Em uma recente aparição ao podcast Happy Sad Confused (via Variety), Edgar Wright refletiu sobre o estado atual da indústria audiovisual de Hollywood – e o vício dos realizadores em tirar o máximo de proveito de franquias de grande fama.
Sem mencionar títulos específicos, o diretor, conhecido por seu trabalho em ‘Scott Pilgrim contra o Mundo’ e ‘Em Ritmo de Fuga’ expressou sua frustração quanto ao fato dos estúdios não deixarem espaço para franquias respirarem e planejarem um cronograma inteiro que inclui mais títulos ao longo de alguns anos.
“Um dos problemas com franquias fílmicas é, às vezes, quando anunciam – não estou citando nenhum nome ou coisa do tipo – cronogramas massivos de filmes e séries de TV. […] Há o perigo de matar o ganso dos ovos de ouro”, ele comentou. “É uma coisa estranha: se eu pudesse voltar à época em que era um jovem fã de filmes e eu tivesse acabado de gostar de um e as pessoas dissessem: ‘adivinha? Haverá um a cada três anos pelo resto da sua vida’, eu diria ‘sério?’. Essa é a coisa mais triste para mim, a falta de investimento em novos filmes”.
Wright continua: “queria que algumas franquias só tivessem o senso de respirar e deixar as pessoas animadas sobre elas de novo. Sinto que há certas coisas que eu amo que não quero ver de novo, ou não as quero ver de novo por um bom tempo. E, de novo, não estou falando mal de nada, porque isso é sempre interpretado como ambíguo”.
Lembrando que a última produção do diretor foi o elogiado suspense noir ‘Noite Passada em Soho’.
Relembre o trailer:
Além de dirigir, Wright também assina o roteiro ao lado de Krysty Wilson-Cairns (‘Penny Dreadful‘).
A trama acompanha a história de uma jovem garota que misteriosamente é capaz de viajar no tempo para a década de 1960, onde encontra seu ídolo, um aspirante a cantor deslumbrado. No entanto, Londres dos anos 60 não é o que parece, e o tempo parece desmoronar com consequências sombrias…
O elenco conta com Anya Taylor-Joy, Matt Smith, Synnøve Karlsen, Diana Rigg, Terence Stamp e Rita Tushingham.