Se você se lembra do tempo de escola – e cresceu durante os anos 2000 -, provavelmente cruzou caminho com o longa-metragem ‘Escritores da Liberdade’.
Estrelado pela vencedora do Oscar Hilary Swank e escrito e dirigido por Richard LaGravenese, o título se tornou um clássico e foi bastante utilizado para explicar a dinâmica nas salas de aula e o importante papel dos docentes na formação das pessoas. Na trama, uma jovem e idealista professora chega a uma escola de um bairro pobre, que está corrompida pela agressividade e violência. Os alunos se mostram rebeldes e sem vontade de aprender, e há entre eles uma constante tensão racial. Assim, para fazer com que os alunos aprendam e também falem mais de suas complicadas vidas, a professora Gruwell aposta em métodos diferentes de ensino. Aos poucos, os alunos vão retomando a confiança em si mesmos, aceitando mais o conhecimento e reconhecendo valores.
Baseado no romance ‘The Freedom Writers Diary’, de Erin Gruwell e dos estudantes do Colégio Woodrow Wilson que compilaram o diário, a produção recebeu vários elogios da crítica e também fez um barulho considerável de bilheteria, arrecadando US$43,1 milhões mundialmente (contra um orçamento de US$21 milhões).
Para celebrar seu 15º aniversário, que é comemorado amanhã, 05 de janeiro, o CinePOP preparou uma lista com algumas curiosidades de bastidores.
Confira:
- Na cena do jantar no hotel para os estudantes, depois da visita ao museu do Holocausto, todos os personagens sobreviventes ao genocídio promovido pela Alemanha nazista são reais sobreviventes e incluem Renee Firestone, Eddie Ilam, Elisabeth Mann e Gloria Ungar.
- A verdadeira Erin Gruwell honra Hilary Swank pela atriz ter dito que não ligava para o dinheiro. Ela até mesmo ficou animada ao saber que Swank iria interpretá-la.
- A cena do “brinde pela mudança” realmente aconteceu na vida real. Assim como na adaptação cinematográfica, Gruwell deu a cada um de seus alunos um taça de champanhe de plástico, cheio de cidra de maçã. Durante o brinde, todos concordaram em dar a si mesmos a chance de recomeçar a vida.
- Este foi o segundo projeto em que Swank interpretou uma pessoa de verdade. O outro filme cinebiográfico foi ‘Meninos Não Choram’, de 1999, onde encarnou Brandon Teena.
- No primeiro dia de trabalho de Erin na escola, o público vê um dos estudantes grafitando uma parede da escola e um membro do colégio o interrompe. O homeme em questão é Horace Hall, professor da real escola Woodrow Wilson.
- A atriz que interpreta Miep Gies no longa-metragem, Pat Carroll, também dublou Úrsula no clássico animado ‘A Pequena Sereia’, em 1989.
- Quando o elenco de ‘Escritores da Liberdade’ compareceu ao programa de Oprah Winfrey, a atriz April Hernandez (que interpretou Eva Benitez) declarou que nunca, em toda a sua vida, disse que odiava pessoas brancas.
- Na adaptação, Erin se torna mais devota à arte de ensinar e seu marido, Scott (Patrick Dempsey) começa a se sentir negligenciado. Eventualmente, eles se divorciam – e essa parte do filme aconteceu na vida de Erin, visto que ambos se separaram por razões similares.
- O filme não foi rodado no Colégio Woodrow Wilson. A sala de aula foi recriada em um estúdio de edição de áudio.
- Alguns dos Escritores da Liberdade originais fizeram aparições especiais no longa-metragem.