domingo , 22 dezembro , 2024

Distribuidora do documentário ‘A Juíza’ fala da importância do filme no Brasil

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A estreia do documentário ‘A Juíza’ no Brasil ocorreu no último dia 23 de maio em salas de cinema de várias capitais do país. Com duas indicações ao Oscar 2019 (Melhor Documentário e Melhor Canção Original), o longa, que conta com muita sensibilidade a trajetória de vida e de carreira da juíza Ruth Bader Ginsburg (RBG), um dos maiores nomes do Direito nos Estados Unidos, aponta como ela se tornou uma referência para estudantes de Direito do mundo inteiro.

Para falar sobre a importância do filme no Brasil, Luana Lobo, da distribuidora FLOW, conversou com o CinePOP e contou como filmes como esse ajudam a construir um público crítico em nosso país.



 Considerando que o Brasil é um dos países com uma das maiores taxas de feminicídio do mundo, qual a importância de distribuir esse documentário no país?

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As lutas pela equidade de gênero mostram como as transformações estruturais da sociedade ainda são um grande desafio global. Em momentos de polarizações e recessos, é muito importante fomentar narrativas propositivas capazes de trazer olhares que nos inspiram a construir um futuro melhor, mais justo, seguro e feliz para todas as pessoas.

A trajetória da RBG é um exemplo lindo de força e resiliência. É um convite que fortalece a empatia e humanização, com reflexões que incentivam a transformação social por meio do diálogo.

 

Os primeiros dias de exibição foram gratuitos em diversas cidades do país. O que fez a Flow optar por essa exibição gratuita e quais os objetivos que pretendem alcançar com essa ação?

O cenário cultural no Brasil é bastante desafiador, principalmente quando pensamos nas condições de acesso do público: o parque exibidor ainda é pequeno no país, já que dados do IBGE e da Ancine mostram que apenas 7% das cidades possuem cinemas. Além disso, a média de preço dos ingressos não é acessível para a maioria dos brasileiros. E quando olhamos para um recorte mais específico, como o consumo de documentários no país, vemos que existe uma média de oferta e audiência consideravelmente menor, quando comparada a outros gêneros.

Percebemos, então, que investir na democratização cultural no Brasil é uma maneira de potencializar o exercício da cidadania, disponibilizando meios que expandem as possibilidades de acesso do público à produções diversificadas, o que também aumenta o poder de escolha do que consumir e onde consumir. Esse olhar permite criar uma rede de apoio entre organizações, marcas e ONGs para  fomentar esse tipo de iniciativa, que busca aproximar diversos públicos para além das barreiras sociais, com o objetivo de expandir o alcance de histórias inspiradoras de causas urgentes no Brasil e também na América Latina.

Estamos em um momento propício para pensar em oportunidades de mudanças sociais e o caráter inclusivo e democrático, e a multiplataforma é um caminho para construir novas audiências para filmes com temáticas sociais, em sinergia com campanhas de impacto e engajamento em uma cauda longa da estratégia de distribuição.

 

 ‘A Juíza’ é o primeiro filme distribuído sob o novo selo, o Believe Films. Quais os novos títulos que a Flow pretende distribuir? Algum brasileiro incluído?

O Believe Films é inspirado em estudos que apontam que informações propositivas geram motivação para contribuir com um futuro melhor e possível. Queremos reunir nesse selo um tipo de entretenimento que nutre a empatia, a resiliência, a sabedoria e a criatividade que precisamos para agir. Nosso objetivo é que essas narrativas ampliem a possibilidade e a coragem de sonhar de cada um.

Lançaremos no segundo semestre outro documentário da Participant Media, ‘Longe da Árvore’, baseado no premiado livro ‘Longe da Árvore: pais, filhos e a busca da identidade’, de Andrew Solomon. O filme traz um olhar sensível sobre a família em que nascemos e a família que construímos, numa jornada de afeto das relações humanas.

