terça-feira, abril 30, 2024

‘O Exorcista’ | Relembre uma das mais assustadoras franquias de terror do cinema – que ganha novo filme em breve!

O Exorcista – O Devoto’ é o mais novo filme da franquia que ainda mete medo na maioria dos fãs de terror. A nova produção da Blumhouse, tem como diretor David Gordon Green, e é prometida (se não for adiada devido à greve dos atores em Hollywood) para o dia 13 de outubro deste ano (uma data bem propícia para este tipo de filme). ‘O Devoto’ é a nova colaboração entre Green e a Blumhouse, depois da bem-sucedida (em partes) trilogia ‘Halloween’. Assim como nos citados três novos filmes do maníaco Michael Myers, os realizadores optam por considerar apenas o filme original como bússola, eliminando todas as demais sequências e continuando de onde a história havia parado no clássico.

O novo filme já divulgou o seu trailer barra-pesada, onde pudemos notar que desta vez são duas meninas possuídas pelo demônio – o fato ocorre após se perderem na floresta. O longa também homenageia vários momentos do original, mas a maior conexão entre os filmes é a presença da veterana Ellen Burstyn que, aos 90 anos de idade, retorna ao papel de Chris MacNeil, a mãe da menina possuída no primeiro filme. Ela deverá ajudar as famílias das novas meninas “encapetadas” a se livrar do mal.

Os mais jovens e os desavisados talvez não saibam que a franquia ‘O Exorcista’ já lançou nada menos do que cinco filmes no cinema, além de possuir sua própria série de TV recente. A intenção dos novos realizadores sem dúvida é esticar essa nova história para continuar a franquia. Aqui, iremos dar uma olhada em todos as produções anteriores com a marca ‘O Exorcista’, além de algumas surpresas. Confira.

O Exorcista (1973)

Tudo começou aqui, neste filme tido por 9 entre 10 fãs de terror como o filme mais assustador da história do cinema. E este amigo que vos fala não poderia discordar. ‘O Exorcista’, dirigido por William Friedkin, baseado no livro de Willam Peter Blatty é mais do que um grande filme de terror: é um grande filme! A prova disso, e que talvez nem todos saibam, é que o longa foi indicado para nada menos do que 10 prêmios no Oscar, incluindo melhor filme, atriz (Ellen Burstyn), ator coadjuvante (Jason Miller), atriz coadjuvante (Linda Blair) e diretor, saindo vencedor de melhor roteiro e melhor som.

Na trama, após brincar com uma tábua ouija e falar com os espíritos, a adolescente Regan (Blair) termina invocando o demônio Pazuzu, que a possui, dando início a uma luta do bem contra o mal por sua alma. Sua mãe boêmia (Burstyn) fica desesperada e tenta tudo o que a medicina pode oferecer, mas chega à chocante conclusão que somente exorcistas podem ajudar sua filha. Assim, entram em cena o padre veterano Merrin (o excelente Max von Sydow) e o jovem padre Karras (Miller). E tome-lhe suco de abacate voando.

O Exorcista II – O Herege (1977)

O Exorcista’ é um filme perfeito. Redondinho, ele possui início, meio e fim, se encerrando de forma primorosa, sem que existisse qualquer necessidade de uma continuação. Mas, mostrando que as sequências caça-níqueis não são coisa de agora em Hollywood, os executivos da Warner viram seus olhos se transformarem em cifrões após o sucesso estrondoso do original, e quatro anos depois tiravam do papel a desnecessária e redundante continuação. O mote para o novo filme foi trazer de volta a jovem Linda Blair, que havia feito muito sucesso depois do original.

Essa é a única continuação da franquia que Linda Blair aceitou participar, bem mais ou menos, e por enquanto. Aqui, com 18 aninhos, Regan volta a ser atormentada pelo demônio que a possuiu no original. Desta vez, seu tratamento envolve a medicina moderna, confiando tanto na tecnologia avançada da psiquiatria e estudos do subconsciente quanto na fé espiritual – como no primeiro. Assim, ‘O Herege’ é uma mescla entre religião e ciência. Do lado da medicina temos a Dra. Gene Tuskin, papel da vencedora do Oscar Louise Fletcher (de ‘Um Estranho no Ninho’). Já o veterano Richard Burton (‘Cleópatra’) fica com o papel do Padre Philip Lamont. Ainda temos espaço para uma tribo africana (comandada por James Earl Jones) e gafanhotos! O segundo filme se segura bastante no uso de efeitos especiais da época.

Não deixe de assistir:

O Exorcista III (1990)

Dessa vez o criador de tudo, o autor William Peter Blatty, pegava as rédeas da franquia para si, assumindo a cadeira de direção, além de igualmente escrever o roteiro. A trama deixava de lado os personagens do original e sua continuação para contar uma história inteiramente nova. Ou pelo menos em partes. A trama principal apresenta um detetive de polícia, interpretado pelo grande George C. Scott, que ainda está obcecado com um caso envolvendo um serial killer que ficou conhecido como Gemini e aterrorizou a mesma cidade onde se passa ‘O Exorcista’ original. O psicopata foi executado, mas talvez exista mais camadas neste história do que todos possam saber, e a ligação pode estar com um preso de uma ala psiquiátrica.

