sábado , 21 dezembro , 2024

Festival do Rio 2013: Heli

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ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ

O vencedor do prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes desse ano, Heli é uma produção mexicana que retrata a dura e cruel realidade do submundo do tráfico de drogas no país. Extremamente violento e gráfico em algumas de suas cenas, Heli chega ao Festival do Rio 2013, como uma das obras mais chamativas do evento. Dirigido pelo jovem espanhol Amat Escalante, de 34 anos, o filme aborda a vida de uma família humilde mexicana, vivendo numa área desértica de uma pequena cidade, afastada dos grandes centros. Heli, o protagonista, é vivido pelo ator Armando Espitia. Ele é um jovem honesto, que vive sob o mesmo teto do pai, da esposa, de seu bebê e da pequena irmã.

Durante a coletiva de imprensa em Cannes, o cineasta foi acusado de retratar sem autoridade uma realidade que é bem distante da sua. Em contrapartida, Escalante respondeu ter grande conhecimento de fatos, mesmo sem os ter vivenciado. O realismo é sentido na tela, sem que precisemos procurar muito para classificar os eventos apresentados no filme como verídicos, ou ao menos muito próximos de uma grande possibilidade. Heli possui algumas das cenas explícitas jamais vistas em qualquer outra produção violenta e gráfica.



2

A menina Andrea Vergara, parece ainda uma menininha em seus 11 anos de idade (aproximados, imagino), e talvez esse seja mesmo o propósito do diretor. Sua personagem Estela, é irmã do protagonista Heli, e namora com um rapaz mais velho, em seus 17 anos de idade. Percebemos o cuidado do cineasta em cenas mais sexualmente intensas envolvendo a menina, que possui realmente uma aparência infantil. Em alguns momentos de “amasso” dentro do carro, vemos os atores apenas se abraçado e virando as cabeças, dando o efeito do beijo.

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A pequena Estela faz inclusive planos de fugir com Alberto, seu namorado. A trama dá a grande guinada, quando o jovem namorado, que treinava para se tornar um policial, em cenas dignas de Tropa de Elite, encontra acidentalmente uma grande quantidade de drogas numa casa abandona. O rapaz a leva para a casa de sua namorada, e a esconde na caixa d´água. Ao consertar um problema, Heli encontra a droga, e vai confrontar a irmã. Sem tempo para mais nada, homens invadem a sua casa, sequestram ele e sua irmã, e matam seu pai, ao reagir à balas.

3

Ao chegar ao cativeiro, Heli percebe que os sujeitos já haviam chegado ao namorado de sua irmã, que também se encontra no local. E aí começa o pesadelo para o correto protagonista, que irá sofrer pelo erro dos outros. Algumas das cenas de torturas não são para os de estômagos fracos, e mesmo os mais fortes irão se contorcer, não pela sugestão do que ocorre, mas sim pelo fato de que Escalante nos mostra tudo de forma detalhada. São cenas que nos deixam questionando como foram realizadas, pelo grafismo da coisa.

Com o tempo, Heli é solto, e ao lado da polícia realiza uma busca a sua irmã desaparecida. Heli é um filme cru e estarrecedor, que sem papas na língua chega para incomodar. A obra também traça diversos outros paralelos e significados implícitos, como a associação dos prazeres da vingança, violência e o sexo. Heli, o protagonista, se tornou impotente após o nascimento de seu pequeno bebê. E toda vez que pensa em ter intimidades com sua jovem esposa, papel da bela Linda González, é impossibilitado de concluir o ato. Após a reviravolta em sua vida, o protagonista sente-se novamente capaz e estimulado.

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Durante a coletiva de imprensa em Cannes, o cineasta foi acusado de retratar sem autoridade uma realidade que é bem distante da sua. Em contrapartida, Escalante respondeu ter grande conhecimento de fatos, mesmo sem os ter vivenciado. O realismo é sentido na tela, sem que precisemos procurar muito para classificar os eventos apresentados no filme como verídicos, ou ao menos muito próximos de uma grande possibilidade. Heli possui algumas das cenas explícitas jamais vistas em qualquer outra produção violenta e gráfica.

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A menina Andrea Vergara, parece ainda uma menininha em seus 11 anos de idade (aproximados, imagino), e talvez esse seja mesmo o propósito do diretor. Sua personagem Estela, é irmã do protagonista Heli, e namora com um rapaz mais velho, em seus 17 anos de idade. Percebemos o cuidado do cineasta em cenas mais sexualmente intensas envolvendo a menina, que possui realmente uma aparência infantil. Em alguns momentos de “amasso” dentro do carro, vemos os atores apenas se abraçado e virando as cabeças, dando o efeito do beijo.

A pequena Estela faz inclusive planos de fugir com Alberto, seu namorado. A trama dá a grande guinada, quando o jovem namorado, que treinava para se tornar um policial, em cenas dignas de Tropa de Elite, encontra acidentalmente uma grande quantidade de drogas numa casa abandona. O rapaz a leva para a casa de sua namorada, e a esconde na caixa d´água. Ao consertar um problema, Heli encontra a droga, e vai confrontar a irmã. Sem tempo para mais nada, homens invadem a sua casa, sequestram ele e sua irmã, e matam seu pai, ao reagir à balas.

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Ao chegar ao cativeiro, Heli percebe que os sujeitos já haviam chegado ao namorado de sua irmã, que também se encontra no local. E aí começa o pesadelo para o correto protagonista, que irá sofrer pelo erro dos outros. Algumas das cenas de torturas não são para os de estômagos fracos, e mesmo os mais fortes irão se contorcer, não pela sugestão do que ocorre, mas sim pelo fato de que Escalante nos mostra tudo de forma detalhada. São cenas que nos deixam questionando como foram realizadas, pelo grafismo da coisa.

Com o tempo, Heli é solto, e ao lado da polícia realiza uma busca a sua irmã desaparecida. Heli é um filme cru e estarrecedor, que sem papas na língua chega para incomodar. A obra também traça diversos outros paralelos e significados implícitos, como a associação dos prazeres da vingança, violência e o sexo. Heli, o protagonista, se tornou impotente após o nascimento de seu pequeno bebê. E toda vez que pensa em ter intimidades com sua jovem esposa, papel da bela Linda González, é impossibilitado de concluir o ato. Após a reviravolta em sua vida, o protagonista sente-se novamente capaz e estimulado.

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