domingo , 22 dezembro , 2024

Curiosidades da primeira versão cinematográfica de ‘Mortal Kombat’ (1995)

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O reboot de Mortal Kombat estreia nos cinemas brasileiros dia 13 de Maio e os fãs estão ansiosos após o ótimo primeiro trailer. É claro que o título é a adaptação para as telonas do famoso game violento de luta do início da década de 1990, que marcou época com seu público, hoje todos marmanjos com mais de trinta. A marca é tão forte que segue encantando gerações com sua sanguinolência pra lá de gráfica.

Mortal Kombat‘ estreou em 17 países nesse fim de semana, arrecadando US$ 10,7 milhões em 4.596 telas. A Rússia foi o país que mais arrecadou com US$ 6,1 milhões. Arábia Saudita (US$ 691 mil), Emirados Árabes Unidos (US$ 689 mil), Tailândia (US$ 574 mil) e Taiwan (US$ 554 mil) completam o Top 5.



Mortal Kombat‘ será lançado em mais 12 países no próximo fim de semana, incluindo México e Espanha.

Bancado pela Warner, através de sua subsidiária New Line, o novo Mortal Kombat tem direção do estreante Simon McQuoid, e roteiro de David Callahan (Mulher-Maravilha 1984) e Gregg Russo. Sem rostos muito conhecidos à frente do elenco, o chamariz verdadeiro do longa é o nome de James Wan na produção – um cineasta que tem carta branca no estúdio, devido aos sucessos da franquia Invocação do Mal e de Aquaman.

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Surfando nesta onda do momento, resolvemos voltar ao passado e relembrar a primeira adaptação do famoso game ao cinema. Sim, meus amiguinhos, esta não é a primeira vez que Mortal Kombat vai aos cinemas, e sua estreia ocorreu há 26 anos, em agosto de 1995. Vamos relembrar, ou quem sabe conhecer, algumas curiosidades sobre este novo clássico do cinema entretenimento – que foi um dos carro-chefe de um segmento (ou subgênero) no cinema. Confira abaixo.

O 4º Filme de Videogame da História

Mortal Kombat (1995) foi um dos precursores de um “movimento” que dura até hoje, mas que parece não ter encontrado ainda seu lugar ao sol. Ao contrário, digamos, das adaptações de quadrinhos ao cinema, que vivem hoje um tempo áureo. A primeira adaptação de um game para os cinemas ocorreu em 1993, com o cult Super Mario Bros., filme execrado em seu lançamento. Assim seguiram Double Dragon e Street Fighter – A Última Batalha, ambos de 1994. E, finalmente Mortal Kombat. À época, dos quatro, ele foi o que arrecadou mais críticas positivas dos especialistas e do grande público.

Sucesso no Top 10 das bilheterias

Após seu lançamento, Mortal Kombat permaneceu por três semanas consecutivas no primeiro lugar das bilheterias norte-americanas. Com um orçamento de US$18 milhões, o filme arrecadou US$70 milhões somente nos EUA, e o total de US$122 milhões mundialmente, fazendo dele um sucesso financeiro. Fora isso, mantém o título como o quarto filme adaptação de videogame mais rentável já lançado, atrás somente de Lara Croft – Tomb Raider (2001), Príncipe da Pérsia – As Areias do Tempo (2010) e Pokémon – Mewtwo Contra-Ataca (1998).

Cameron Diaz é Sonya Blade

Talvez muitos não saibam, mas a agora aposentada Cameron Diaz chegou a ser contratada para o papel da policial Sonya Blade. Os produtores escolheram a atriz após verem seu trabalho em O Máskara (1994), que marcou a estreia da então modelo no cinema. Diaz, por outro lado, quebrou o punho durante os treinos antes das filmagens começarem e precisou se afastar da produção, abrindo assim espaço para a colega Bridgette Wilson assumir o papel. Será que foi melhor para Diaz, para Wilson ou para as duas?

Van Damme não é Johnny Cage

Na época, o lutador marcial e dublê de ator Jean Claude Van Damme estava no topo do mundo, gozando de sua imensa popularidade como astro de ação. Por isso, as ofertas de blockbusters do tipo não paravam de chegar na casa do sujeito. Um destes roteiros foi Mortal Kombat, no qual Van Damme era visado para o papel de Johnny Cage – o personagem do jogo seria, supostamente, baseado no ator. Não se importando muito com o fato, Van Damme prontamente recusou e partiu para protagonizar Street Fighter (1994) ao invés, filme que contém a atuação derradeira do saudoso vencedor do Globo de Ouro, Raul Julia.

