quinta-feira , 14 novembro , 2024

EXCLUSIVO: Confira nossa entrevista com Ian McShane, astro de ‘Deadwood: O Filme’

O CinePOP traz uma entrevista EXCLUSIVA com o astro Ian McShane, que estrela ‘Deadwood: O Filme‘ – sequência da aclamada série.

A estreia na HBO Brasil acontece nessa sexta-feira, dia 21, às 21 horas.

Confira:



Passaram-se 13 anos após o fim da série. Como foi voltar à história depois de tanto tempo?

Voltar a esta história foi como estar em um sonho bem ensaiado. Quando estávamos filmando, eu olhava para o Timothy Olyphant (“Seth Bullock”) ou para o John Hawkes (“Sol Star”) ou para a Paula Malcomson (“Trixie”) e pensava: “Meu Deus, lá vamos nós de novo”.

Era um sentimento único. A filmagem foi estranha no sentido de que era muito nostálgica organicamente. Era como há dez anos, só que dez anos depois, porque estávamos mais velhos, mas usávamos o mesmo vestuário, com os mesmos atores incríveis e fazendo cenas semelhantes.

Eu espero que nós estejamos tão bem quanto há 13 anos ou melhor. Não se trata de descansar no sucesso de Deadwood – eu espero que seja o tributo que a série merece e um carinhoso adeus a uma série muito amada.

A passagem do tempo foi generosa com os personagens?

O meu personagem, Al Swearengen, está um pouco encolhido fisicamente, mas tem a mesma cabeça, a mesma atitude, ele é o mesmo dentro do possível. Mas o tempo não foi generoso com ele. Não se pode beber tanto e esperar que o tempo seja generoso. Mas isso só aumenta a determinação dele de ter o máximo de astúcia possível e manter as questões dele dentro de certa ordem, porque ele não é bobo.

O Bullock também está mais velho. Todos estão mais velhos e, eu espero, um pouco mais sábios – alguns nem tanto. Mas eu acho que o David Milch (roteirista do filme e criador da série) carinhosamente dá a cada um seu repertório completo, e esperamos que a maioria das pessoas goste.

O Al Swearengen ajudou a construir o caminho para protagonistas mais complexos na televisão, que tornam menos clara a divisão entre o bem e o mal?

Vemos mais protagonistas assim desde o James Gandolfini, da “Família Soprano”, o Al em “Deadwood” e os complexos personagens de “The Wire”. Temos pessoas cada vez mais complicadas na TV. Talvez o Al tenha sido o primeiro, mas com certeza não foi o último.

Eu o vejo como uma espécie de Fagin [personagem de Charles Dickens]: ele pega todos os párias da sociedade e os coloca ao seu lado, como a Trixie, a Jewel (Geri Jewell) – que foi agredida e paralisada – e o idiota do Johnny Burns (Sean Bridgers). Todos eles encontraram um lugar com o Swearengen. É a família estranha que ele forma.

O que tornou a série cult?

Eu acho que foi a época. A série estreou logo após a Guerra do Iraque em 2003, e Deadwood abordou questões como imigração e ilegalidade, e o que acontece quando as leis locais não estão à altura de uma sociedade que cresceu. Mas a paixão pela série tem a ver com as pessoas que moram na cidade.

De que você sentiu mais falta do personagem Al nesses 13 anos? E por que este é o momento certo de interpretá-lo de novo?

Eu acho que eu senti falta da facilidade do figurino: colocar a velha ceroula e o terno listrado, brilhantina no cabelo e pronto! E era a maquiagem mais fácil do mundo, porque eu não usava nenhuma maquiagem para interpretar o Al. Era eu mesmo.

Também senti falta dos textos do David. Eu acho que todos nós sentimos. Mas todos nós voltamos; ele e seus textos também.

Eu acho que ele escreveu um ótimo filme de duas horas, e por isso estamos aqui de volta. A HBO não teria feito um filme velho, só por nostalgia. Tinha que ser o filme certo, e eles encontraram o roteiro certo.

Com esse personagem você ganhou o Globo de Ouro de Melhor Ator de Série Dramática para a TV em 2005, e foi indicado ao Emmy. O que mais ele representou para a sua carreira?

Fazer Deadwood foi muito bom para mim e me apresentou a um determinado tipo de público americano. Na primeira vez que eu li o roteiro eu percebi que o Al tinha alguma coisa especial. Interpretar este personagem tão bem escrito durante três anos foi maravilhoso, e voltar depois de 13 anos é fantástico. Também é fantástico trabalhar com o David Milch de novo.

Eu acho que o filme é uma homenagem à série, que para mim como ator representou três anos incríveis – três anos de criatividade, aprendizado e sentimentos.

