Contando com um extenso catálogo de longas-metragens, o MUBI é um dos serviços de streaming de maior prestígio da atualidade – e, até hoje, não tem o reconhecimento que tem por trazer produções mais “complexas”, por assim dizer.
A plataforma não conta apenas com dramas premiados e intrincados, mas com uma variedade considerável de gêneros, incluindo o fantástico – oferecendo obras mais antigas que marcaram época e que influenciaram gerações e mais gerações de cineastas e artistas.
Pensando nisso, preparamos uma breve lista com cinco filmes de fantasia clássicos para você conferir no serviço.
Veja abaixo as nossas escolhas:
NOSFERATU (1922)
Direção: F.W. Murnau
Um dos mais famosos títulos da icônica escola cinematográfica conhecida como expressionismo alemão é ‘Nosferatu’. Dirigido por F.W. Murnau e inspirado no romance gótico ‘Drácula’, de Bram Stoker, o filme estendeu influência para nomes como Alfred Hitchcock e Guillermo del Toro. A história gira em torno de um corretor de imóveis chamado Hutter (Gustav von Wangenheim) que precisa vender um castelo cujo proprietário é o excêntrico conde Graf Orlock (Max Schreck). O conde, na verdade, é um vampiro milenar que espalha o terror na região de Bremen, na Alemanha e se interessa por Ellen, a mulher de Hutter.
METRÓPOLIS (1927)
Direção: Fritz Lang
‘Metrópolis’ é considerado uma das maiores produções da história do cinema e um dos principais títulos do expressionismo alemão – além de ter fornecido os primeiros elementos do gênero sci-fi. Ambientada na cidade futurística de Metrópolis, a trama acompanha uma população que se divide em dois patamares. No primeiro, uma elite dominante aproveita os prazeres da vida, enquanto os trabalhadores que mantém a cidade funcionando lutam para sobreviver no subterrâneo. Quando Freder, o filho do Senhor da grande Metrópolis e habitante do primeiro andar, se apaixona por Maria, considerada uma figura santa no subterrâneo, o rapaz descobre as péssimas condições às quais os trabalhadores são submetidos – dando origem a uma insurreição revolucionária.
A BELA E A FERA (1946)
Direção: Jean Cocteau
Antes mesmo da Walt Disney Studios entregar uma das melhores animações de seu império com o título de 1991 (que inclusive conquistou uma indicação ao Oscar de Melhor Filme), ‘A Bela e a Fera’ ganhou uma adaptação em live-action pelas mãos de Jean Cocteau em 1946. A trama é centrada em Adélaïde, Bela, Félicie e Ludovic, irmãos de uma família à beira da ruína. Certa noite, o pai está andando perdido por uma floresta e acaba procurando refúgio em um castelo fantástico, onde vive uma fera terrível. Quando seu pai rouba uma rosa do castelo, Bela é obrigada a morar com a fera.
O SÉTIMO SELO (1957)
Direção: Ingmar Bergman
Poucos filmes carregam o extenso legado no cenário audiovisual como ‘O Sétimo Selo’. Responsável por calcar a imagem da Morte como uma misteriosa figura encapuzada que joga xadrez com os mortais (e que foi adotada até mesmo por Maurício de Sousa nos quadrinhos da Turma da Mônica Jovem), a trama é centrada em um cavaleiro que retorna das Cruzadas após uma década de luta e encontra o país devastado pela Peste Negra. Sua fé em Deus é sensivelmente abalada e, enquanto reflete sobre o significado da vida, a Morte surge à sua frente querendo levá-lo, pois chegou sua hora. Objetivando ganhar tempo, convida-a para um jogo de xadrez que decidirá se ele parte com ela ou não. Tudo depende da sua vitória no jogo e a Morte concorda com o desafio, já que não perde nunca.
BRAZIL, O FILME (1985)
Direção: Terry Gilliam
O insano e absurdo longa-metragem ‘Brazil, o Filme’ eternizou a carreira de Terry Gilliam da maneira mais inesperada possível – e sua influência pôde ser vista na carreira de Zack Snyder, por exemplo. O filme é centrado em Sam Lowry, um burocrata de baixo escalão que tenta encontrar uma mulher que aparece em seus sonhos enquanto ele trabalha em um emprego entorpecente e mora em um pequeno apartamento, ambientado em um mundo distópico em que há um excesso de dependência de máquinas mal conservadas (e bastante caprichosas). A trama explora temas como tecnocracia, hiper-consumismo, estatismo corporativo, capitalismo predatório e burocracia, trazendo menções ao clássico romance ‘1984’, de George Orwell.