domingo , 15 dezembro , 2024

Fallout | Conheça os games que inspiraram a AMBICIOSA série do Prime Video

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No dia de hoje, 10 de abril, às 22h, o Prime Video lançará os dois primeiros episódios da aguardada série Fallout, baseada na aclamada saga de games de mesmo nome.

Apesar de claramente inspirada na franquia supracitada, o produtor Tom Howard havia comentado em entrevista à Vanity Fair que a narrativa seria ambientada no cânone dos jogos, mas apresentaria um enredo inédito que aumentaria a mitologia arquitetada por Tim Cain. À época, ele disse que:



“Eu não queria uma releitura de uma trama que já existe. Muito do que conversamo enquanto planejávamos a série eram coisas do tipo: ‘Isso aqui é igual àquilo que fizemos em Fallout 3’… E eu dizia: ‘É, nós já contamos essa história, precisamos de algo novo’. Eu não tenho interesse em reciclar nada do que já fizemos. Eu estava interessado em contar uma história única na série. Trate-a como um jogo e dê aos criadores da série um campo para eles brincarem.”

Todavia, para que possamos compreender a história da adaptação, é sempre bom conhecer o contexto que veio antes.

A trama dos games se passa em uma realidade alternativa durante o século XXII, nos EUA, após uma guerra nuclear. Os sobreviventes da guerra vivem em abrigos subterrâneos conhecidos como Cofres. No primeiro capítulo da franquia, lançado em 1997, somos transportados para um contexto que acompanha a paranoia nuclear que se estendeu entre os anos 1950 e 1980 nos Estados Unidos – mas que, na verdade, fornece um background a partir do dia 23 de outubro de 2077.

Nesse dia, uma guerra nuclear entre os Estados Unidos e a China devastou o planeta e destruiu as civilizações modernas. Quase um século depois, em 2161, o enredo centra-se em um Vault Dweller (um Morador do Cofre, em tradução livre), um humano que nasceu e foi criado no Cofre 13, um dos vários abrigos subterrâneos que impede que as pessoas sobreviventes sofram ataque radioativo. Aqueles que ainda vivem na superfície vivem dos restos do antigo mundo.

O Cofre 13 é localizado sob as montanhas da Califórnia do Sul e, através do jogo, o Morador do Cofre consegue explorar diversos assentamentos que, com certeza, irão aparecer na série do Prime Video. Temos, por exemplo, a Junktown, uma espécie de aterro que é assolado pelo conflito entre o xerife local Killian Darkwater e o criminoso Gizmo; o Hub, uma movimentada cidade mercantil com oportunidades de emprego; e a Necrópole, uma cidade fundada por Ghouls, humanos que viviam no Cofre 12 e se tornaram criaturas marcadas pela forte radiação nuclear.

E isso não é tudo: ao encarnar esse Morador, o jogador também entra em contato com diversas facções que fazem parte quase intrínseca de cenários pós-apocalípticos e distópicos – incluindo a Irmandade do Aço, uma espécie de seita religiosa com bases tecnológicas e guerreiros militares; os Filhos da Catedral, um culto religioso mais otimista e complacente; e os Super Mutantes, uma horda de guerreiros que foram criados virtualmente e que são imunes à radiação que se espalha pelo planeta.

É claro que, em sua jornada dentro da narrativa (navegar por uma área devastada para salvar o Cofre em que mora), o Morador pode ser customizado com um dos três personagens pré-gerados: Albert Cole, um negociador e líder carismático com formação jurídica; Natalia Dubrovhsky, uma acrobata talentosa e neta inteligente e engenhosa de um diplomata russo; e Max Stone, conhecido por sua força, resistência e falta de inteligência. Ele também pode recrutar quatro companheiros que o irão ajudar na jornada: Ian, um guarda das Areias Sombrias; Tycho, um guarda do deserto; Dogmeat, um cachorro leal e incansável; e Katja, membro de uma organização conhecida como Seguidores do Apocalipse.

