sábado , 21 dezembro , 2024

‘Van Helsing’, ‘Mulher-Gato’ e os blockbusters de 20 Anos que DEVERIAM ter tido continuação, mas FRACASSARAM

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Desde os anos 80 os maiores estúdios de Hollywood entenderam que poderiam lucrar infinitamente em cima de certas marcas, uma vez que estas se tornassem extremamente populares. Isso porque cinema também é um mercado de alto giro de capital e nos EUA funciona como uma verdadeira indústria. O segredo na verdade é: como criar uma marca de sucesso? Uma estratégia de marketing incisiva ajuda bastante, mas não é o suficiente. Isso porque no fim das contas, quem irá decidir o que dá certo e o que dá errado somos eu e você, ou seja, o grande público.

Não é por falta de investimento em marketing e divulgação que certos blockbusters milionários se tornam fiascos. E por outro lado, temos também filmes menores sem muitos recursos que se tornam fenômenos. Essa imprevisibilidade de aceitação e volatilidade do público é o que torna “o jogo” interessante de ser analisado. Entrando nessa proposta voltaremos 20 anos no passado para identificarmos os maiores blockbusters da época, planejados para serem a nova sensação, mas que deram errado se tornando obras esquecidas. Confira.



Van Helsing

van

Começamos a lista com um filme que tinha tudo para dar certo e se tornar uma franquia de enorme sucesso, mas o resultado não foi bem assim. Hugh Jackman estava no topo do mundo após o sucesso de ‘X-Men’ e ‘X-Men 2’. Kate Beckinsale vinha do cult ‘Anjos da Noite’. E o diretor Stephen Sommers vinha do golaço ‘A Múmia’ e sua continuação. O desejo do diretor era expandir o universo dos monstros da Universal, abordando de uma vez só Drácula, Frankenstein e o Lobisomem. Imagine como seria se o filme tivesse sido sucesso, se tornado uma franquia e criado um crossover com ‘A Múmia’ e seus personagens. O investimento foi grande e até uma animação ligada ao filme chegou a ser produzida. Mas as críticas não foram favoráveis e o resultado financeiro não estimulou o estúdio a continuar, se tornando o primeiro baque sentido na carreira de Jackman.

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Mulher-Gato

Na época de seu lançamento, até mesmo a estrela Halle Berry falou mal deste longa (que soa como um videogame em suas tentativas de cenas de ação e uma comédia ruim no resto) quando resolveu aceitar o prêmio como a pior atriz no Framboesa de Ouro. Hoje, no entanto, Berry mudou o tom e vem tentando empurrar ‘Mulher-Gato’ como cult incompreendido. Berry também estava no topo do mundo, com sucessos como a franquia ‘X-Men’ e ‘007 – Um Novo Dia para Morrer’. Se o filme da felina tivesse dado certo, teríamos uma franquia em mãos. E pensar que esse foi o resultado do spin-off nunca realizado com a Mulher-Gato de Michelle Pfeiffer após ‘Batman – O Retorno’, que seria dirigido por Tim Burton.

O Justiceiro

Outro filme de quadrinhos de uma grande editora que morreu totalmente na praia. Quatro anos antes do início do MCU nas telonas, a Marvel já era uma potência, soprando nova vida nos filmes baseados em super-heróis – graças ao sucesso de ‘X-Men’, ‘Homem-Aranha’, ‘Demolidor’ e ‘X-Men 2’. O investimento nessa fonte era alto e os personagens recebiam um tratamento de rei. Mas quando foi a vez do vigilante urbano ‘O Justiceiro’ as coisas rapidamente saíram dos trilhos. Talvez pela falta de um grande estúdio por trás, como a Fox, a Columbia ou a Universal nos casos anteriores. Nem mesmo a presença de John Travolta como o vilão, um dos maiores astros da época, foi capaz de tornar ‘O Justiceiro’ um filme popular com o público. No Brasil, o longa sequer foi lançado nos cinemas.

