E finalmente chegamos ao tão esperado filme: ‘O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei’.
Se há uma franquia que conseguiu manter o altíssimo nível por todos os filmes, esta franquia é ‘O Senhor dos Anéis’ (e não, não estamos incluindo a frustrante decepção de ‘O Hobbit’). Comandada por Peter Jackson, a saga teve início há vinte anos com o lançamento de ‘A Sociedade do Anel’, que promoveu uma enorme revolução no cinema e no storytelling, tornando-se um dos poucos do gênero fantástico a quebrar as barreiras da premiação. Enquanto ‘As Duas Torres’ repetiu o feito, não seria até dois anos mais tarde que ‘O Retorno do Rei’ conquistaria todas as estatuetas do Oscar a que foi indicado, incluindo Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Roteiro Adaptado.
Divisor de águas da fantasia cinematográfica, o último longa-metragem da trilogia apresenta aos fãs o confronto final entre as forças do bem e do mal que lutam pelo controle do futuro da Terra Média. Na trama, Sauron planeja um grande ataque a Minas Tirith, capital de Gondor, o que faz com que Gandalf e Pippin partam para o local na intenção de ajudar a resistência. Um exército é reunido por Theoden em Rohan, em mais uma tentativa de deter as forças de Sauron. Enquanto isso, Frodo, Sam e Gollum seguem sua viagem rumo à Montanha da Perdição para destruir o anel.
Contando com um elenco que incluiu Elijah Wood, Ian McKellen, Liv Tyler, Viggo Mortensen, Sean Astin, Cate Blanchett, John Rhys-Davies, Bernard Hill, Billy Boyd, Dominic Monaghan, Orlando Bloom, Hugo Weaving, Miranda Otto, David Wenham, Karl Urban, Andy Serkis e tantos outros, ‘O Retorno do Rei’ recebeu aclame universal por parte da crítica e arrecadou nada menos que US$1,1 bilhão mundialmente, tornando-se a maior bilheteria de 2003 e a segunda maior de todos os tempos à época (atrás apenas de ‘Titanic’).
Para celebrar seu iminente 18º aniversário, o CinePOP preparou uma lista com várias curiosidades de bastidores, que você confere abaixo:
- Para conseguir extras o bastante para a Batalha de Morannon, no Portão Negro de Mordor, centenas de membros do exército da Nova Zelândia foram contratados como extras. Aparentemente, eles estavam tão entusiasmados durante as cenas que quebravam as espadas de madeiras e as lanças que lhes eram dadas.
- Rhys-Davies sofria de uma pesada alergia ao utilizar a maquiagem para viver Gimli. Logo, no último dia de filmagens, o departamento de maquiagem lhe deu a oportunidade de jogar a máscara do personagem no fogo. Ele não hesitou um momento para fazer isso.
- Wood (Frodo) é conhecido por sua habilidade de encarar fixadamente algum ponto à sua frente sem piscar – o que foi muito útil para as cenas em que o personagem estava preso no casulo de Shelob, a aranha gigante.
- À época, a trilogia ‘O Senhor dos Anéis’ se tornou a franquia com mais indicações ao Oscar da história, com nada menos que 30 nomeações – ultrapassando ‘O Poderoso Chefão’ (com vinte e nove) e ‘Star Wars’ (com vinte e uma). Como se não bastasse, foi o primeiro e único filme de fantasia (excluindo os híbridos, como ‘A Forma da Água’) a conquistar o Oscar de Melhor Filme.
- Jackson sofre de um grave caso de aracnofobia e baseou o design de Shelob nos tipos de aranha de que tem mais medo.
- Originalmente, o filme terminaria com uma narração em epílogo feita por Galadriel (Blanchett), detalhando o destino da Sociedade do Anel depois dos eventos do filme. Cenas mostrando Gimli e Legolas haviam sido rodadas, mas nenhuma delas foi utilizada na versão final.
- De acordo com um artigo, Jackson odiou o Exército dos Mortos, acreditando ser muito incrível. Entretanto, ele manteve as cenas no roteiro, porque não queria desapontar os fãs dos romances.
- Nada menos que 100 mil pessoas se alinharam nas ruas de Wellington, Nova Zelândia, para a estreia do longa-metragem. O número representa aproximadamente um quarto da população da cidade.
- O “óleo” que Denethor (John Noble) joga sobre si mesmo e sobre o filho, Faramir (David Wenham), foi feito a partir de uma combinação de água e glicerina, para dar o efeito brilhante apropriado. Por molhar as perucas e os figurinos, a cena foi rodada em apenas uma tomada.
- Jackson e sua equipe técnica e criativa tiveram um cuidado especial para garantir que a destruição da torre de Sauron em Barad-dûr não resoasse similar à recente queda das Torres Gêmeas. Por essa razão, ela se desintegra do chão para cima – e o som foi feito com vidros quebrados, para não parecer que estivesse explodindo.
- Os retratos dos créditos finais de cada ator e atriz principal aparecendo ao lado dos respectivos nomes foi ideia de McKellen (Gandalf). Os rascunhos foram criados pelo designer de produção Alan Lee, a partir de fotos da produção – ainda que o que vemos no filme é uma amálgama entre os rascunhos e a fotografia original.