O Diretor

Após considerarem alguns cineastas para o trabalho de comandar Mortal Kombat, os produtores decidiram pelo jovem britânico e pouco experiente Paul W. S. Anderson (então conhecido como Paul Anderson). O que pesou para a escolha foi o primeiro trabalho do diretor, o drama criminal Shopping – O Alvo do Crime (1994), protagonizado por Jude Law. O que impressionou os executivos, além do estilo estético e narrativo de Anderson, foi o fato do longa ter sido reportadamente produzido por apenas US$100 mil. Assim, estavam decididos que Anderson seria o homem ideal para o serviço. Antes dele, nomes como Rob Cohen (Velozes e Furiosos) estiveram na mira dos produtores.

Sub-Zero e Scorpion Deturpados

Tudo bem que os heróis do jogo são personagens como Sonya Blade, Johnny Cage e Liu Kang, mas é indiscutível que os ninjas azul e amarelo, Sub-Zero e Scorpion, são os que fazem a alegria dos jogadores e se tornaram os personagens mais populares. O primeiro é uma espécie de “homem de gelo”, enquanto o segundo é uma criatura infernal, cheia de espinhos e correntes, que cospe fogo. Como não amar? Apesar disso, eles se encontram em lados opostos como grandes rivais. Essa mitologia, porém, mal foi arranhada no longa, surgindo como a maior mudança na trama. Fora isso, no filme, ambos se tornaram escravos controlados pelo poder do mago Shang Tsung.

A Maior Reclamação dos fãs: Sem Sangue

Mortal Kombat ficou conhecido como um dos games mais violentos de sua época, fator que só foi aumentando a cada nova plataforma por onde passa. Hoje, jogos do tipo são comuns, mas quando voltamos trinta anos no passado, este tipo de material, destinado a crianças e adolescentes, preocupava muito. Um dos motivos do jogo ser tão revolucionário. Porém, o que funcionou em uma mídia, não deu certo na outra. Ao ser traduzido para o cinema, o roteiro original até tinha planos de ser mais fiel ao game, ou seja, almejando uma censura alta (R-rated) devido à violência e linguagem imprópria. No entanto, o acordo dos produtores com a New Line visava que entregassem um filme mais brando, de censura baixa (PG-13), a fim de que o longa atingisse especialmente seu público-alvo, os adolescentes. Dessa forma, violência diminuída e nada de sangue.

O Deus Sean Connery

Não foram apenas Cameron Diaz e Jean Claude Van Damme que quase fizeram parte do elenco de Mortal Kombat. Muito antes de terminar sua carreira com o duvidoso A Liga Extraordinária, o “imortal” Sean Connery foi a primeira escolha para o Deus do Trovão, Raiden. Já pensou? Mas o eterno 007, assim como faria longos anos depois com a oferta de Steven Spielberg para Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, queria apenas descansar e jogar golfe, desinteressado em papeis que o exigissem fisicamente. Assim, o personagem terminou nas mãos de seu colega de elenco de Highlander – O Guerreiro Imortal (1986) e Highlander 2 – A Ressurreição (1991), o francês Christopher Lambert.

Goro, um boneco pesado

Um dos antagonistas mais medonhos do game é a criatura conhecida como Goro. Espécie de ogro, o “bicho” tem quatro braços, é extremamente forte e grande. Enquanto sua versão 2021 será criada em computador, a versão de 1995 foi bem mais problemática, quase comparada ao boneco Bruce de Tubarão, lançado vinte anos antes. Goro era um boneco animatrônico que precisava ser operado por 13 a 16 funcionários. Fora isso, a criação vivia dando pane e causando atrasos às filmagens. Ele sequer pôde ser levado à locação na Tailândia, onde o filme foi gravado, e precisou ficar num estúdio próprio em Los Angeles para suas cenas. O resultado no filme, apesar de todos os percalços, ficou interessante. O que você acha?

A Maldição de Jaxx

Jaxx é o parceiro negro da policial Sonya Blade, que termina perdendo os dois braços e os tendo substituídos por braços biônicos. Muitos talvez não lembrem, mas Jaxx deu as caras logo no primeiro filme de 1995, numa participação bem pequena, sem ter os braços mecânicos ainda. Quem faria o papel era o ator Steve James, que infelizmente veio a falecer um ano antes da produção começar. Seu substituto Gregory McKinney é quem aparece no filme. Mas o ator igualmente faleceu um tempo depois, em 1998. Ambos aos 41 anos.

