para a história ao chegar às telonas em 2002: ‘Chicago’.
Baseado na peça homônima de 1975, a produção, comandada por Rob Marshall, ajudou a reviver o gênero no cenário mainstream e se tornou um sucesso imediato tanto de crítica quanto de público.
Na trama, Catherine Zeta-Jones interpreta uma famosa dançarina que é também a principal atração da boate onde trabalha, Velma Kelly. Após matar seu marido, Velma entra em uma seleta lista de assassinas de Chicago, a qual é controlada por Billy Flynn (Richard Gere), um advogado que busca sempre se aproveitar ao máximo da situação. Ao contrário do se esperava, o assassinato faz com que a fama de Velma cresça ainda mais, tornando-a uma verdadeira celebridade do showbizz. Enquanto isso a aspirante a cantora Roxie Hart (Renée Zellweger) sonha com um mundo de glamour e fama, até que mata seu namorado após uma briga. Billy fica sabendo do crime e decide adiar ao máximo o julgamento de Velma, de forma a poder explorar os dois assassinatos ao máximo nos jornais. Assim como ocorreu com Velma, Roxie também se torna uma estrela por causa de seu crime cometido, iniciando uma disputa entre as duas pelo posto de maior celebridade do meio artístico.
Além de ter arrecadado mais de US$306 milhões mundialmente, o longa-metragem saiu vitorioso do Oscar 2003 com nada menos que seis estatuetas, incluindo Melhor Filme e Melhor Atriz Coadjuvante para Zeta-Jones.
Para celebrar seu legado e seu aniversário de vinte anos, comemorado em breve, o CinePOP preparou uma breve lista com algumas curiosidades de bastidores, que você confere abaixo:
- ‘Chicago’ se tornou o primeiro musical a conquistar o maior prêmio do Oscar em quase quatro décadas. A última vez que um filme do gênero havia alcançado tal feito havia sido em 1968, com ‘Oliver!’.
- No começo da cena que introduz Mama Morton (Queen Latifah) às novas presidiárias, Roxie tem uma breve conversa com uma mulher fumando cigarro. Essa mulher é interpretada pela lenda da Broadway Chita Rivera, que viveu Velma Kelly na produção original da peça.
- John C. Reilly, que interpretou Amor Hart na produção, é um entusiasta pelas artes circenses e pelos palhaços – e insistiu em criar a própria maquiagem para a sequência “Mister Cellophane”.
- Marshall queria que Zeta-Jones usasse um cabelo naturalmente longo para viver Velma, mas ela insistiu em um corte mais curto. Ela explicou à revista People Magazine que não queria que o cabelo caísse em seu rosto e desse motivo para as pessoas duvidarem de que era mesmo ela dançando.
- Gere teve aulas de sapateado durante três meses. A cena em que dança foi rodada em meio dia.
- Charlize Theron havia inicialmente assegurado seu papel como Roxie, enquanto Nicholas Hytner seria o diretor. Quando Hytner abandonou o projeto e Marshall foi escalado para comandá-lo, Theron teve de fazer audições de novo para a personagem e perdeu para Zellweger.
- No começo do filme, quando o bar é mostrado, uma pintura pode ser vista na parede, trazendo os rostos das mulheres que performam “Cell Block Tango”.
- O papel de Billy Flynn foi oferecido a John Travolta diversas vezes, antes de, eventualmente, ir para Gere. Este foi o quarto filme que Travolta recusou e Gere aceitou, depois de ‘Gigolô Americano’, ‘Cinzas no Paraíso’ e ‘A Força do Destino’. Em várias entrevistas, Travolta comentou que se arrependeu de não ter aceitado o papel em ‘Chicago’.
- Kathy Bates foi a primeira escolha de Marshall para interpretar Mama Morton, mas ela não pôde aceitar por conflitos de agenda com ‘As Confissões de Schmidt’. Latifah, que acabou ganhando o papel, e Bates, foram ambas indicadas ao Oscar na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante em 2003.
- Quando os direitos do filme foram adquiridos por Martin Richards nos anos 1970, Bob Fosse estava envolvido com o projeto, e Goldie Hawn, Liza Minnelli e Frank Sinatra seriam os protagonistas. Entretanto, Fosse morreu em 1987 e encerrou a tentativa de seguir em frente com a adaptação.