A aguardada nova superprodução do Marvel Studios, ‘Homem-Formiga e a Vespa’, chega esta semana aos cinemas e como sabemos que os leitores do CinePOP estão ansiosos para ver a sequência, conseguimos uma entrevista EXCLUSIVA com a atriz Evangeline Lilly (‘Lost), a Vespa, contando todos os segredos do filme.
Como você se sente agora sendo parte do Universo Cinematográfico da Marvel?
Lilly: O mais estranho é que antes, quando eu fui escalada para o elenco de ‘Homem-Formiga’ e estava entrando nesse universo, ele parecia muito grande, majestoso e empolgante. Mas então, a partir do momento que assisti o filme, ele foi tão encantador e imersivo que estava tonta quando sai do cinema. Todo o hype da Marvel e o frio na barriga, misticismo e a glória haviam desaparecido. Eu estava muito orgulhosa e feliz de fazer parte de um filme muito bom; um filme que sabia que estava ansiosa para mostrar para meus filhos algum dia, um filme que sabia que não importa o que as críticas digam ou não importa como fosse recebido, teria orgulho dele. É isso que importa no final.
Qual foi o apelo para essa sequência?
Lilly: Antes de tudo, a primeira e principal motivação e razão para voltar foi para poder colocar aquele uniforme. Nós começamos mesmo fazendo os ajustes dos uniformes, algo como dois ou três meses depois que nós terminamos o primeiro filme, que foi três anos atrás.
Mas também estava animada para atuar como Hope de novo porque no primeiro filme ela passou por essa enorme curva emocional. Ela passou alguns 30 e poucos anos ressentida com seu pai e discordando dele, e o rancor foi tanto que deu a ela esse exterior de pessoa muito fria. Então, lá para o final do filme, tanto dessa frieza já tinha derretida e ela tinha dado os primeiros passos para resolver seus problemas com seu pai. Por isso foi muito empolgante ter a chance de voltar, fazer esse personagem e atuar com ela em um novo espaço; um espaço que não era mais tão guardado, aborrecido e frio, mas que estava se esquentando, e encontrar ela mais relaxada e feliz com ela mesma.
Como foi trabalhar com Michael Douglas de novo?
Lilly: Eu fico muito feliz de falar sobre trabalhar com o Michael Douglas por que amo trabalhar com ele. E foi uma surpresa inesperada. Quando participei do primeiro filme, claro que sabia quem o Michael era, e eu estava me sentindo honrada em trabalhar com ele. Mas acho que essa certa mística e a reverência que tantos dos atores tinham por ele é algo que me iludiu porque eu ainda não tinha visto muito do seu trabalho. Então fiquei meio que tipo, legal, Michael Douglas, uhul!
E então comecei a trabalhar com ele. No primeiro dia, consigo lembrar imediatamente quando eles gritaram “ação!” e ele começou a performar. Era como se ele tivesse mudado a química das moléculas no ar. O espaço inteiro mudou. Eu me senti imediatamente transportada para o mundo de Hank Pym e Hope Van Dyne. Não são todos os coadjuvantes que consegue fazer isso para você. É um dom. Foi um presente tão doce e delicioso ter a pessoa que você está atuando ao lado te fazer aprofundar ainda mais no mundo que você está tentando se fazer imergir.
Onde Hope e Hank se encontram na trama?
Lilly: Hope e Hank estão vivendo e trabalho em isolamento entre eles porque estão fugindo do FBI que quer a tecnologia deles. Eles estão nesse laboratório que construíram, que também pode encolher e aumentar a qualquer momento para que eles possam correr e levar o laboratório junto. O laboratório é esse espaço elaborado e incrivelmente tecnológico que eles construíram um túnel quântico dentro. Eles construíram esse túnel porque ambos estão intensamente tentando voltar em segurança ao Reino Quântico para achar a Janet Van Dyne, a mãe de Hope e a mulher do Hank, e trazer ela de volta. Essa é a missão principal deles.
E como foi quando você descobriu sobre a Michelle Pfeiffer?
Lilly: Quando nós começamos inicialmente fazendo o primeiro filme, se falava muito sobre a Janet van Dyne. Falei para a Marvel quatro anos atrás que se eles, algum dia, trouxessem a Janet van Dyne em algum filme, que por favor fosse a Michelle Pfeiffer. Queria muito que ela atuasse como a mãe da minha personagem. Ela não é apenas a mulher mais bonita que já andou no planeta Terra e uma ótima atriz, mas também foi a Mulher-Gato, e essa era a única super-heroína que, quando estava na adolescência, ficava me revirando na cama acordada fantasiando sobre. Ela era tão maneira. Quando o filme estava rolando, eles me deram a notícia que a Michelle ia mesmo atuar como a mãe da Hope. Com certeza não teve nada a ver com o fato de ter pedido, mas eles realizaram um dos meus maiores sonhos, sério!
Como está Hope e Scott nesse filme?
Lilly: O relacionamento entre Hope e Scott no primeiro filme foi muito claro: ela não suportava ele durante a maior parte do tempo. E então, em algum outro momento, Hope se toca que ele é até que Ok. E então, do nada, eles estão se beijando em um corredor. Ninguém sabe como isso aconteceu. E foi simples e direto.
