quinta-feira , 21 novembro , 2024

Festival do Rio 2013: O Verão da Minha Vida

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FÉRIAS FRUSTRADAS DE VERÃO

Primeira incursão na direção da dupla Jim Rash e Nat Faxon, responsáveis pelo roteiro do sucesso Os Descendentes (2011). O Verão da Minha Vida mistura elementos de filmes como Pequena Miss Sunshine e Adventureland – Férias Frustradas de Verão. Do primeiro tira o clima, uma mistura de comédia e drama, e dois de seus atores, Steve Carell (O Incrível Mágico Burt Wonderstone) e Toni Collette (Hitchcock). E do segundo tira quase toda a trama de forma xerocada. Troque apenas um parque de diversões por um parque aquático, e as idades dos protagonistas, aqui ele é mais jovem.

O menino Liam James (2012) foi escolhido como o protagonista introspectivo Duncan, um menino de quatorze anos de idade, numa performance, bem, introspectiva. O personagem principal, muito identificável para a maioria dos meninos que passaram por essa fase, é levado para passar as férias de verão na casa de praia de seu padrasto (Carell), ao lado da mãe (Collette), e da filha do padrasto (Zoe Levin), uma patricinha. O jovem estaria renegado a um verão de vergonhas consecutivas ao lado da família (emprestada), não fosse pela descoberta de seu refúgio, o parque aquático Water Wiz, gerenciado pelo amalucado Owen, papel do sempre ótimo Sam Rockwell (Sete Psicopatas e um Shih Tzu).



2

O sujeito de bom coração e sem grande compromisso com a seriedade e responsabilidade, é pura diversão, e se torna a tábua de salvação para o protagonista. A amizade entre os dois é realmente emocionante, e o grande ponto alto do filme. Sem nunca parecer forçado, mas honesto o tempo todo, Rockwell dispara seus diálogos como uma metralhadora, fazendo a maioria soar como grande improviso. Não que ele não estivesse sendo escoltado, afinal os roteiristas e diretores da obra estavam bem ao seu lado, também trabalhando como atores de seu núcleo. Nat Faxon é Roddy, o festeiro amigo do personagem de Rockwell, e é o vigia do tobogã que possui uma certa técnica na hora de liberar as meninas.

E Jim Rash vive o excêntrico e infeliz Lewis, personagem de quem todos tiram um sarro, e vive prometendo se demitir do local, e arranjar algo melhor. Fechando a equipe do parque temos Maya Rudolph, esposa na vida real do cineasta Paul Thomas Anderson, que vive o interesse amoroso do personagem de Rockwell. Embora faça uso de uma trama reciclada de produções melhores, como o citado Adventureland, O Verão da Minha Vida tem tudo para agradar. É honesto ao expor os sentimentos de jovens nessa fase da vida, e o faz com certa classe, sem precisar apelar. Esse sem dúvidas é um ponto a favor da dupla de diretores estreantes.

4

Os atores estão em sua melhor forma. Além do grande brilho citado de Sam Rockwell, e do desempenho satisfatório em um personagem difícil do marinheiro de primeira viagem James; temos ainda os destaques de Allison Janney (Histórias Cruzadas), como uma vizinha com forte paixão pela bebida e pouco instinto materno, Toni Collette num papel também difícil e sofrido, e a gracinha AnnaSophia Robb, de 19 anos, que tem tudo para se tornar uma das atrizes mais belas de sua geração. De todos, no entanto, o trabalho que mais vale mencionar, é o desempenho inusitado do comediante Steve Carell.

1

Em sua performance mais contida, e sem nenhum pingo de humor, Carell é de certa forma o antagonista do filme, ao menos para o protagonista. Um sujeito egocêntrico e cheio de si, disposto a ditar muitas regras, em nome de uma hipócrita tentativa de uma família perfeita. Facilmente, a maioria irá apontar a cena do grande confronto durante um churrasco noturno, como um dos momentos de maior destaque e emoção, dentro dessa agradável história de amadurecimento.

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O menino Liam James (2012) foi escolhido como o protagonista introspectivo Duncan, um menino de quatorze anos de idade, numa performance, bem, introspectiva. O personagem principal, muito identificável para a maioria dos meninos que passaram por essa fase, é levado para passar as férias de verão na casa de praia de seu padrasto (Carell), ao lado da mãe (Collette), e da filha do padrasto (Zoe Levin), uma patricinha. O jovem estaria renegado a um verão de vergonhas consecutivas ao lado da família (emprestada), não fosse pela descoberta de seu refúgio, o parque aquático Water Wiz, gerenciado pelo amalucado Owen, papel do sempre ótimo Sam Rockwell (Sete Psicopatas e um Shih Tzu).

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O sujeito de bom coração e sem grande compromisso com a seriedade e responsabilidade, é pura diversão, e se torna a tábua de salvação para o protagonista. A amizade entre os dois é realmente emocionante, e o grande ponto alto do filme. Sem nunca parecer forçado, mas honesto o tempo todo, Rockwell dispara seus diálogos como uma metralhadora, fazendo a maioria soar como grande improviso. Não que ele não estivesse sendo escoltado, afinal os roteiristas e diretores da obra estavam bem ao seu lado, também trabalhando como atores de seu núcleo. Nat Faxon é Roddy, o festeiro amigo do personagem de Rockwell, e é o vigia do tobogã que possui uma certa técnica na hora de liberar as meninas.

E Jim Rash vive o excêntrico e infeliz Lewis, personagem de quem todos tiram um sarro, e vive prometendo se demitir do local, e arranjar algo melhor. Fechando a equipe do parque temos Maya Rudolph, esposa na vida real do cineasta Paul Thomas Anderson, que vive o interesse amoroso do personagem de Rockwell. Embora faça uso de uma trama reciclada de produções melhores, como o citado Adventureland, O Verão da Minha Vida tem tudo para agradar. É honesto ao expor os sentimentos de jovens nessa fase da vida, e o faz com certa classe, sem precisar apelar. Esse sem dúvidas é um ponto a favor da dupla de diretores estreantes.

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Os atores estão em sua melhor forma. Além do grande brilho citado de Sam Rockwell, e do desempenho satisfatório em um personagem difícil do marinheiro de primeira viagem James; temos ainda os destaques de Allison Janney (Histórias Cruzadas), como uma vizinha com forte paixão pela bebida e pouco instinto materno, Toni Collette num papel também difícil e sofrido, e a gracinha AnnaSophia Robb, de 19 anos, que tem tudo para se tornar uma das atrizes mais belas de sua geração. De todos, no entanto, o trabalho que mais vale mencionar, é o desempenho inusitado do comediante Steve Carell.

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Em sua performance mais contida, e sem nenhum pingo de humor, Carell é de certa forma o antagonista do filme, ao menos para o protagonista. Um sujeito egocêntrico e cheio de si, disposto a ditar muitas regras, em nome de uma hipócrita tentativa de uma família perfeita. Facilmente, a maioria irá apontar a cena do grande confronto durante um churrasco noturno, como um dos momentos de maior destaque e emoção, dentro dessa agradável história de amadurecimento.

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