quarta-feira , 20 novembro , 2024

‘Drácula, Morto mas Feliz’, ‘Top Gang!’ e os Melhores Filmes-Paródia dos Anos 90

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Determinar exatamente onde determinado subgênero do cinema nasceu é uma tarefa, muitos diriam, quase impossível. Isso porque rastrear o filme responsável por uma tendência que veio a se tornar um movimento pode ser algo subjetivo. Veja o caso com os filmes de terror slasher, por exemplo. Há quem aponte para Black Christmas ou O Massacre da Serra Elétrica, ambos de 1974, com outros indo ainda mais longe, lá de volta para 1960 onde foram lançados A Tortura do Medo e Psicose. O que podemos de fato afirmar neste caso, é que sua popularidade atingiu novo patamar após o lançamento de Halloween – A Noite do Terror (1978), um verdadeiro divisor de águas.

Com os filmes-paródia acontece o mesmo. E se Halloween mudou o jogo para os slasher, é seguro dizer que Apertem os Cintos, O Piloto Sumiu (1980) o fez para este subgênero cômico. No ano anterior, no entanto, ninguém menos que Steven Spielberg lançava sua comédia nonsense 1941: Uma Guerra Muito Louca, sátira dos clássicos filmes de Segunda Guerra Mundial, que logo caiu na obscuridade. Voltando ainda mais no tempo, podemos citar o cineasta Mel Brooks como um dos “pais” do subgênero, em filmes como O Jovem Frankenstein (1974), paródia do livro clássico de Mary Shelley, e Alta Ansiedade (1977), paródia dos filmes de Hitchcock. O diretor, é claro, seguiria com esta pegada por toda a sua carreira.



Mesmo exibindo bons exemplares pelos anos 1980, foi na década seguinte o verdadeiro boom das produções que visavam unicamente “homenagear” tirando um baita sarro com alguns filmes bem populares de anos anteriores. Hoje, esta fórmula está mais do que desgastada, tendo gerado na década de 2000 obras realmente execráveis e o pior: cada vez mais sem graça. Assim, resolvemos revisitar com você a chamada “era de ouro” deste estilo de filme antes de seu declínio. Vem com a gente e não esqueça de comentar quais conhece, já assistiu e os seus preferidos. Confira abaixo.

Top Gang! Ases Muito Loucos

O filme mais famoso do período, é também o único que gerou uma continuação. Lançado em 1991, a paródia principal aqui é, obviamente, do blockbuster Top Gun – Ases Indomáveis (1986) – cuja sequência tardia estreia este ano. O “amoral” Charlie Sheen é o Tom Cruise da vez no papel de Topper Harley, um piloto destemido da marinha. Dirigido por Jim Abrahams, o filme ainda tira sarro de 9 ½ Semanas de Amor (1986), Susie e os Baker Boys (1989), Dança com Lobos (1990), Maratona da Morte (1976), Rocky – Um Lutador (1976), Superman – O Filme (1978) e o cancelado …E o Vento Levou (1939).

Top Gang 2! A Missão

Dois anos depois e Jim Abrahams ao lado de seu elenco (Charlie Sheen, Lloyd Bridges e Valeria Golino) retornavam para a sequência, que deixava Top Gun quieto e “pegava para Cristo” a franquia Rambo, em especial o segundo (1985) e terceiro filmes (1988). Entre as novas produções zoadas estavam Apocalypse Now (1979), A Dama e o Vagabundo (1955) e Instinto Selvagem (1992). Uma pena que a parte três nunca tenha acontecido.

A Louca, Louca História de Robin Hood

No mesmo ano do item acima, o veterano Mel Brooks voltava à suas paródias com uma sátira aos clássicos filmes de Robin Hood, um dos maiores e mais antigos heróis da sétima arte. Ou quem sabe o diretor apenas quisesse capitalizar em cima do sucesso recente de Robin Hood – O Príncipe dos Ladrões, blockbuster protagonizado por Kevin Costner dois anos antes. Cary Elwes é quem protagoniza na pele do arqueiro que roubava dos ricos para dar aos pobres.