Deadwood‘ contou com três temporadas, que foram exibidas pela HBO entre 2004 e 2006. A trama contava com os atores Ian McShane, Timothy Olyphant e Molly Parker entre os protagonistas.

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Voltar a esta história foi como estar em um sonho bem ensaiado. Quando estávamos filmando, eu olhava para o Timothy Olyphant (“Seth Bullock”) ou para o John Hawkes (“Sol Star”) ou para a Paula Malcomson (“Trixie”) e pensava: “Meu Deus, lá vamos nós de novo”.

Era um sentimento único. A filmagem foi estranha no sentido de que era muito nostálgica organicamente. Era como há dez anos, só que dez anos depois, porque estávamos mais velhos, mas usávamos o mesmo vestuário, com os mesmos atores incríveis e fazendo cenas semelhantes.

Eu espero que nós estejamos tão bem quanto há 13 anos ou melhor. Não se trata de descansar no sucesso de Deadwood – eu espero que seja o tributo que a série merece e um carinhoso adeus a uma série muito amada.

A passagem do tempo foi generosa com os personagens?

O meu personagem, Al Swearengen, está um pouco encolhido fisicamente, mas tem a mesma cabeça, a mesma atitude, ele é o mesmo dentro do possível. Mas o tempo não foi generoso com ele. Não se pode beber tanto e esperar que o tempo seja generoso. Mas isso só aumenta a determinação dele de ter o máximo de astúcia possível e manter as questões dele dentro de certa ordem, porque ele não é bobo.

O Bullock também está mais velho. Todos estão mais velhos e, eu espero, um pouco mais sábios – alguns nem tanto. Mas eu acho que o David Milch (roteirista do filme e criador da série) carinhosamente dá a cada um seu repertório completo, e esperamos que a maioria das pessoas goste.

O Al Swearengen ajudou a construir o caminho para protagonistas mais complexos na televisão, que tornam menos clara a divisão entre o bem e o mal?

Vemos mais protagonistas assim desde o James Gandolfini, da “Família Soprano”, o Al em “Deadwood” e os complexos personagens de “The Wire”. Temos pessoas cada vez mais complicadas na TV. Talvez o Al tenha sido o primeiro, mas com certeza não foi o último.

Eu o vejo como uma espécie de Fagin [personagem de Charles Dickens]: ele pega todos os párias da sociedade e os coloca ao seu lado, como a Trixie, a Jewel (Geri Jewell) – que foi agredida e paralisada – e o idiota do Johnny Burns (Sean Bridgers). Todos eles encontraram um lugar com o Swearengen. É a família estranha que ele forma.

O que tornou a série cult?

Eu acho que foi a época. A série estreou logo após a Guerra do Iraque em 2003, e Deadwood abordou questões como imigração e ilegalidade, e o que acontece quando as leis locais não estão à altura de uma sociedade que cresceu. Mas a paixão pela série tem a ver com as pessoas que moram na cidade.

De que você sentiu mais falta do personagem Al nesses 13 anos? E por que este é o momento certo de interpretá-lo de novo?

Eu acho que eu senti falta da facilidade do figurino: colocar a velha ceroula e o terno listrado, brilhantina no cabelo e pronto! E era a maquiagem mais fácil do mundo, porque eu não usava nenhuma maquiagem para interpretar o Al. Era eu mesmo.

Também senti falta dos textos do David. Eu acho que todos nós sentimos. Mas todos nós voltamos; ele e seus textos também.

Eu acho que ele escreveu um ótimo filme de duas horas, e por isso estamos aqui de volta. A HBO não teria feito um filme velho, só por nostalgia. Tinha que ser o filme certo, e eles encontraram o roteiro certo.

Com esse personagem você ganhou o Globo de Ouro de Melhor Ator de Série Dramática para a TV em 2005, e foi indicado ao Emmy. O que mais ele representou para a sua carreira?

Fazer Deadwood foi muito bom para mim e me apresentou a um determinado tipo de público americano. Na primeira vez que eu li o roteiro eu percebi que o Al tinha alguma coisa especial. Interpretar este personagem tão bem escrito durante três anos foi maravilhoso, e voltar depois de 13 anos é fantástico. Também é fantástico trabalhar com o David Milch de novo.

Eu acho que o filme é uma homenagem à série, que para mim como ator representou três anos incríveis – três anos de criatividade, aprendizado e sentimentos.

Deadwood‘ contou com três temporadas, que foram exibidas pela HBO entre 2004 e 2006. A trama contava com os atores Ian McShane, Timothy Olyphant e Molly Parker entre os protagonistas.

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