Blade Trinity

Por mais que a intenção de ‘Blade Trinity’ fosse tentar arredondar os filmes do caçador de vampiros em uma trilogia, você realmente acredita que se o longa tivesse sido um sucesso estrondoso os produtores não iriam tirar rapidamente da cartola um ‘Blade 4’? A estratégia de fingir um encerramento pode atrair o público com a intenção da última aventura de seu personagem querido, mas igualmente pode deixar um gosto amargo na boca, como foi o caso deste filme. Um pesadelo de bastidores, onde o astro Wesley Snipes atingiu o auge de seu estrelismo, brigando com o diretor e seus colegas de elenco, tornou inviável qualquer pensamento de um quarto filme – não que as críticas e a bilheteria tenham ajudado também. As aventuras do personagem foram levadas para uma série de TV dois anos depois, que também não deu certo. Snipes teria sua redenção no recente ‘Deadpool e Wolverine’, onde pôde interpretar Blade uma vez mais.

A Batalha de Riddick

Existem casos de atores que são mais apaixonados por um personagem ou um projeto do que o próprio público – o que resulta nos chamados projetos de vaidade. Esses atores perdem a noção de que sem o público não existe um filme ou sequer o cinema. Este é o caso com Vin Diesel e o universo de ficção científica do anti-herói Riddick, cujo principal fã parece ser mesmo o careca musculoso. Diesel era sucesso em ‘Velozes e Furiosos’ e ‘Triplo X’ quando resolveu dar continuidade ao cult ‘Eclipse Mortal’ na forma de um blockbuster centrado em seu personagem. Uma das apostas mais ambiciosas de 20 anos atrás, que não funcionou. Dez anos depois ele tentaria de novo em um filme de orçamento mais modesto. E o ator não desistiu, pois anuncia um novo longa com o personagem.

Scooby-Doo 2

O primeiro live-action de ‘Scooby-Doo’ foi um sucesso moderado em 2002, apostando em algumas tiradas espertinhas que brincavam com a mitologia do que o público achava deste universo – mesmo que na animação original nada disso ficasse declarado. Como por exemplo, Fred ser um idiota pomposo, Salsicha ser maconheiro, Daphne uma feminista independente e Velma lésbica. A cereja do bolo foi transformar o insuportável (mas bonitinho) Scooy-Loo no vilão do filme e ter monstros de verdade ao invés de humanos disfarçados em um whodunit. A continuação, lançada dois anos depois, prometia ser maior e melhor em todos os sentidos – apelando para a nostalgia dos fãs ao trazer vilões clássicos do desenho, além da participação de Alicia Silverstone. Se tivesse sido ao menos um sucesso moderado como o anterior, poderíamos ter tido um Scooby-Doo 3 ainda na segunda metade dos anos 2000, mas a opção foi por dois filmes lançados direto em vídeo, com orçamento menor e elenco de nomes desconhecidos.

Fúria em Duas Rodas

Em Hollywood tudo o que dá certo vira tendência. Assim, o filme de racha de carros ‘Velozes e Furiosos’ já havia lançado sua primeira continuação a esta altura. Os produtores da Warner tiveram a brilhante ideia de dar sinal verde para um “Velozes e Furiosos com motos”. Poderia ter dado certo e iniciado sua própria franquia. Mas o público deu de ombros para esta proposta. Um sinal de alerta deveria ter sido a investida similar no ano anterior da Dreamworks com ‘Corridas Clandestinas’, o outro filme de moto nos anos 2000. Nenhum dos dois ficou famoso. Aliás, você já tinha ouvido falar?

Táxi

Por falar em corridas de moto ou de carro, para cada ‘Velozes e Furiosos’, temos outros tantos longas que abordam o tema e não dão certo. ‘Táxi’, no entanto, não é apenas uma cópia descarada do filme de Vin Diesel e possui um contexto por trás. Acontece que se trata da refilmagem americano do filme sensação francês de 1998, que fala sobre um motorista de táxi se unindo a um detetive na caçada por ladrões de banco. O filme ficou tão popular em seu país de origem que por lá gerou uma franquia de nada menos que cinco filmes.

O motivo do sucesso se deve pelo roteiro e produção de Luc Besson em todos eles. Sucesso esse que infelizmente não foi repetido na versão americana, onde a taxista ganha as formas de Queen Latifah e o detetive se torna um trapalhão nas mãos do sem-graça Jimmy Fallon. Aqui, a novidade era a gangue de modelos assaltantes de banco, encabeçada pela nossa Gisele Bündchen, demonstrando que como atriz é uma ótima modelo. É claro que a intenção era se tornar uma franquia como o francês, caso não fosse o fracasso.