Drácula, Morto mas Feliz

Dois anos depois de Robin Hood, Mel Brooks entregava este que se tornaria seu último trabalho como diretor. Outro grande clássico do cinema e literatura cairia na mira do cineasta aqui: o vampiro Drácula, criado pelo autor Bram Stoker. E de forma bem propícia, já que três anos antes, Drácula de Bram Stoker, de Francis Ford Coppola, havia causado comoção se tornando um sucesso. A comédia também marca a única parceria de duas lendas do subgênero: Mel Brooks e o ator Leslie Nielsen.

A Repossuída

Por falar em Leslie Nielsen, o ator encabeça o elenco desta paródia de O Exorcista (1973) no papel do padre responsável pela expulsão do “coisa ruim”. Embora não tenha se tornado um filme muito popular, com alguns sequer conhecendo sua existência, A Repossuída guarda algumas curiosidades. A primeira é que traz a própria Linda Blair, a menininha do filme original (e que também participou da continuação de 1977), como a mulher “repossuída” pelo demônio do título. E segundo, é que esta paródia foi lançada apenas um mês depois que O Exorcista III chegou aos cinemas em 1990.

Duro de Espiar

Aqui temos outro veículo para o humorista grisalho Leslie Nielsen, que ficaria preso a este tipo de filme devido ao sucesso da franquia Corra que a Polícia Vem Aí. Na década de 1990, o ator trabalhou como nunca no subgênero, inclusive nas duas continuações da franquia citada. Neste longa lançado em 1996, cujo título deixa claro, tira sarro de Duro de Matar (o terceiro filme havia sido lançado no ano anterior) e filmes de espionagem no estilo 007. Além destes, Duro de Espiar ainda parodia Pulp Fiction e True Lies, por exemplo.

O Foragido

Dois anos depois e Leslie Nielsen estava de volta para ainda outra paródia de um filme de ação, este obviamente tendo como principal alvo o sucesso indicado ao Oscar O Fugitivo, com Harrison Ford. O problema? A sacada por trás de tal subgênero é correr para satirizar uma obra que se encontra popular, brincando com seus elementos ainda muito frescos na memória do público. Aqui, porém, haviam passado nada menos do que cinco anos entre o lançamento de O Fugitivo e este O Foragido, que ainda “imita” Titanic (1997) e Missão: Impossível (1996).

Máquina Quase Mortífera

Até mesmo o famoso buddy cop movie Máquina Mortífera virou alvo dos spoof (como são chamadas as paródias nos EUA). Os três filmes da franquia (já que o quarto ainda não havia sido lançado) são satirizados nesta comédia de 1993, que trouxe ninguém menos que Samuel L. Jackson em início de carreira para o papel imortalizado por Danny Glover. Já Riggs/Mel Gibson ganhou as formas de Emilio Estevez no escracho. A ideia, seguindo a linha de Top Gang era por uma franquia – como aponta o título original Loaded Weapon 1 (ou seria esta apenas mais uma gag?). O filme também tira sarro de O Silêncio dos Inocentes, Instinto Selvagem e traz até mesmo uma ponta de Bruce Willis “reprisando” seu papel de Duro de Matar.

Distração Fatal

Por falar em Instinto Selvagem e O Silêncio dos Inocentes, estes foram dois dos filmes mais satirizados, homenageados e imitados do início da década de 90. E é justamente o primeiro citado que se torna alvo como carro-chefe deste filme-paródia lançado também em 1993. Tirando uma com a cara dos filmes policiais noir de detetives e mulheres fatais, Distração Fatal (Fatal Instinct) tem direção do saudoso Carl Reiner e traz o indicado ao Globo de Ouro descendente de italiano Armad Assante como o protagonista. Sean Young e Sherilyn Fenn (recém-saída do sucesso de Twin Peaks) coadjuvam. Chinatown, Atração Fatal e Cabo do Medo também entram em cena nesta comédia.

Loucos, Birutas e Debilóides

Perdendo um pouco o timing para sua sátira – que, como dito, é muito importante para filmes assim – esta produção… pasmem, italiana chega três anos depois de seu principal alvo, o thriller vencedor do Oscar O Silêncio dos Inocentes. Apesar do país de origem, o filme é falado em inglês e traz como protagonistas o icônico astro B Billy Zane e o humorista Dom DeLuise. Existe um motivo, no entanto, para este ser um dos menos conhecidos do pacote, sua falta de inspiração. Para termos uma ideia, Zane interpreta o agente Jo Dee Foster e DeLuise é o Dr. Animal Cannibal Pizza. Sentiram o drama? Ah, o clássico Psicose também entra na dança aqui.