O interessante em ‘O Exorcista III’ é que por mais que não tenha feito o sucesso esperado em sua época de lançamento, agora distribuído pela Fox ao invés da Warner, o terror ganhou status de cult tão grande ao longo destes anos desde seu lançamento, que hoje existe um movimento de fãs que diz que ele é melhor até mesmo que o original (podem procurar online). O que podemos dizer é que o terceiro talvez seja um terror subestimado, sem que muitos lhe deem o crédito que merece, mas definitivamente não causou o impacto cultural do primeiro.

O Exorcista – O Início (2004)

Voltando para as mãos da Warner, o estúdio resolvia investir novamente na franquia, desta vez optando por uma trama prequel, ou seja uma história que se passa antes do original e mostra a juventude do Padre Merrin, interpretado por Max von Sydow – aqui vivido por Stellan Skarsgard. Aqui vemos seu lado arqueólogo, investigando catacumbas antigas e se deparando pela primeira vez com o demônio Pazuzu, como mencionado no original. No entanto, o que talvez muitos não saibam é que nos bastidores o quarto filme ‘O Exorcista’ se tornou um verdadeiro pesadelo para a Warner e um dos filmes mais problemáticos do estúdio nestes últimos 19 anos.

O que aconteceu foi que a Warner basicamente precisou refazer o filme todo do zero. A princípio, Paul Schrader, roteirista de ‘Taxi Driver’, era o diretor dessa prequel de ‘O Exorcista’. Mas após ver o corte bruto do cineasta, os executivos do estúdio não gostaram nada do que viram e resolveram despedir o diretor e contratar Renny Harlin, um especialista em ação, para criar mais dinamismo no longa. Harlin, porém, optou por regravar basicamente o filme todo, inclusive modificando todo o elenco, reescalando certos papeis, e só mantendo o protagonista de Skarsgard.

O Exorcista – Domínio (2005)

 

Em um dos casos mais bizarros já vistos em um grande estúdio de Hollywood, a Warner ficou com dois filmes prequel de ‘O Exorcista’ empacados nas mãos. Como dito, a pré-sequência sobre a juventude do Padre Merrin tinha como diretor Paul Schrader, que foi demitindo porque o filme que estava fazendo não agradou os executivos da Warner. Assim, Renny Harlin entrou em seu lugar e refez basicamente do zero o filme. Quando lançou nos cinemas, ‘O Exorcista – O Início’ se tornou fracasso de crítica e público. Assim, os engravatados da Warner decidiram trazer Schrader de volta para ver se conseguiam salvar o projeto.

Numa verdadeira dança das cadeiras, mais assustadora do que o filme em si, Paul Schrader foi recontratado pela Warner para terminar o filme que havia começado e foi impedido de concluir. Mas isso significava para o estúdio desembolsar mais algumas dezenas de milhões de dólares para que o diretor original pudesse terminar o seu projeto. O cineasta concluiu o longa, que é mais voltado ao terror psicológico, do que o seu “rival”. Mas aí uma nova surpresa, ‘Domínio’ também não agradou, nem os críticos ou sequer o público.

O Exorcista – A Série (2016)

Indo ao ar pelo canal da Fox no dia 23 de setembro de 2016, estreava a adaptação para a TV na forma de um seriado, do clássico ‘O Exorcista’. Na trama da série, os Padres Ortega (Alfonso Herrera), Keane (Ben Daniels) e Bennett (Kurt Egyiawan) precisam lidar com estranhos acontecimentos associados a possessões demoníacas. Tudo está ligado com a figura de Angela, papel da veterana Geena Davis, e sua família. É revelado nos episódios finais que Angela na verdade era Regan, a menina vivida por Linda Blair no filme original, o que liga a trama do programa diretamente ao icônico longa.

A série ‘O Exorcista’ durou duas temporadas, até 2018, num total de 20 episódios até ser cancelada. Inicialmente, por possuir este forte elo com o filme original, o projeto era desenvolvido para ser um longa para os cinemas – que realmente continuaria o primeiro. Depois, a ideia foi remodelada para se tornar um seriado. O que nos faz pensar que a ideia talvez tenha sido reaproveitada para esta nova produção da Universal e da Blumhouse – que também é uma sequência do filme original.

Bônus: A Repossuída (1990)

Linda Blair, que vive Regan, participou do filme original, foi indicada ao Oscar por ele, e retornou para a continuação direta quatro anos depois. Depois disso a atriz nunca mais retornou ao universo de ‘O Exorcista’. Rumores apontam que a atriz fará participação em ‘O Devoto’, mas que vem sendo escondida da imprensa e dos curiosos para causar surpresa. Bem, mas ao voltamos trinta e três anos no passado perceberemos que Blair havia ao menos brincado com sua personagem e com tal universo no filme paródia ‘A Repossuída’.

Imagine a mistura entre ‘O Exorcista’ e ‘Corra que a Polícia Vem Aí!’. É exatamente isto que ganhamos neste filme nonsense, que traz o saudoso Leslie Nielsen como protagonista, depois de viver o detetive Frank Drebin no cinema duas vezes – a terceira seria só em 1994. Quase um clone de Drebin, o Padre Jebedaiah Mayii é um atrapalhado homem de Deus, se deparando com sua missão mais importante. Linda Blair vive Nancy, uma mulher, mãe de família, que é repossuída pelo demônio – brincando com sua personagem de ‘O Exorcista’ e aquela mitologia (com uma caracterização bem parecida). O filme ainda arruma tempo para satirizar os famosos televangelistas da vida real Tammy Faye Messner seu marido, Jim Bakker, com os personagens Fanny Ray Weller e Ernest Weller.

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