Os Thunderbirds

Por falar em fracasso, na penúltima posição da lista temos um verdadeiramente retumbante. Você já tinha ouvido falar em ‘Thunderbirds’? Os mais velhos podem ter uma vaga lembrança. Acontece que esse título era de um programa de marionetes da década de 1960 bem revolucionário. Ao invés de atores reais ou desenho animado, tínhamos bonecos com feições realistas para a época, movidos através de cordas, como protagonistas das aventuras de equipe formada por uma família, especializada em resgates audaciosos, fazendo uso de uma tecnologia bastante evoluída – o que tornava o programa também uma ficção científica. Ao invés de replicar o artifício dos bonecos no filme, os produtores da Universal Pictures acharam por bem escalar atores reais, assim tirando a graça do que era a essência do programa – mesmo contando com artistas como o lendário Sir Ben Kingsley e o saudoso Bill Paxton. O que os realizadores devem ter pensado foi: “já estão usando marionetes em ‘Team America’ (lançado no mesmo ano)”.

Desventuras em Série

Finalizando a lista dos blockbusters que deviam ter se tornado uma franquia caso tivessem dado certo, temos o que é provavelmente o melhor do lote e o mais subestimado. Protagonizado por um Jim Carrey “virado no Jiraya” dando tudo de si no desempenho como o vilanesco Conde Olaf, que faz de tudo para conseguir a herança deixada para três crianças órfãs das quais é o parente mais próximo. O longa tem participação de Meryl Streep. Acontece que a saga dos órfãos é baseada no livro de Lemony Snicket, pseudônimo de Daniel Handler. A intenção era seguir os passos de ‘Harry Potter’, também baseado em um livro de fantasia, que chegava ao seu terceiro filme no mesmo ano. Mas ‘Desventuras’ não foi ‘Harry Potter’ e terminou sem a adaptação de suas sequências literárias. Bem, ao menos no cinema, pois a Netflix adquiriu os direitos e transformou numa série de TV, sem Carrey ou Streep.

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‘Van Helsing’, ‘Mulher-Gato’ e os blockbusters de 20 Anos que DEVERIAM ter tido continuação, mas FRACASSARAM

Desde os anos 80 os maiores estúdios de Hollywood entenderam que poderiam lucrar infinitamente em cima de certas marcas, uma vez que estas se tornassem extremamente populares. Isso porque cinema também é um mercado de alto giro de capital e nos EUA funciona como uma verdadeira indústria. O segredo na verdade é: como criar uma marca de sucesso? Uma estratégia de marketing incisiva ajuda bastante, mas não é o suficiente. Isso porque no fim das contas, quem irá decidir o que dá certo e o que dá errado somos eu e você, ou seja, o grande público.

Não é por falta de investimento em marketing e divulgação que certos blockbusters milionários se tornam fiascos. E por outro lado, temos também filmes menores sem muitos recursos que se tornam fenômenos. Essa imprevisibilidade de aceitação e volatilidade do público é o que torna “o jogo” interessante de ser analisado. Entrando nessa proposta voltaremos 20 anos no passado para identificarmos os maiores blockbusters da época, planejados para serem a nova sensação, mas que deram errado se tornando obras esquecidas. Confira.

Van Helsing

van

Começamos a lista com um filme que tinha tudo para dar certo e se tornar uma franquia de enorme sucesso, mas o resultado não foi bem assim. Hugh Jackman estava no topo do mundo após o sucesso de ‘X-Men’ e ‘X-Men 2’. Kate Beckinsale vinha do cult ‘Anjos da Noite’. E o diretor Stephen Sommers vinha do golaço ‘A Múmia’ e sua continuação. O desejo do diretor era expandir o universo dos monstros da Universal, abordando de uma vez só Drácula, Frankenstein e o Lobisomem. Imagine como seria se o filme tivesse sido sucesso, se tornado uma franquia e criado um crossover com ‘A Múmia’ e seus personagens. O investimento foi grande e até uma animação ligada ao filme chegou a ser produzida. Mas as críticas não foram favoráveis e o resultado financeiro não estimulou o estúdio a continuar, se tornando o primeiro baque sentido na carreira de Jackman.