Como já comentado, a inspiração principal por trás dessa complexa narrativa parte de uma realidade alternativa que se inicia após 1945, com o fim da II Guerra Mundial. Acompanhando a tensão nuclear que se apoderava das principais potências econômicas da época, Cain arquitetou uma cronologia atompunk, movida a tubos de vácuo e a física atômica que servem de base para o progresso científico – culminando em um bizarro status quo sociotecnológico, em que emergem robôs avançados, carros movidos a energia nuclear, armas de energia direcionada e outras tecnologias futuristas (tudo isso em plena década de 1950). Além disso, os Estados Unidos se dividem em 13 comunidades e a estética e a paranoia da Guerra Fria da década de 1950 continuam a dominar o estilo de vida americano até o século XXI.

Mais de cem anos antes do início da história dos games, uma crise energética começou a ganhar força, causada pelo esgotamento do petróleo e levando a um período chamado de “Guerras de Recursos” em abril de 2052 – uma série de eventos que incluiu uma guerra entre a Comunidade Europeia e o Estados do Oriente Médio, a dissolução das Nações Unidas, a invasão do México pelos EUA e a anexação do Canadá, e uma invasão chinesa e subsequente ocupação militar do Alasca, juntamente com a libertação da “Nova Peste” que devastou o continente americano.

À medida que a situação global piorou, o governo americano tornou-se cada vez mais chauvinista e autoritário, chegando ao ponto de enviar dissidentes para campos de reeducação e experimentação. As tensões entre os Estados Unidos e a China culminaram na “Grande Guerra” na manhã de 23 de outubro de 2077 (como mencionado vários parágrafos acima) – uma troca nuclear de duas horas em escala apocalíptica, que posteriormente criou os Estados Unidos pós-apocalípticos, o cenário do mundo de Fallout.

Vale lembrar que o sucesso do primeiro jogo rendeu nada menos que três sequências diretas (com o quinto capítulo prestes a ser lançado pela desenvolvedora Bethesda) e cinco spin-offs.

 

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Apesar de claramente inspirada na franquia supracitada, o produtor Tom Howard havia comentado em entrevista à Vanity Fair que a narrativa seria ambientada no cânone dos jogos, mas apresentaria um enredo inédito que aumentaria a mitologia arquitetada por Tim Cain. À época, ele disse que:

“Eu não queria uma releitura de uma trama que já existe. Muito do que conversamo enquanto planejávamos a série eram coisas do tipo: ‘Isso aqui é igual àquilo que fizemos em Fallout 3’… E eu dizia: ‘É, nós já contamos essa história, precisamos de algo novo’. Eu não tenho interesse em reciclar nada do que já fizemos. Eu estava interessado em contar uma história única na série. Trate-a como um jogo e dê aos criadores da série um campo para eles brincarem.”

Todavia, para que possamos compreender a história da adaptação, é sempre bom conhecer o contexto que veio antes.

A trama dos games se passa em uma realidade alternativa durante o século XXII, nos EUA, após uma guerra nuclear. Os sobreviventes da guerra vivem em abrigos subterrâneos conhecidos como Cofres. No primeiro capítulo da franquia, lançado em 1997, somos transportados para um contexto que acompanha a paranoia nuclear que se estendeu entre os anos 1950 e 1980 nos Estados Unidos – mas que, na verdade, fornece um background a partir do dia 23 de outubro de 2077.

Nesse dia, uma guerra nuclear entre os Estados Unidos e a China devastou o planeta e destruiu as civilizações modernas. Quase um século depois, em 2161, o enredo centra-se em um Vault Dweller (um Morador do Cofre, em tradução livre), um humano que nasceu e foi criado no Cofre 13, um dos vários abrigos subterrâneos que impede que as pessoas sobreviventes sofram ataque radioativo. Aqueles que ainda vivem na superfície vivem dos restos do antigo mundo.