Uma Venda Difícil

Sabe aquela história quando só você parece acreditar num projeto? Pois bem, este foi o caso com o produtor de Mortal Kombat, Lawrence Kasanoff. Super entusiasta dos dois primeiros jogos, ele estava convencido de que o material daria um grande filme (ou quem sabe até uma série de TV). Kasanoff chegou inclusive a apelidar o projeto de “Star Wars encontra Operação Dragão”. Porém, antes do projeto se concretizar, os fracassos de obras como Super Mario Bros (1993) e Double Dragon (1994) tiraram o entusiasmo da maioria dos estúdios. Assim, o produtor demorou três meses até conseguir convencer os desenvolvedores do jogo, na Midway Games, a venderem os direitos de adaptação e até mesmo de receber sinal verde da New Line. O estúdio chegou a lhe dizer que havia detestado o roteiro, mesmo optando produzir o filme.

Operação Dragão – Uma grande influência

Muitos notaram, desde o lançamento de Mortal Kombat, a semelhança da sua trama com o clássico de artes marciais Operação Dragão (1973), protagonizado pelo mestre Bruce Lee. Dentre as “coincidências” nos filmes temos os três lutadores principais, a chegada até uma ilha misteriosa utilizando um antigo barco e a batalha final contra um experiente lutador veterano, por exemplo.

Tom Cruise barrado

The 5 Best Tidbits from Tom Cruise's Impromptu Grad Speech - MTV

Já imaginou expulsar um astro do porte de Tom Cruise dos bastidores de um filme? Pois é, foi o que aconteceu no set de Mortal Kombat, segundo relatos. De acordo com o ator Linden Ashby, intérprete de Johnny Cage no filme, o segurança do set (que também era o médico da produção!?) “enxotou” do local ninguém menos que o protagonista de Missão: Impossível quando Cruise estava na área e decidiu dar uma espiadinha no que faziam por ali. Curiosamente, Cruise foi considerado para viver Cage – assim como Johnny Depp.

Um filme de Sucesso Musical

A trilha sonora do filme, contendo o contagiante tema techno homônimo (música perfeita para fazer exercícios físicos), se tornou um sucesso tão grande que em menos de duas semanas o álbum ganhou o disco de Platina devido às inúmeras vendas. Antes, porém, os produtores penaram para conseguir bolar a trilha para o filme, sendo rejeitados pela Sony e pela Virgin Records. Tudo porque os produtores do filme visavam um álbum com música eletrônica e dance music, enquanto as gravadoras insistiam em artistas populares, vide Van Halen e Janet Jackson. Finalmente, ao irem até a TVT Records, uma gravadora pequena na época, o álbum se tornaria o primeiro disco de platina EDM da história.

Bridgette Wilson, a dura na queda

Como dito, Bridgette Wilson-Sampras terminou por substituir Cameron Diaz após esta ter se machucado no início das gravações. Querendo provar ainda mais que a colega é da geração “leite com pera”, Wilson-Sampras se recusou a usar dublês e fez ela mesmo todas as suas cenas de luta e de ação. No processo a loirinha terminou deslocando o ombro, que foi recolocado no set, deixando-a pronta para um novo round. Isso que é guerreira.

Steven Spielberg era fã do Jogo

Curiosamente, o diretor renomadíssimo Steven Spielberg é um fã ávido da franquia de games. O eterno “Peter Pan” gostava tanto dos jogos que aceitou participar do filme, no papel do cineasta que comanda a produção que Johnny Cage (Linden Ashby) participa no início do filme. No entanto, devido a conflitos de agenda, o vencedor do Oscar não pôde realizar seu cameo. A produção, por outro lado, não perdeu tempo e tascou um sósia do cineasta para compor a cena. É só conferir no longa.

A Continuação

Sem perder muito tempo após o sucesso de Mortal Kombat, a New Line começou a planejar uma continuação. E logo o estúdio convidou o diretor Paul W.S. Anderson a retornar ao comando da sequência. No entanto, Anderson tinha planos diferentes e acabou optando pela direção de O Enigma do Horizonte (1997), lançado no mesmo ano de Mortal Kombat – A Aniquilação, o segundo filme da franquia. Após o ocorrido, Anderson disse não ter gostado da continuação (ele e grande parte do planeta) e confessou ter se arrependido não ter tocado o barco na franquia. Motivo pelo qual o diretor anos depois seguiria envolvido com outra série que adaptou ao cinema um famoso game, Resident Evil.