Mulher-Gato

Na época de seu lançamento, até mesmo a estrela Halle Berry falou mal deste longa (que soa como um videogame em suas tentativas de cenas de ação e uma comédia ruim no resto) quando resolveu aceitar o prêmio como a pior atriz no Framboesa de Ouro. Hoje, no entanto, Berry mudou o tom e vem tentando empurrar ‘Mulher-Gato’ como cult incompreendido. Berry também estava no topo do mundo, com sucessos como a franquia ‘X-Men’ e ‘007 – Um Novo Dia para Morrer’. Se o filme da felina tivesse dado certo, teríamos uma franquia em mãos. E pensar que esse foi o resultado do spin-off nunca realizado com a Mulher-Gato de Michelle Pfeiffer após ‘Batman – O Retorno’, que seria dirigido por Tim Burton.

O Justiceiro

Outro filme de quadrinhos de uma grande editora que morreu totalmente na praia. Quatro anos antes do início do MCU nas telonas, a Marvel já era uma potência, soprando nova vida nos filmes baseados em super-heróis – graças ao sucesso de ‘X-Men’, ‘Homem-Aranha’, ‘Demolidor’ e ‘X-Men 2’. O investimento nessa fonte era alto e os personagens recebiam um tratamento de rei. Mas quando foi a vez do vigilante urbano ‘O Justiceiro’ as coisas rapidamente saíram dos trilhos. Talvez pela falta de um grande estúdio por trás, como a Fox, a Columbia ou a Universal nos casos anteriores. Nem mesmo a presença de John Travolta como o vilão, um dos maiores astros da época, foi capaz de tornar ‘O Justiceiro’ um filme popular com o público. No Brasil, o longa sequer foi lançado nos cinemas.

Blade Trinity

Por mais que a intenção de ‘Blade Trinity’ fosse tentar arredondar os filmes do caçador de vampiros em uma trilogia, você realmente acredita que se o longa tivesse sido um sucesso estrondoso os produtores não iriam tirar rapidamente da cartola um ‘Blade 4’? A estratégia de fingir um encerramento pode atrair o público com a intenção da última aventura de seu personagem querido, mas igualmente pode deixar um gosto amargo na boca, como foi o caso deste filme. Um pesadelo de bastidores, onde o astro Wesley Snipes atingiu o auge de seu estrelismo, brigando com o diretor e seus colegas de elenco, tornou inviável qualquer pensamento de um quarto filme – não que as críticas e a bilheteria tenham ajudado também. As aventuras do personagem foram levadas para uma série de TV dois anos depois, que também não deu certo. Snipes teria sua redenção no recente ‘Deadpool e Wolverine’, onde pôde interpretar Blade uma vez mais.

A Batalha de Riddick

Existem casos de atores que são mais apaixonados por um personagem ou um projeto do que o próprio público – o que resulta nos chamados projetos de vaidade. Esses atores perdem a noção de que sem o público não existe um filme ou sequer o cinema. Este é o caso com Vin Diesel e o universo de ficção científica do anti-herói Riddick, cujo principal fã parece ser mesmo o careca musculoso. Diesel era sucesso em ‘Velozes e Furiosos’ e ‘Triplo X’ quando resolveu dar continuidade ao cult ‘Eclipse Mortal’ na forma de um blockbuster centrado em seu personagem. Uma das apostas mais ambiciosas de 20 anos atrás, que não funcionou. Dez anos depois ele tentaria de novo em um filme de orçamento mais modesto. E o ator não desistiu, pois anuncia um novo longa com o personagem.

Scooby-Doo 2

O primeiro live-action de ‘Scooby-Doo’ foi um sucesso moderado em 2002, apostando em algumas tiradas espertinhas que brincavam com a mitologia do que o público achava deste universo – mesmo que na animação original nada disso ficasse declarado. Como por exemplo, Fred ser um idiota pomposo, Salsicha ser maconheiro, Daphne uma feminista independente e Velma lésbica. A cereja do bolo foi transformar o insuportável (mas bonitinho) Scooy-Loo no vilão do filme e ter monstros de verdade ao invés de humanos disfarçados em um whodunit. A continuação, lançada dois anos depois, prometia ser maior e melhor em todos os sentidos – apelando para a nostalgia dos fãs ao trazer vilões clássicos do desenho, além da participação de Alicia Silverstone. Se tivesse sido ao menos um sucesso moderado como o anterior, poderíamos ter tido um Scooby-Doo 3 ainda na segunda metade dos anos 2000, mas a opção foi por dois filmes lançados direto em vídeo, com orçamento menor e elenco de nomes desconhecidos.

