A fusão entre as gigantes At&T e Time Warner foi aprovada pelo juiz norte-americano Richard Leon, mediante a alegação feita pelos executivos de ambas as empresas, que pontuaram que a união seria a única forma de uma companhia de mídia sobreviver em um ambiente crescentemente dominado por conglomerados de tecnologia. As instituições pontuaram que essa seria a saída ideal, combinando estúdios de cinema, emissoras de TV, distribuição e dados em apenas uma corporação.
O juiz descordou da alegação feita pelo Departamento de Justiça, que ratificava que, ao combinar a segunda maior empresa de telecomunicações com a maior provedora de TV paga do país, propiciaria uma concentração absurda de poder nas mãos de apenas um conglomerado. O órgão ainda pontuava que isso afetaria os preços dos serviços, argumento que fora rebatido pelo agente jurídico.
Com a autorização liberada, a AT&T e a Time Warner podem oficializar a fusão de US$ 85,4 bilhões, que trará a HBO, Turner e a Warner Bros. para o mesmo conglomerado, ao lado da recente aquisição da DirecTV.
Acordos dessa natureza devem se tornar cada vez mais comuns no cenário do entretenimento, principalmente pela drástica perda de assinantes da TV paga, em virtude de uma série de plataformas de streaming presentes a preços baixos.
Durante sua longa história, a AT&T foi a maior companhia telefônica e o maior operador de televisão a cabo do mundo. No seu auge, cobriu 94% da área dos Estados Unidos, constituindo um monopólio.