Máfia!

No fim da década de 90 tais filmes já haviam perdido grande parte de seu gás, assim os exemplares que ganhávamos estavam cada vez piores. Aqui, sequer o esforço de um grande nome do gênero se mostra válido, já que no comando temos Jim Abrahams, um dos “pais” de tais filmes, responsável por Apertem os Cintos…, Top Secret e Top Gang. Além disso, no elenco desfilam famosos como Christina Applegate e o veterano Lloyd Bridges em seu último trabalho nas telas. O foco deste longa de 1998 são os filmes de máfia, vide O Poderoso Chefão, e as produções de Scorsese e De Palma. Mas na tradução do título para português, até mesmo a sacada irônica do original, Jane Austen’s Mafia!, se perdeu.

Uma Escola Muito Doida

Os filmes-paródia também servem para enfatizar tendências – ou seja, os tipos de filme que terminam gerando subgêneros. Em meados da década de 90, os filmes de “escolas barra-pesada” voltaram à tona servidos principalmente pelo sucesso de Mentes Perigosas (1995), com Michelle Pfeiffer. E esse é justamente o principal alvo do humor deste Uma Escola Muito Doida, sobre um professor (Jon Lovitz) colidindo com seus alunos problemáticos a fim de lhes proporcionar uma boa educação em uma escola pública. Por esta premissa já deu para sentir a pegada deste longa de 1996.

Vizinhança do Barulho

Também no ano de 1996, esta paródia serviria de embrião para Todo Mundo em Pânico (2000) – que tentaria ressuscitar o subgênero na década seguinte. Acontece que aqui temos roteiro dos irmãos Wayans, Marlon e Shawn, e o protagonismo dos dois também – que depois seguiriam para As Branquelas (2004) e O Pequenino (2006). Pegando a linha dos dramas sociais representativos, esta paródia satiriza de tudo desde Os Donos da Rua (1991) e South Central: O Bairro Proibido (1992) até Uma Questão de Respeito (1992), Perigo para a Sociedade (1993) e Duro Aprendizado (1995). E o faz já em seu título original extremamente longo (talvez um dos maiores da história): “Don´t Be a Menace to South Central While Drinking your Juice in the Hood”.

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Determinar exatamente onde determinado subgênero do cinema nasceu é uma tarefa, muitos diriam, quase impossível. Isso porque rastrear o filme responsável por uma tendência que veio a se tornar um movimento pode ser algo subjetivo. Veja o caso com os filmes de terror slasher, por exemplo. Há quem aponte para Black Christmas ou O Massacre da Serra Elétrica, ambos de 1974, com outros indo ainda mais longe, lá de volta para 1960 onde foram lançados A Tortura do Medo e Psicose. O que podemos de fato afirmar neste caso, é que sua popularidade atingiu novo patamar após o lançamento de Halloween – A Noite do Terror (1978), um verdadeiro divisor de águas.

Com os filmes-paródia acontece o mesmo. E se Halloween mudou o jogo para os slasher, é seguro dizer que Apertem os Cintos, O Piloto Sumiu (1980) o fez para este subgênero cômico. No ano anterior, no entanto, ninguém menos que Steven Spielberg lançava sua comédia nonsense 1941: Uma Guerra Muito Louca, sátira dos clássicos filmes de Segunda Guerra Mundial, que logo caiu na obscuridade. Voltando ainda mais no tempo, podemos citar o cineasta Mel Brooks como um dos “pais” do subgênero, em filmes como O Jovem Frankenstein (1974), paródia do livro clássico de Mary Shelley, e Alta Ansiedade (1977), paródia dos filmes de Hitchcock. O diretor, é claro, seguiria com esta pegada por toda a sua carreira.

Mesmo exibindo bons exemplares pelos anos 1980, foi na década seguinte o verdadeiro boom das produções que visavam unicamente “homenagear” tirando um baita sarro com alguns filmes bem populares de anos anteriores. Hoje, esta fórmula está mais do que desgastada, tendo gerado na década de 2000 obras realmente execráveis e o pior: cada vez mais sem graça. Assim, resolvemos revisitar com você a chamada “era de ouro” deste estilo de filme antes de seu declínio. Vem com a gente e não esqueça de comentar quais conhece, já assistiu e os seus preferidos. Confira abaixo.

