quarta-feira , 20 novembro , 2024

‘Curtindo a Vida Adoidado’ | Saiba como foi feito o desfile mais famoso do cinema

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Considerado um dos maiores clássicos dos anos 80, Curtindo a Vida Adoidado conta a história de Ferris Bueller (Matthew Broderick), que mata aula para curtir um dia inesquecível com seus amigos. Esse filme conseguiu passar as últimas três décadas dialogando com diferentes gerações de jovens, o que explica a popularidade do longa até os dias de hoje. E uma das sequências mais memoráveis dessa história é a parada ao som de Twist and Shout, dos Beatles, que foi tão grandiosa e épica que merece uma matéria especial só para falar sobre as curiosidades dos bastidores.



 

Escolhida a dedo

Apesar de nunca ter virado CD para venda, um dos pontos altos do filme é a trilha sonora. Ela foi pessoalmente escolhida por John Hughes, incluindo “Twist and Shout”, que queria trazer uma sensação de novidade para o filme e queria que as canções dialogassem perfeitamente com o que ele pensava para a história. Assim, ele apostou no hit dos Beatles para fazer o povo da rua não se controlar e embarcar na parada junto com Ferris e seus amigos. Quem não gostou nem um pouco disso foram os Beatles. Como a cena adicionou alguns instrumentos que não estavam na música original, eles ficaram revoltados com a “deturpação” da canção. Em entrevista ao Yahoo, o supervisor musical do filme, Tarquin Gotch, contou que: “No filme, você vê Ferris com uma banda de instrumentos de sopro no desfile. E a música original não conta com instrumentos de sopro. Os Beatles ficaram furiosos com a gente porque nós adicionamos coisas à música deles para encaixar no nosso filme”.

 

Com o povo

Falando em “embarcar na parada”, algumas das cenas do pessoal dançando, as que parecem mais espontâneas, não foram programadas. Por exemplo, os limpadores de janelas e os operários na obra que aparecem fazendo seus passinhos engraçados só estavam trabalhando enquanto a cena era rodada, não resistiram à música e caíram na dança. Eles chamaram a atenção de John Hughes, que não se conteve e começou a filmá-los. Agora, na cena da escada, em que alguns outros trabalhadores aparecem dançando, teve uma coreografia especial toda baseada em Thriller, do Michael Jackson.

 

The Start of Something New

Claro que uma cena desse tamanho não poderia ser feita apenas no improviso. Para isso, Hughes convocou Kenny Ortega para planejar os passos de dança do filme. Posteriormente, ele ganharia muita fama por cuidar das coreografias de Dirty Dancing: Ritmo Quente (1987), coreografar turnês do Michael Jackson e por dirigir o fenômeno jovem dos anos 2000, High School Musical (2006).

Ortega sofreu com o protagonista nessa sequência, porque ele tinha planejado uma dança cheia de giros e passos elaborados, mas Matthew Broderick acabou lesionando o joelho durante as gravações da cena em que ele corre pelos jardins e ficou pavoroso tentando repetir os passos. Então, o diretor falou para Matthew esquecer a coreografia e fazer o que conseguisse, contanto que parecessem passos bagunçados de um jovem. No final das contas, o diretor acabou adotando a estrutura básica da coreografia de Ortega, mas usou muitas danças improvisadas porque gostou da sensação caótica que deram para a cena.

 

Parada real

E esse caos que Hughes tanto gostou veio de um desfile real. As cenas principais foram gravadas durante a Parada do Dia de Von Steuben, em Chicago. Segundo o diretor, muitas das cenas foram reações espontâneas das pessoas que foram assistir ao desfile e do elenco que reagiu ao calor do público. “Ninguém sabia o que era aquilo [que estávamos filmando], nem mesmo o governador”, explicou John Hughes.

Lá vou eu!

