quarta-feira, agosto 20, 2025
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    Geezer Butler, baixista do Black Sabbath, escreve emocionante tributo a Ozzy Osbourne: “O Príncipe da Risada”

    Em um comovente ensaio publicado pelo The Times U.K., o baixista do Black Sabbath, Terence “Geezer” Butler, relembrou sua amizade de mais de meio século com Ozzy Osbourne, falecido no último dia 22 de julho, aos 76 anos.

    O texto, carregado de memórias e emoção, destaca o reencontro final da formação original do Black Sabbath e reflete sobre a verdadeira essência do icônico vocalista, a quem Butler chama de “Príncipe da Risada”.

    No dia 5 de julho, a formação clássica do Black SabbathOzzy Osbourne, Geezer Butler, Tony Iommi e Bill Ward — subiu junta ao palco pela última vez em Aston, Birmingham, cidade natal da banda, durante o show beneficente Back to the Beginning.

    A apresentação, que atraiu 40 mil fãs ao Villa Park e contou com participações gravadas de nomes como Dolly Parton e Elton John, foi conduzida por Jason Momoa, fã confesso do grupo. O evento arrecadou cerca de 200 milhões de dólares, revertidos para instituições como a Cure Parkinson’s, Birmingham Children’s Hospital e Acorns Children’s Hospice, em apoio à luta de Ozzy contra o Parkinson, diagnosticado em 2019.

    E em sua carta de despedida ao amigo de longa data, Butler descreveu com franqueza os ensaios que precederam o show:

    “Eu sabia que ele não estava bem de saúde, mas não estava preparado para ver o quanto estava fragilizado. Ele foi ajudado por dois assistentes e uma enfermeira e usava uma bengala — sendo o Ozzy, claro que era preta com pedras preciosas. Ele cantava sentado e se cansava depois de seis ou sete músicas. Quase não falava, diferente do Ozzy de antigamente. Mas seguimos adiante”.

    Apesar da visível fragilidade, o grupo conseguiu preparar o espetáculo final, que, como Butler destaca, “foi um presente para os fãs e uma despedida à altura”.

    No ensaio, Butler compartilha memórias de quando conheceu Ozzy nas ruas de Birmingham, ainda nos anos 1960, descrevendo o contraste entre os dois:

    “Eu com cabelo longo de hippie, ele com corte curto e terno de mod. Completos opostos. Nunca imaginei que, em um ano, formaríamos uma das maiores bandas do mundo.”

    Ele também descreve os bastidores da formação do Black Sabbath, incluindo o primeiro show — que terminou em briga — e a irmandade que se formou entre os integrantes.

    Ozzy podia parecer um selvagem, mas tinha um coração de ouro. Quando meu filho nasceu com um problema cardíaco, ele me ligava todos os dias para saber como eu estava, mesmo sem falarmos há mais de um ano.”

    Encerrando o texto, Butler presta sua homenagem final:

    “Ninguém sabia que ele nos deixaria pouco mais de duas semanas depois do show. Mas sou imensamente grato por termos tocado juntos uma última vez. Foi uma noite mágica. A energia do público, dos colegas músicos, de todos. Sou privilegiado por ter vivido ao lado dele. Foram 57 anos de amizade que não cabem em algumas páginas. Deus te abençoe, Oz. Foi uma grande jornada. Te amo!”

    O legado de uma lenda
    Ozzy Osbourne deixa um legado imortal como fundador do heavy metal, artista solo e ícone da cultura pop. A notícia de sua morte foi amplamente lamentada por artistas como Metallica, Pearl Jam, Billy Idol, John, entre outros.

    Mais do que o Príncipe das Trevas, para quem o conhecia de perto, Ozzy sempre foi o Príncipe da Risada — um showman irreverente, generoso e inesquecível.

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