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O reboot de Mortal Kombat estreia nos cinemas brasileiros dia 13 de Maio e os fãs estão ansiosos após o ótimo primeiro trailer. É claro que o título é a adaptação para as telonas do famoso game violento de luta do início da década de 1990, que marcou época com seu público, hoje todos marmanjos com mais de trinta. A marca é tão forte que segue encantando gerações com sua sanguinolência pra lá de gráfica.

Mortal Kombat‘ estreou em 17 países nesse fim de semana, arrecadando US$ 10,7 milhões em 4.596 telas. A Rússia foi o país que mais arrecadou com US$ 6,1 milhões. Arábia Saudita (US$ 691 mil), Emirados Árabes Unidos (US$ 689 mil), Tailândia (US$ 574 mil) e Taiwan (US$ 554 mil) completam o Top 5.

Mortal Kombat‘ será lançado em mais 12 países no próximo fim de semana, incluindo México e Espanha.

Bancado pela Warner, através de sua subsidiária New Line, o novo Mortal Kombat tem direção do estreante Simon McQuoid, e roteiro de David Callahan (Mulher-Maravilha 1984) e Gregg Russo. Sem rostos muito conhecidos à frente do elenco, o chamariz verdadeiro do longa é o nome de James Wan na produção – um cineasta que tem carta branca no estúdio, devido aos sucessos da franquia Invocação do Mal e de Aquaman.

Surfando nesta onda do momento, resolvemos voltar ao passado e relembrar a primeira adaptação do famoso game ao cinema. Sim, meus amiguinhos, esta não é a primeira vez que Mortal Kombat vai aos cinemas, e sua estreia ocorreu há 26 anos, em agosto de 1995. Vamos relembrar, ou quem sabe conhecer, algumas curiosidades sobre este novo clássico do cinema entretenimento – que foi um dos carro-chefe de um segmento (ou subgênero) no cinema. Confira abaixo.

O 4º Filme de Videogame da História

Mortal Kombat (1995) foi um dos precursores de um “movimento” que dura até hoje, mas que parece não ter encontrado ainda seu lugar ao sol. Ao contrário, digamos, das adaptações de quadrinhos ao cinema, que vivem hoje um tempo áureo. A primeira adaptação de um game para os cinemas ocorreu em 1993, com o cult Super Mario Bros., filme execrado em seu lançamento. Assim seguiram Double Dragon e Street Fighter – A Última Batalha, ambos de 1994. E, finalmente Mortal Kombat. À época, dos quatro, ele foi o que arrecadou mais críticas positivas dos especialistas e do grande público.

Sucesso no Top 10 das bilheterias

Após seu lançamento, Mortal Kombat permaneceu por três semanas consecutivas no primeiro lugar das bilheterias norte-americanas. Com um orçamento de US$18 milhões, o filme arrecadou US$70 milhões somente nos EUA, e o total de US$122 milhões mundialmente, fazendo dele um sucesso financeiro. Fora isso, mantém o título como o quarto filme adaptação de videogame mais rentável já lançado, atrás somente de Lara Croft – Tomb Raider (2001), Príncipe da Pérsia – As Areias do Tempo (2010) e Pokémon – Mewtwo Contra-Ataca (1998).

Cameron Diaz é Sonya Blade

Talvez muitos não saibam, mas a agora aposentada Cameron Diaz chegou a ser contratada para o papel da policial Sonya Blade. Os produtores escolheram a atriz após verem seu trabalho em O Máskara (1994), que marcou a estreia da então modelo no cinema. Diaz, por outro lado, quebrou o punho durante os treinos antes das filmagens começarem e precisou se afastar da produção, abrindo assim espaço para a colega Bridgette Wilson assumir o papel. Será que foi melhor para Diaz, para Wilson ou para as duas?

Van Damme não é Johnny Cage

Na época, o lutador marcial e dublê de ator Jean Claude Van Damme estava no topo do mundo, gozando de sua imensa popularidade como astro de ação. Por isso, as ofertas de blockbusters do tipo não paravam de chegar na casa do sujeito. Um destes roteiros foi Mortal Kombat, no qual Van Damme era visado para o papel de Johnny Cage – o personagem do jogo seria, supostamente, baseado no ator. Não se importando muito com o fato, Van Damme prontamente recusou e partiu para protagonizar Street Fighter (1994) ao invés, filme que contém a atuação derradeira do saudoso vencedor do Globo de Ouro, Raul Julia.