O Cofre 13 é localizado sob as montanhas da Califórnia do Sul e, através do jogo, o Morador do Cofre consegue explorar diversos assentamentos que, com certeza, irão aparecer na série do Prime Video. Temos, por exemplo, a Junktown, uma espécie de aterro que é assolado pelo conflito entre o xerife local Killian Darkwater e o criminoso Gizmo; o Hub, uma movimentada cidade mercantil com oportunidades de emprego; e a Necrópole, uma cidade fundada por Ghouls, humanos que viviam no Cofre 12 e se tornaram criaturas marcadas pela forte radiação nuclear.

E isso não é tudo: ao encarnar esse Morador, o jogador também entra em contato com diversas facções que fazem parte quase intrínseca de cenários pós-apocalípticos e distópicos – incluindo a Irmandade do Aço, uma espécie de seita religiosa com bases tecnológicas e guerreiros militares; os Filhos da Catedral, um culto religioso mais otimista e complacente; e os Super Mutantes, uma horda de guerreiros que foram criados virtualmente e que são imunes à radiação que se espalha pelo planeta.

É claro que, em sua jornada dentro da narrativa (navegar por uma área devastada para salvar o Cofre em que mora), o Morador pode ser customizado com um dos três personagens pré-gerados: Albert Cole, um negociador e líder carismático com formação jurídica; Natalia Dubrovhsky, uma acrobata talentosa e neta inteligente e engenhosa de um diplomata russo; e Max Stone, conhecido por sua força, resistência e falta de inteligência. Ele também pode recrutar quatro companheiros que o irão ajudar na jornada: Ian, um guarda das Areias Sombrias; Tycho, um guarda do deserto; Dogmeat, um cachorro leal e incansável; e Katja, membro de uma organização conhecida como Seguidores do Apocalipse.

Como já comentado, a inspiração principal por trás dessa complexa narrativa parte de uma realidade alternativa que se inicia após 1945, com o fim da II Guerra Mundial. Acompanhando a tensão nuclear que se apoderava das principais potências econômicas da época, Cain arquitetou uma cronologia atompunk, movida a tubos de vácuo e a física atômica que servem de base para o progresso científico – culminando em um bizarro status quo sociotecnológico, em que emergem robôs avançados, carros movidos a energia nuclear, armas de energia direcionada e outras tecnologias futuristas (tudo isso em plena década de 1950). Além disso, os Estados Unidos se dividem em 13 comunidades e a estética e a paranoia da Guerra Fria da década de 1950 continuam a dominar o estilo de vida americano até o século XXI.

Mais de cem anos antes do início da história dos games, uma crise energética começou a ganhar força, causada pelo esgotamento do petróleo e levando a um período chamado de “Guerras de Recursos” em abril de 2052 – uma série de eventos que incluiu uma guerra entre a Comunidade Europeia e o Estados do Oriente Médio, a dissolução das Nações Unidas, a invasão do México pelos EUA e a anexação do Canadá, e uma invasão chinesa e subsequente ocupação militar do Alasca, juntamente com a libertação da “Nova Peste” que devastou o continente americano.

À medida que a situação global piorou, o governo americano tornou-se cada vez mais chauvinista e autoritário, chegando ao ponto de enviar dissidentes para campos de reeducação e experimentação. As tensões entre os Estados Unidos e a China culminaram na “Grande Guerra” na manhã de 23 de outubro de 2077 (como mencionado vários parágrafos acima) – uma troca nuclear de duas horas em escala apocalíptica, que posteriormente criou os Estados Unidos pós-apocalípticos, o cenário do mundo de Fallout.

Vale lembrar que o sucesso do primeiro jogo rendeu nada menos que três sequências diretas (com o quinto capítulo prestes a ser lançado pela desenvolvedora Bethesda) e cinco spin-offs.

 

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