Top Gang! Ases Muito Loucos

O filme mais famoso do período, é também o único que gerou uma continuação. Lançado em 1991, a paródia principal aqui é, obviamente, do blockbuster Top Gun – Ases Indomáveis (1986) – cuja sequência tardia estreia este ano. O “amoral” Charlie Sheen é o Tom Cruise da vez no papel de Topper Harley, um piloto destemido da marinha. Dirigido por Jim Abrahams, o filme ainda tira sarro de 9 ½ Semanas de Amor (1986), Susie e os Baker Boys (1989), Dança com Lobos (1990), Maratona da Morte (1976), Rocky – Um Lutador (1976), Superman – O Filme (1978) e o cancelado …E o Vento Levou (1939).

Top Gang 2! A Missão

Dois anos depois e Jim Abrahams ao lado de seu elenco (Charlie Sheen, Lloyd Bridges e Valeria Golino) retornavam para a sequência, que deixava Top Gun quieto e “pegava para Cristo” a franquia Rambo, em especial o segundo (1985) e terceiro filmes (1988). Entre as novas produções zoadas estavam Apocalypse Now (1979), A Dama e o Vagabundo (1955) e Instinto Selvagem (1992). Uma pena que a parte três nunca tenha acontecido.

A Louca, Louca História de Robin Hood

No mesmo ano do item acima, o veterano Mel Brooks voltava à suas paródias com uma sátira aos clássicos filmes de Robin Hood, um dos maiores e mais antigos heróis da sétima arte. Ou quem sabe o diretor apenas quisesse capitalizar em cima do sucesso recente de Robin Hood – O Príncipe dos Ladrões, blockbuster protagonizado por Kevin Costner dois anos antes. Cary Elwes é quem protagoniza na pele do arqueiro que roubava dos ricos para dar aos pobres.

Drácula, Morto mas Feliz

Dois anos depois de Robin Hood, Mel Brooks entregava este que se tornaria seu último trabalho como diretor. Outro grande clássico do cinema e literatura cairia na mira do cineasta aqui: o vampiro Drácula, criado pelo autor Bram Stoker. E de forma bem propícia, já que três anos antes, Drácula de Bram Stoker, de Francis Ford Coppola, havia causado comoção se tornando um sucesso. A comédia também marca a única parceria de duas lendas do subgênero: Mel Brooks e o ator Leslie Nielsen.

A Repossuída

Por falar em Leslie Nielsen, o ator encabeça o elenco desta paródia de O Exorcista (1973) no papel do padre responsável pela expulsão do “coisa ruim”. Embora não tenha se tornado um filme muito popular, com alguns sequer conhecendo sua existência, A Repossuída guarda algumas curiosidades. A primeira é que traz a própria Linda Blair, a menininha do filme original (e que também participou da continuação de 1977), como a mulher “repossuída” pelo demônio do título. E segundo, é que esta paródia foi lançada apenas um mês depois que O Exorcista III chegou aos cinemas em 1990.

Duro de Espiar

Aqui temos outro veículo para o humorista grisalho Leslie Nielsen, que ficaria preso a este tipo de filme devido ao sucesso da franquia Corra que a Polícia Vem Aí. Na década de 1990, o ator trabalhou como nunca no subgênero, inclusive nas duas continuações da franquia citada. Neste longa lançado em 1996, cujo título deixa claro, tira sarro de Duro de Matar (o terceiro filme havia sido lançado no ano anterior) e filmes de espionagem no estilo 007. Além destes, Duro de Espiar ainda parodia Pulp Fiction e True Lies, por exemplo.

O Foragido

Dois anos depois e Leslie Nielsen estava de volta para ainda outra paródia de um filme de ação, este obviamente tendo como principal alvo o sucesso indicado ao Oscar O Fugitivo, com Harrison Ford. O problema? A sacada por trás de tal subgênero é correr para satirizar uma obra que se encontra popular, brincando com seus elementos ainda muito frescos na memória do público. Aqui, porém, haviam passado nada menos do que cinco anos entre o lançamento de O Fugitivo e este O Foragido, que ainda “imita” Titanic (1997) e Missão: Impossível (1996).