O Diretor

Após considerarem alguns cineastas para o trabalho de comandar Mortal Kombat, os produtores decidiram pelo jovem britânico e pouco experiente Paul W. S. Anderson (então conhecido como Paul Anderson). O que pesou para a escolha foi o primeiro trabalho do diretor, o drama criminal Shopping – O Alvo do Crime (1994), protagonizado por Jude Law. O que impressionou os executivos, além do estilo estético e narrativo de Anderson, foi o fato do longa ter sido reportadamente produzido por apenas US$100 mil. Assim, estavam decididos que Anderson seria o homem ideal para o serviço. Antes dele, nomes como Rob Cohen (Velozes e Furiosos) estiveram na mira dos produtores.

Sub-Zero e Scorpion Deturpados

Tudo bem que os heróis do jogo são personagens como Sonya Blade, Johnny Cage e Liu Kang, mas é indiscutível que os ninjas azul e amarelo, Sub-Zero e Scorpion, são os que fazem a alegria dos jogadores e se tornaram os personagens mais populares. O primeiro é uma espécie de “homem de gelo”, enquanto o segundo é uma criatura infernal, cheia de espinhos e correntes, que cospe fogo. Como não amar? Apesar disso, eles se encontram em lados opostos como grandes rivais. Essa mitologia, porém, mal foi arranhada no longa, surgindo como a maior mudança na trama. Fora isso, no filme, ambos se tornaram escravos controlados pelo poder do mago Shang Tsung.

A Maior Reclamação dos fãs: Sem Sangue

Mortal Kombat ficou conhecido como um dos games mais violentos de sua época, fator que só foi aumentando a cada nova plataforma por onde passa. Hoje, jogos do tipo são comuns, mas quando voltamos trinta anos no passado, este tipo de material, destinado a crianças e adolescentes, preocupava muito. Um dos motivos do jogo ser tão revolucionário. Porém, o que funcionou em uma mídia, não deu certo na outra. Ao ser traduzido para o cinema, o roteiro original até tinha planos de ser mais fiel ao game, ou seja, almejando uma censura alta (R-rated) devido à violência e linguagem imprópria. No entanto, o acordo dos produtores com a New Line visava que entregassem um filme mais brando, de censura baixa (PG-13), a fim de que o longa atingisse especialmente seu público-alvo, os adolescentes. Dessa forma, violência diminuída e nada de sangue.

O Deus Sean Connery

Não foram apenas Cameron Diaz e Jean Claude Van Damme que quase fizeram parte do elenco de Mortal Kombat. Muito antes de terminar sua carreira com o duvidoso A Liga Extraordinária, o “imortal” Sean Connery foi a primeira escolha para o Deus do Trovão, Raiden. Já pensou? Mas o eterno 007, assim como faria longos anos depois com a oferta de Steven Spielberg para Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, queria apenas descansar e jogar golfe, desinteressado em papeis que o exigissem fisicamente. Assim, o personagem terminou nas mãos de seu colega de elenco de Highlander – O Guerreiro Imortal (1986) e Highlander 2 – A Ressurreição (1991), o francês Christopher Lambert.

Goro, um boneco pesado

Um dos antagonistas mais medonhos do game é a criatura conhecida como Goro. Espécie de ogro, o “bicho” tem quatro braços, é extremamente forte e grande. Enquanto sua versão 2021 será criada em computador, a versão de 1995 foi bem mais problemática, quase comparada ao boneco Bruce de Tubarão, lançado vinte anos antes. Goro era um boneco animatrônico que precisava ser operado por 13 a 16 funcionários. Fora isso, a criação vivia dando pane e causando atrasos às filmagens. Ele sequer pôde ser levado à locação na Tailândia, onde o filme foi gravado, e precisou ficar num estúdio próprio em Los Angeles para suas cenas. O resultado no filme, apesar de todos os percalços, ficou interessante. O que você acha?

A Maldição de Jaxx

Jaxx é o parceiro negro da policial Sonya Blade, que termina perdendo os dois braços e os tendo substituídos por braços biônicos. Muitos talvez não lembrem, mas Jaxx deu as caras logo no primeiro filme de 1995, numa participação bem pequena, sem ter os braços mecânicos ainda. Quem faria o papel era o ator Steve James, que infelizmente veio a falecer um ano antes da produção começar. Seu substituto Gregory McKinney é quem aparece no filme. Mas o ator igualmente faleceu um tempo depois, em 1998. Ambos aos 41 anos.

