sábado , 2 novembro , 2024

Existe Preconceito contra Filmes de Heróis? Confira nossa análise!

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Aquaman já conquistou seu lugar entre os filmes mais divertidos do ano. Com uma pegada mais puxada aos grandes longa-metragens de aventura dos anos 80, a história é bem batida, mas se garante no carisma de Jason Momoa e no talento descomunal do Midas de Hollywood, James Wan. Tudo que você pode esperar do Aquaman está nesse filme de um jeito crível e bem realizado, principalmente os elementos visuais da mitologia do herói. Porém, em algumas críticas, as cores e a diversão são descritas como elementos de “filme de herói”, termo usado em tom depreciativo nas análises, mostrando ainda um preconceito muito grande em relação ao gênero.

Para começar, os elementos básicos de um filme de herói são o Monomito, de Joseph Campbell, também conhecidos como “A Jornada do Herói”.

São 12 passos comuns a todo mito, no sentido grego da palavra, como Harry Potter, Buda, O Senhor dos Anéis, Jesus Cristo e os heróis de quadrinhos/ cinema. Daí, já dá para ver como o preconceito com os ditos “filmes de herói” é ridículo.

Muitos que estão usando essa expressão de forma depreciativa, defendem o “padrão DC” como definitivo, fazendo uso de personagens amargurados pelo trauma da existência e pelo peso de serem quem são. Isso funcionou muito bem na década passada, com as trilogias Homem-Aranha (2002 – 2007) e Cavaleiro das Trevas (2005 – 2012), mas não é garantia de sucesso com todos os deuses dos quadrinhos. O Homem-Aranha e o Batman têm um passado trágico e lidam com suas conseqüências até hoje: o Teioso reage a isso com humor, o Morcegão reage com frieza. E está tudo bem, é uma abordagem condizente a eles. Agora, querer imprimir esse padrão a personagens de esperança e bem resolvidos, como o Super-Homem e a Mulher-Maravilha é forçar algo que eles não são: trágicos. Quer dizer, o passado deles é trágico, mas o modo como lidam e decidem agir em relação a ele, não. Por isso Mulher-Maravilha (2017) foi um sucesso e O Homem de Aço (2013) teve uma recepção moderada. Ambos são filmes de heróis, a diferença é o entendimento do personagem.

Resultado de imagem para homem aranha e batman

Outra comparação feita é com BVS (2016). Há quem defenda que esse filme trouxe inovação e seu padrão escuro e triste deveria moldar o Universo DC nos cinemas. Bem, dois anos após o lançamento, acho que já podemos aceitar que a “inovação” foi mal sucedida, visto que não conseguiu influenciar o gênero, diferentemente de Mulher-Maravilha. BVS não é um diferencial, é um “filme de herói” tanto quanto O Cavaleiro das Trevas e Homem-Formiga. E isso não é demérito, muito pelo contrário. É lindo.

Falar em cinema de heróis é ir discutir sobre os Blockbusters que mais movimentaram dinheiro na última década, em Hollywood. É falar sobre uma máquina de sonhos, que inspira crianças, jovens e adultos ao redor do mundo, que entretém, divertem, dão esperança e ditam tendências por serem o que são: filmes de heróis. Então, se você ainda não viu Aquaman, corra para os cinemas! Esqueça o elitismo e aproveite um filmão de primeira linha, que garante fortes suspiros, emoção sem fim e visuais belíssimos.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Para começar, os elementos básicos de um filme de herói são o Monomito, de Joseph Campbell, também conhecidos como “A Jornada do Herói”.

São 12 passos comuns a todo mito, no sentido grego da palavra, como Harry Potter, Buda, O Senhor dos Anéis, Jesus Cristo e os heróis de quadrinhos/ cinema. Daí, já dá para ver como o preconceito com os ditos “filmes de herói” é ridículo.

Muitos que estão usando essa expressão de forma depreciativa, defendem o “padrão DC” como definitivo, fazendo uso de personagens amargurados pelo trauma da existência e pelo peso de serem quem são. Isso funcionou muito bem na década passada, com as trilogias Homem-Aranha (2002 – 2007) e Cavaleiro das Trevas (2005 – 2012), mas não é garantia de sucesso com todos os deuses dos quadrinhos. O Homem-Aranha e o Batman têm um passado trágico e lidam com suas conseqüências até hoje: o Teioso reage a isso com humor, o Morcegão reage com frieza. E está tudo bem, é uma abordagem condizente a eles. Agora, querer imprimir esse padrão a personagens de esperança e bem resolvidos, como o Super-Homem e a Mulher-Maravilha é forçar algo que eles não são: trágicos. Quer dizer, o passado deles é trágico, mas o modo como lidam e decidem agir em relação a ele, não. Por isso Mulher-Maravilha (2017) foi um sucesso e O Homem de Aço (2013) teve uma recepção moderada. Ambos são filmes de heróis, a diferença é o entendimento do personagem.

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Outra comparação feita é com BVS (2016). Há quem defenda que esse filme trouxe inovação e seu padrão escuro e triste deveria moldar o Universo DC nos cinemas. Bem, dois anos após o lançamento, acho que já podemos aceitar que a “inovação” foi mal sucedida, visto que não conseguiu influenciar o gênero, diferentemente de Mulher-Maravilha. BVS não é um diferencial, é um “filme de herói” tanto quanto O Cavaleiro das Trevas e Homem-Formiga. E isso não é demérito, muito pelo contrário. É lindo.

Falar em cinema de heróis é ir discutir sobre os Blockbusters que mais movimentaram dinheiro na última década, em Hollywood. É falar sobre uma máquina de sonhos, que inspira crianças, jovens e adultos ao redor do mundo, que entretém, divertem, dão esperança e ditam tendências por serem o que são: filmes de heróis. Então, se você ainda não viu Aquaman, corra para os cinemas! Esqueça o elitismo e aproveite um filmão de primeira linha, que garante fortes suspiros, emoção sem fim e visuais belíssimos.

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