Então, entre o primeiro e o segundo filme, eles estão nessa de se beijar por um tempo e estão em um relacionamento sério. Scott foge para a Alemanha e vai a uma festa a fantasia e se decide que ele não se importa se isso afeta a vida deles, ou se isso arruinaria a vida da Hope. E como resultado, ele vai preso, e a partir desse momento eles não estão mais juntos. Hope, com certeza, abrigou sentimentos de ódio, dor e ressentimentos das decisões que ele tomou. E talvez mais do que todas elas, pela decisão que ele tomou de ir sem ela porque ela vive para ser a Vespa.
Eles ficam sem se falar por um período de quase dois anos. Mas, claro, o amor não morre só porque as circunstancias são ruins. Então, nesse filme, ela está com raiva dele e eles não tem se falado por um longo período, mas a Hope precisa dele. Ela tem essa missão, e ela está realmente focada na sua mãe, mas por cima disso tudo ainda existe o amor dela por Scott.
Me fale um pouco sobre o Bill Foster:
Lilly: Então, como se já não fosse sortuda o suficiente de estar trabalhando com Michael Douglas, Michelle Pfeiffer e Paul Rudd, adicione no elenco a Laurence Fishburne e isso tudo se transforma em um unicórnio. Laurence está atuando como Bill Foster, que era um colega de trabalho de Hank anos atrás. Eles trabalharam juntos em um experimento chamado Golias, onde eles testaram aumentar seres humanos em seres enormes. No entanto, o relacionamento deles teve algumas crises, e eles resolveram ir para lados diferentes. Eles se juntam nessa história, mas não são tão amigáveis assim um com o outro.
E a vilã Fantasma (Ghost), como ela funciona neste filme?
Lilly: Ava é interpretada pela Hannah John-Kamen. A entrada da Ava nesse filme é tão maneira. No minuto que a gente apresenta a personagem, você percebe que a Vespa está muito ferrada.
Todo mundo sabe que o único jeito que você consegue fazer um bom filme de super-heróis é se você tem um vilão ainda melhor, e a Hannah manda muito bem atuando como uma vilã que é ao mesmo tempo aterrorizante e extraordinária, mas também consegue ser vulnerável e inocente. E isso provavelmente é a coisa mais assustadora sobre ela. Foi a melhor escolha!
E como foi vestir o traje da Vespa?
Lilly: O traje da Vespa que você vê no final do primeiro filme é um protótipo antigo de 1980. A tecnologia evoluiu, então Hope atualizou a roupa com o pai dela. Eles elaboram um traje incrível que se encaixa nas necessidades da Hope para os dias de hoje e para sua idade também.
Demoraram quatro meses de provas e mudanças para deixar o traje da Vespa perfeito. E única coisa que eu disse para o costureiro quando a gente começou foi que eu não estava nem aí para quanto tempo demorasse, e que eu não me importava quanto tempo teria que gastar naquela sala com ele. Nós iriamos deixar aquele traje perfeito. Sinto que tinha de algum jeito estar à altura daquela imagem irrealistas das mulheres nos quadrinhos de super-heróis. Então nós trabalhamos longas horas para fazer com que todas as proporções fossem o máximo confortáveis ao meu corpo, e claro, que fosse parecido com o da Vespa nos quadrinhos.
Quando ela voa eu sentia que ela deveria parecer natural, como alguma coisa que ela nasceu para fazer. E esse tipo de fluidez está ali no traje também, existe algo muito simples, mas elegante e feminino sobre ele. Quando o traje da Vespa finalmente ficou pronto, experimentei e foi quase como se todo o lugar ficasse tipo “Agora sim”. E alguma coisa mudou no meu DNA, me senti como uma super-heroína de verdade. Estava tão animada para ir para frente das câmeras. Chegou a um ponto que eu estava nervosa de colocar esse manto e não ser boa o suficiente, ou não ficar bonita o suficiente, ou não ser forte o suficiente. Você se preocupa com esse tipo de coisa quando você está tentando fazer o papel de alguém que é melhor que a maioria de nós. Mas o traje jogou de lado todas essas inseguranças em todos os seus lindos e perfeitos traços. Eu era de fato a Vespa!
Para terminar, que tipo de emoção o público pode esperar para ‘Homem-Formiga e a Vespa’?
Lilly: O filme vai começar nesse lugar lindo e doce que vai fazer você ser imediatamente levado de volta ao primeiro filme e trazer todas aquelas boas vibrações que você sentiu. E vai continuar assim por um período perfeito de tempo. E então o filme vai entrar na história de Hank Pym e Hope Van Dyne. E desse momento em diante, te desafio a piscar porque as coisas não vão parar de acontecer. Depois que eu li o script pela primeira vez, percebi que uma palavra que definiria meu personagem nesse filme é ‘cinética’. Hope está constantemente em movimento.
É essencialmente um filme sobre estar na correria e sobre estar sendo perseguido, e nós temos muitas cenas maneiras de perseguição. A extensão desse longa é muito maior do que o primeiro filme. Ele soa um pouco mais épico. Isso é animador, mas também o que é maravilhoso é que nós nunca perdemos aquela história doce e movida pela família que é o coração disso tudo, o que acredito que seja o que mais amo sobre a franquia.
Ficou ansioso? ‘Homem-Formiga e a Vespa’ chega aos cinemas nesta quinta-feira, dia 05.
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