Uma Venda Difícil

Sabe aquela história quando só você parece acreditar num projeto? Pois bem, este foi o caso com o produtor de Mortal Kombat, Lawrence Kasanoff. Super entusiasta dos dois primeiros jogos, ele estava convencido de que o material daria um grande filme (ou quem sabe até uma série de TV). Kasanoff chegou inclusive a apelidar o projeto de “Star Wars encontra Operação Dragão”. Porém, antes do projeto se concretizar, os fracassos de obras como Super Mario Bros (1993) e Double Dragon (1994) tiraram o entusiasmo da maioria dos estúdios. Assim, o produtor demorou três meses até conseguir convencer os desenvolvedores do jogo, na Midway Games, a venderem os direitos de adaptação e até mesmo de receber sinal verde da New Line. O estúdio chegou a lhe dizer que havia detestado o roteiro, mesmo optando produzir o filme.

Operação Dragão – Uma grande influência

Muitos notaram, desde o lançamento de Mortal Kombat, a semelhança da sua trama com o clássico de artes marciais Operação Dragão (1973), protagonizado pelo mestre Bruce Lee. Dentre as “coincidências” nos filmes temos os três lutadores principais, a chegada até uma ilha misteriosa utilizando um antigo barco e a batalha final contra um experiente lutador veterano, por exemplo.

Tom Cruise barrado

The 5 Best Tidbits from Tom Cruise's Impromptu Grad Speech - MTV

Já imaginou expulsar um astro do porte de Tom Cruise dos bastidores de um filme? Pois é, foi o que aconteceu no set de Mortal Kombat, segundo relatos. De acordo com o ator Linden Ashby, intérprete de Johnny Cage no filme, o segurança do set (que também era o médico da produção!?) “enxotou” do local ninguém menos que o protagonista de Missão: Impossível quando Cruise estava na área e decidiu dar uma espiadinha no que faziam por ali. Curiosamente, Cruise foi considerado para viver Cage – assim como Johnny Depp.

Um filme de Sucesso Musical

A trilha sonora do filme, contendo o contagiante tema techno homônimo (música perfeita para fazer exercícios físicos), se tornou um sucesso tão grande que em menos de duas semanas o álbum ganhou o disco de Platina devido às inúmeras vendas. Antes, porém, os produtores penaram para conseguir bolar a trilha para o filme, sendo rejeitados pela Sony e pela Virgin Records. Tudo porque os produtores do filme visavam um álbum com música eletrônica e dance music, enquanto as gravadoras insistiam em artistas populares, vide Van Halen e Janet Jackson. Finalmente, ao irem até a TVT Records, uma gravadora pequena na época, o álbum se tornaria o primeiro disco de platina EDM da história.

Bridgette Wilson, a dura na queda

Como dito, Bridgette Wilson-Sampras terminou por substituir Cameron Diaz após esta ter se machucado no início das gravações. Querendo provar ainda mais que a colega é da geração “leite com pera”, Wilson-Sampras se recusou a usar dublês e fez ela mesmo todas as suas cenas de luta e de ação. No processo a loirinha terminou deslocando o ombro, que foi recolocado no set, deixando-a pronta para um novo round. Isso que é guerreira.

Steven Spielberg era fã do Jogo

Curiosamente, o diretor renomadíssimo Steven Spielberg é um fã ávido da franquia de games. O eterno “Peter Pan” gostava tanto dos jogos que aceitou participar do filme, no papel do cineasta que comanda a produção que Johnny Cage (Linden Ashby) participa no início do filme. No entanto, devido a conflitos de agenda, o vencedor do Oscar não pôde realizar seu cameo. A produção, por outro lado, não perdeu tempo e tascou um sósia do cineasta para compor a cena. É só conferir no longa.

A Continuação

Sem perder muito tempo após o sucesso de Mortal Kombat, a New Line começou a planejar uma continuação. E logo o estúdio convidou o diretor Paul W.S. Anderson a retornar ao comando da sequência. No entanto, Anderson tinha planos diferentes e acabou optando pela direção de O Enigma do Horizonte (1997), lançado no mesmo ano de Mortal Kombat – A Aniquilação, o segundo filme da franquia. Após o ocorrido, Anderson disse não ter gostado da continuação (ele e grande parte do planeta) e confessou ter se arrependido não ter tocado o barco na franquia. Motivo pelo qual o diretor anos depois seguiria envolvido com outra série que adaptou ao cinema um famoso game, Resident Evil.

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