Gostar de filmes ruins, como ‘Sharknado‘ ou ‘A Bolha Assassina‘, não será mais visto com tanto preconceito após esta mais recente pesquisa realizada por um grupo de médicos.
Conduzido por Keyvan Sarkhosh, o trabalho científico apurou que desfrutar de filmes tecnicamente fracos e sem conceito não seria algo tão ruim assim. De acordo com os estudos realizados por sua equipe, isso na verdade poderia ser sinônimo de um nível mais elevado de instrução e alta inteligência.
O cientistas estudaram o fenômeno que consiste em assistir filmes ruins conscientemente, avaliando também o paradoxo existente por trás dessa vontade, onde mesmo sabendo que uma produção é pobre em atributos técnicos e artísticos, o espectador insiste em assistí-la, além de se divertir muito com a experiência.
Para chegar à conclusão sobre o nível de intelectualidade que envolve os amantes de filmes ruins, os pesquisadores partiram da criação do conceito do que genuinamente seria um filme ruim. Uma das produções apontadas pelo voluntários que participaram da pesquisa – em relação a este questionamento – foi ‘Em Nome do Rei‘, de Uwe Boll.
A partir deste ponto de partida, os cientistas constataram que o público maior que desfruta de produções ruins é formado de fato por apaixonados por cinema. Segundo Sarkhosh, obras de baixão calão seriam respiros para lazer, onde não haveria densidades profundas no material exibido, além do puro entretenimento popular:
“Para esse nicho, produções trash servem como uma espécie de desvio, uma alternativa interessante oriunda do catálogo de filmes comuns e cheios de clichês”.
O médico ainda salientou que essas pessoas costumam ter um nível educacional maior e são consumidoras ávidas da cultura, de maneira geral. Normalmente, este grupo possui um interesse mais profundo na arte cinematográfica, consumindo não apenas aquilo que seria considerado bom e que fatura mais nas bilheterias, mas desfrutando também de tudo vinculado ao cinema, olhando para a arte em si, como uma forma de expressão cultural.