Essa declaração do diretor de que nem mesmo o governador sabia é meio polêmica, porque a cena foi gravada em dois finais de semana diferentes. O primeiro foi realmente uma surpresa, em que ninguém sabia muito bem o que estava acontecendo e o diretor conseguiu gravar grande parte da sequência em meio ao desfile. No entanto, para o segundo final de semana, quando eles foram concluir a filmagem, as rádios anunciaram que John Hughes ia gravar um filme no centro de Chicago, e como ele já era um fenômeno na época, isso atraiu milhares de pessoas para avenida, permitindo que ele fizesse várias tomadas da reação feliz do povo de aparecer na produção.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Escolhida a dedo

Apesar de nunca ter virado CD para venda, um dos pontos altos do filme é a trilha sonora. Ela foi pessoalmente escolhida por John Hughes, incluindo “Twist and Shout”, que queria trazer uma sensação de novidade para o filme e queria que as canções dialogassem perfeitamente com o que ele pensava para a história. Assim, ele apostou no hit dos Beatles para fazer o povo da rua não se controlar e embarcar na parada junto com Ferris e seus amigos. Quem não gostou nem um pouco disso foram os Beatles. Como a cena adicionou alguns instrumentos que não estavam na música original, eles ficaram revoltados com a “deturpação” da canção. Em entrevista ao Yahoo, o supervisor musical do filme, Tarquin Gotch, contou que: “No filme, você vê Ferris com uma banda de instrumentos de sopro no desfile. E a música original não conta com instrumentos de sopro. Os Beatles ficaram furiosos com a gente porque nós adicionamos coisas à música deles para encaixar no nosso filme”.

 

Com o povo

Falando em “embarcar na parada”, algumas das cenas do pessoal dançando, as que parecem mais espontâneas, não foram programadas. Por exemplo, os limpadores de janelas e os operários na obra que aparecem fazendo seus passinhos engraçados só estavam trabalhando enquanto a cena era rodada, não resistiram à música e caíram na dança. Eles chamaram a atenção de John Hughes, que não se conteve e começou a filmá-los. Agora, na cena da escada, em que alguns outros trabalhadores aparecem dançando, teve uma coreografia especial toda baseada em Thriller, do Michael Jackson.

 

The Start of Something New

Claro que uma cena desse tamanho não poderia ser feita apenas no improviso. Para isso, Hughes convocou Kenny Ortega para planejar os passos de dança do filme. Posteriormente, ele ganharia muita fama por cuidar das coreografias de Dirty Dancing: Ritmo Quente (1987), coreografar turnês do Michael Jackson e por dirigir o fenômeno jovem dos anos 2000, High School Musical (2006).

Ortega sofreu com o protagonista nessa sequência, porque ele tinha planejado uma dança cheia de giros e passos elaborados, mas Matthew Broderick acabou lesionando o joelho durante as gravações da cena em que ele corre pelos jardins e ficou pavoroso tentando repetir os passos. Então, o diretor falou para Matthew esquecer a coreografia e fazer o que conseguisse, contanto que parecessem passos bagunçados de um jovem. No final das contas, o diretor acabou adotando a estrutura básica da coreografia de Ortega, mas usou muitas danças improvisadas porque gostou da sensação caótica que deram para a cena.

 

Parada real

E esse caos que Hughes tanto gostou veio de um desfile real. As cenas principais foram gravadas durante a Parada do Dia de Von Steuben, em Chicago. Segundo o diretor, muitas das cenas foram reações espontâneas das pessoas que foram assistir ao desfile e do elenco que reagiu ao calor do público. “Ninguém sabia o que era aquilo [que estávamos filmando], nem mesmo o governador”, explicou John Hughes.

Lá vou eu!

Essa declaração do diretor de que nem mesmo o governador sabia é meio polêmica, porque a cena foi gravada em dois finais de semana diferentes. O primeiro foi realmente uma surpresa, em que ninguém sabia muito bem o que estava acontecendo e o diretor conseguiu gravar grande parte da sequência em meio ao desfile. No entanto, para o segundo final de semana, quando eles foram concluir a filmagem, as rádios anunciaram que John Hughes ia gravar um filme no centro de Chicago, e como ele já era um fenômeno na época, isso atraiu milhares de pessoas para avenida, permitindo que ele fizesse várias tomadas da reação feliz do povo de aparecer na produção.

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