Máquina Quase Mortífera

Até mesmo o famoso buddy cop movie Máquina Mortífera virou alvo dos spoof (como são chamadas as paródias nos EUA). Os três filmes da franquia (já que o quarto ainda não havia sido lançado) são satirizados nesta comédia de 1993, que trouxe ninguém menos que Samuel L. Jackson em início de carreira para o papel imortalizado por Danny Glover. Já Riggs/Mel Gibson ganhou as formas de Emilio Estevez no escracho. A ideia, seguindo a linha de Top Gang era por uma franquia – como aponta o título original Loaded Weapon 1 (ou seria esta apenas mais uma gag?). O filme também tira sarro de O Silêncio dos Inocentes, Instinto Selvagem e traz até mesmo uma ponta de Bruce Willis “reprisando” seu papel de Duro de Matar.

Distração Fatal

Por falar em Instinto Selvagem e O Silêncio dos Inocentes, estes foram dois dos filmes mais satirizados, homenageados e imitados do início da década de 90. E é justamente o primeiro citado que se torna alvo como carro-chefe deste filme-paródia lançado também em 1993. Tirando uma com a cara dos filmes policiais noir de detetives e mulheres fatais, Distração Fatal (Fatal Instinct) tem direção do saudoso Carl Reiner e traz o indicado ao Globo de Ouro descendente de italiano Armad Assante como o protagonista. Sean Young e Sherilyn Fenn (recém-saída do sucesso de Twin Peaks) coadjuvam. Chinatown, Atração Fatal e Cabo do Medo também entram em cena nesta comédia.

Loucos, Birutas e Debilóides

Perdendo um pouco o timing para sua sátira – que, como dito, é muito importante para filmes assim – esta produção… pasmem, italiana chega três anos depois de seu principal alvo, o thriller vencedor do Oscar O Silêncio dos Inocentes. Apesar do país de origem, o filme é falado em inglês e traz como protagonistas o icônico astro B Billy Zane e o humorista Dom DeLuise. Existe um motivo, no entanto, para este ser um dos menos conhecidos do pacote, sua falta de inspiração. Para termos uma ideia, Zane interpreta o agente Jo Dee Foster e DeLuise é o Dr. Animal Cannibal Pizza. Sentiram o drama? Ah, o clássico Psicose também entra na dança aqui.

Máfia!

No fim da década de 90 tais filmes já haviam perdido grande parte de seu gás, assim os exemplares que ganhávamos estavam cada vez piores. Aqui, sequer o esforço de um grande nome do gênero se mostra válido, já que no comando temos Jim Abrahams, um dos “pais” de tais filmes, responsável por Apertem os Cintos…, Top Secret e Top Gang. Além disso, no elenco desfilam famosos como Christina Applegate e o veterano Lloyd Bridges em seu último trabalho nas telas. O foco deste longa de 1998 são os filmes de máfia, vide O Poderoso Chefão, e as produções de Scorsese e De Palma. Mas na tradução do título para português, até mesmo a sacada irônica do original, Jane Austen’s Mafia!, se perdeu.

Uma Escola Muito Doida

Os filmes-paródia também servem para enfatizar tendências – ou seja, os tipos de filme que terminam gerando subgêneros. Em meados da década de 90, os filmes de “escolas barra-pesada” voltaram à tona servidos principalmente pelo sucesso de Mentes Perigosas (1995), com Michelle Pfeiffer. E esse é justamente o principal alvo do humor deste Uma Escola Muito Doida, sobre um professor (Jon Lovitz) colidindo com seus alunos problemáticos a fim de lhes proporcionar uma boa educação em uma escola pública. Por esta premissa já deu para sentir a pegada deste longa de 1996.

Vizinhança do Barulho

Também no ano de 1996, esta paródia serviria de embrião para Todo Mundo em Pânico (2000) – que tentaria ressuscitar o subgênero na década seguinte. Acontece que aqui temos roteiro dos irmãos Wayans, Marlon e Shawn, e o protagonismo dos dois também – que depois seguiriam para As Branquelas (2004) e O Pequenino (2006). Pegando a linha dos dramas sociais representativos, esta paródia satiriza de tudo desde Os Donos da Rua (1991) e South Central: O Bairro Proibido (1992) até Uma Questão de Respeito (1992), Perigo para a Sociedade (1993) e Duro Aprendizado (1995). E o faz já em seu título original extremamente longo (talvez um dos maiores da história): “Don´t Be a Menace to South Central While Drinking your Juice in the Hood”.

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