Além do dois títulos estrangeiros nossa curadoria contará com um documentário brasileiro da Maria Farinha Filmes, que busca compartilhar os benefícios da relação da criança com a natureza para o desenvolvimento pleno das infâncias e para a conservação do planeta.

https://cinepop.com.br/critica-a-juiza-indicado-ao-oscar-traz-a-verdadeira-historia-de-ruth-bader-ginsburg-212346

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Distribuidora do documentário ‘A Juíza’ fala da importância do filme no Brasil

A estreia do documentário ‘A Juíza’ no Brasil ocorreu no último dia 23 de maio em salas de cinema de várias capitais do país. Com duas indicações ao Oscar 2019 (Melhor Documentário e Melhor Canção Original), o longa, que conta com muita sensibilidade a trajetória de vida e de carreira da juíza Ruth Bader Ginsburg (RBG), um dos maiores nomes do Direito nos Estados Unidos, aponta como ela se tornou uma referência para estudantes de Direito do mundo inteiro.

Para falar sobre a importância do filme no Brasil, Luana Lobo, da distribuidora FLOW, conversou com o CinePOP e contou como filmes como esse ajudam a construir um público crítico em nosso país.

 Considerando que o Brasil é um dos países com uma das maiores taxas de feminicídio do mundo, qual a importância de distribuir esse documentário no país?

As lutas pela equidade de gênero mostram como as transformações estruturais da sociedade ainda são um grande desafio global. Em momentos de polarizações e recessos, é muito importante fomentar narrativas propositivas capazes de trazer olhares que nos inspiram a construir um futuro melhor, mais justo, seguro e feliz para todas as pessoas.

A trajetória da RBG é um exemplo lindo de força e resiliência. É um convite que fortalece a empatia e humanização, com reflexões que incentivam a transformação social por meio do diálogo.

 

Os primeiros dias de exibição foram gratuitos em diversas cidades do país. O que fez a Flow optar por essa exibição gratuita e quais os objetivos que pretendem alcançar com essa ação?

O cenário cultural no Brasil é bastante desafiador, principalmente quando pensamos nas condições de acesso do público: o parque exibidor ainda é pequeno no país, já que dados do IBGE e da Ancine mostram que apenas 7% das cidades possuem cinemas. Além disso, a média de preço dos ingressos não é acessível para a maioria dos brasileiros. E quando olhamos para um recorte mais específico, como o consumo de documentários no país, vemos que existe uma média de oferta e audiência consideravelmente menor, quando comparada a outros gêneros.

Percebemos, então, que investir na democratização cultural no Brasil é uma maneira de potencializar o exercício da cidadania, disponibilizando meios que expandem as possibilidades de acesso do público à produções diversificadas, o que também aumenta o poder de escolha do que consumir e onde consumir. Esse olhar permite criar uma rede de apoio entre organizações, marcas e ONGs para  fomentar esse tipo de iniciativa, que busca aproximar diversos públicos para além das barreiras sociais, com o objetivo de expandir o alcance de histórias inspiradoras de causas urgentes no Brasil e também na América Latina.

Estamos em um momento propício para pensar em oportunidades de mudanças sociais e o caráter inclusivo e democrático, e a multiplataforma é um caminho para construir novas audiências para filmes com temáticas sociais, em sinergia com campanhas de impacto e engajamento em uma cauda longa da estratégia de distribuição.

 

 ‘A Juíza’ é o primeiro filme distribuído sob o novo selo, o Believe Films. Quais os novos títulos que a Flow pretende distribuir? Algum brasileiro incluído?

O Believe Films é inspirado em estudos que apontam que informações propositivas geram motivação para contribuir com um futuro melhor e possível. Queremos reunir nesse selo um tipo de entretenimento que nutre a empatia, a resiliência, a sabedoria e a criatividade que precisamos para agir. Nosso objetivo é que essas narrativas ampliem a possibilidade e a coragem de sonhar de cada um.

Lançaremos no segundo semestre outro documentário da Participant Media, ‘Longe da Árvore’, baseado no premiado livro ‘Longe da Árvore: pais, filhos e a busca da identidade’, de Andrew Solomon. O filme traz um olhar sensível sobre a família em que nascemos e a família que construímos, numa jornada de afeto das relações humanas.

Além do dois títulos estrangeiros nossa curadoria contará com um documentário brasileiro da Maria Farinha Filmes, que busca compartilhar os benefícios da relação da criança com a natureza para o desenvolvimento pleno das infâncias e para a conservação do planeta.

https://cinepop.com.br/critica-a-juiza-indicado-ao-oscar-traz-a-verdadeira-historia-de-ruth-bader-ginsburg-212346

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Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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