Fúria em Duas Rodas

Em Hollywood tudo o que dá certo vira tendência. Assim, o filme de racha de carros ‘Velozes e Furiosos’ já havia lançado sua primeira continuação a esta altura. Os produtores da Warner tiveram a brilhante ideia de dar sinal verde para um “Velozes e Furiosos com motos”. Poderia ter dado certo e iniciado sua própria franquia. Mas o público deu de ombros para esta proposta. Um sinal de alerta deveria ter sido a investida similar no ano anterior da Dreamworks com ‘Corridas Clandestinas’, o outro filme de moto nos anos 2000. Nenhum dos dois ficou famoso. Aliás, você já tinha ouvido falar?

Táxi

Por falar em corridas de moto ou de carro, para cada ‘Velozes e Furiosos’, temos outros tantos longas que abordam o tema e não dão certo. ‘Táxi’, no entanto, não é apenas uma cópia descarada do filme de Vin Diesel e possui um contexto por trás. Acontece que se trata da refilmagem americano do filme sensação francês de 1998, que fala sobre um motorista de táxi se unindo a um detetive na caçada por ladrões de banco. O filme ficou tão popular em seu país de origem que por lá gerou uma franquia de nada menos que cinco filmes.

O motivo do sucesso se deve pelo roteiro e produção de Luc Besson em todos eles. Sucesso esse que infelizmente não foi repetido na versão americana, onde a taxista ganha as formas de Queen Latifah e o detetive se torna um trapalhão nas mãos do sem-graça Jimmy Fallon. Aqui, a novidade era a gangue de modelos assaltantes de banco, encabeçada pela nossa Gisele Bündchen, demonstrando que como atriz é uma ótima modelo. É claro que a intenção era se tornar uma franquia como o francês, caso não fosse o fracasso.

Os Thunderbirds

Por falar em fracasso, na penúltima posição da lista temos um verdadeiramente retumbante. Você já tinha ouvido falar em ‘Thunderbirds’? Os mais velhos podem ter uma vaga lembrança. Acontece que esse título era de um programa de marionetes da década de 1960 bem revolucionário. Ao invés de atores reais ou desenho animado, tínhamos bonecos com feições realistas para a época, movidos através de cordas, como protagonistas das aventuras de equipe formada por uma família, especializada em resgates audaciosos, fazendo uso de uma tecnologia bastante evoluída – o que tornava o programa também uma ficção científica. Ao invés de replicar o artifício dos bonecos no filme, os produtores da Universal Pictures acharam por bem escalar atores reais, assim tirando a graça do que era a essência do programa – mesmo contando com artistas como o lendário Sir Ben Kingsley e o saudoso Bill Paxton. O que os realizadores devem ter pensado foi: “já estão usando marionetes em ‘Team America’ (lançado no mesmo ano)”.

Desventuras em Série

Finalizando a lista dos blockbusters que deviam ter se tornado uma franquia caso tivessem dado certo, temos o que é provavelmente o melhor do lote e o mais subestimado. Protagonizado por um Jim Carrey “virado no Jiraya” dando tudo de si no desempenho como o vilanesco Conde Olaf, que faz de tudo para conseguir a herança deixada para três crianças órfãs das quais é o parente mais próximo. O longa tem participação de Meryl Streep. Acontece que a saga dos órfãos é baseada no livro de Lemony Snicket, pseudônimo de Daniel Handler. A intenção era seguir os passos de ‘Harry Potter’, também baseado em um livro de fantasia, que chegava ao seu terceiro filme no mesmo ano. Mas ‘Desventuras’ não foi ‘Harry Potter’ e terminou sem a adaptação de suas sequências literárias. Bem, ao menos no cinema, pois a Netflix adquiriu os direitos e transformou numa série de TV, sem Carrey ou Streep.

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